Espécie de “retorno” de Roberto Rocha ao grupo de Flávio Dino força os sarneysistas a uma tomada de posição nestas eleições municipais, sob pena de continuar como coadjuvantes também nas eleições de 2018
Flávio Dino e Roberto Rocha: tolerância temporária para evitar fissuras
Editorial
A decisão do senador Roberto Rocha de realinhar o seu PSB ao projeto de poder capitaneado pelo governador Flávio Dino (PCdoB) – ainda que ambos continuem almejando a mesma coisa, já em 2018 – acaba por forçar o chamado “grupo Sarney” a uma tomada de posição.
Alheio a tudo o que diz respeito à Política desde que perdeu as eleições em 2014, o grupo Sarney – ou pelo menos as suas principais lideranças – apostava numa espécie de “aliança branca” com o próprio Roberto Rocha para tentar voltar ao poder na sucessão de Flávio Dino.
Mas Rocha optou por um caminho próprio.
O senador vai medir forças com o governador, inclusive agora, em 2016, mas de forma interna, justamente com a candidatura de Edivaldo Júnior (PDT), que ambos consideram, agora, favorito para vencer em outubro.
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O projeto de Flávio Dino ao levar o PT para a coligação de Holandinha é garantir na vice o ex-presidente da OAB-MA, advogado Mário Macieira, com a garantia de que ele assuma a prefeitura em 2018, quando o próprio Holandinha sai para disputar ao lado de Dino uma vaga no Senado ou como o próprio vice do comunista.
O jogo de xadrez do governador foi percebido por Rocha, que agora vai reivindicar para o vereador Roberto Júnior, a vaga de vice de Edivaldo como trunfo pessoal para 2018: a saída do prefeito implicaria, automaticamente, a ascensão do filho do senador ao comando de São Luís.
Qualquer que seja a chapa definida por Holandinha agora, ela manterá a guerra surda entre Flávio Dino e Roberto Rocha, como espécie de inimigos íntimos, abraçados até a eleição de governador.
Mas dentro do próprio grupo, sem espaço para terceiros.
De João Alberto a Edinho Lobão, passando por Lobão e Roseana, a tomada de posição é necessária
E se não quiser apenas ficar olhando esse jogo de gato e rato, as principais lideranças sarneysistas – Roseana Sarney, Edinho Lobão (PMDB), João Alberto (PMDB), Sarney Filho (PV), Ricardo Murad (PMDB)… – terão que ter uma candidatura em São Luís que represente, pelo menos, o legado do grupo Sarney.
Neste contexto, destruir a candidatura do vereador Fábio Câmara é destruir seu próprio lugar de fala na eleição da capital maranhense.
Simples assim…
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