O vice-prefeito de Paço do Lumiar, Raimundo Filho (PHS), é o exemplo de alguém que tem duas opções, escolhe a errada e paga um preço alto por isso.
Eleito em 2008 na chapa da prefeita Bia Venâncio (Sem partido), Filho sempre teve tratamento respeitoso da parte dela. E se manteve discreto e leal em boa parte do mandato.
Mas, em junho, decidiu aceitar participar de uma articulação subterrânea para tirar Bia Venâncio do mandato.
Poderia dizer não, mas aceitou participar.
A jogada resultou no afastamento da prefeita, em uma decisão judicial fora-de-época e de contexto, e posse automática de Filho, que passou apenas oito dias no posto.
E fez estrago.
Em apenas quatro dias, ele aditivou, empenhou e pagou cerca de R$ 400 mil à empresa Construmar, que tinha contratos com a prefeitura, num processo tão relâmpago quanto suspeito. (Releia aqui)
As investigações apontam, inclusive, que o pagamento à Construmar era exatamente o objetivo do afastamento de Bia Venâncio.
O resultado é que o caso acabou ganhando repercussão, Filho foi processado pela Câmara Municipal e agora teve os direitos políticos cassados.
Está fora do próximo pleito, portanto…