Candidata do PPS tem 15 dias para tentar uma reação, voltar aos patamares do início da campanha e chegar ao segundo turno; tarefa difícil, diria-se improvável, mas não impossível, ao analisar-se os números da pesquisa Escutec
Observe abaixo as simulações de segundo turno das eleições de São Luís na pesquisa Escutec divulgada neste sábado, 17, pelo jornal o EstadoMaranhão.
Atente aos dados grifados em vermelho.
Note que, quando a disputa é entre Edivaldo Júnior (PDT) e Wellington do Curso (PP), o índice de eleitores que declaram não votar em nenhum deles é de apenas 9,5%, e os dois ficam tecnicamente empatados, com ligeira vantagem para o prefeito.
Quando a disputa é com Eliziane Gama (PPS), no entanto, perceba que o índice de eleitores que declaram votar em nenhum deles supera a casa dos 19%. Somado aos que não souberam ou não quiseram responder à pesquisa, este índice chega a quase 28%.
Tradução: quando Eliziane entra em uma disputa direta com um dos dois principais adversários, quase 1/3 do eleitorado – mesmo ressentido com ela – ainda fica em dúvida quanto em quem votar.
Mesmo rejeitando Eliziane; mesmo tendo se afastado dela durante a campanha este eleitor sabe que, na comparação direta, ela pode ser melhor que os adversários.
Eliziane precisa recuperar o carisma que a fez envolver e conquistar o eleitor
Os dados mostram que a rejeição a Eliziane – e a consequente queda nas pesquisas – não são frutos da antipatia pessoal à candidata, mas relacionado a algo de errado que ela fez durante a campanha ou na pré-campanha.
De alguma forma, o eleitor passou a rejeitar a candidata do PPS por alguma tomada de posição, por alguma declaração ou por falhas na condução da própria campanha.
É uma espécie de ressentimento eleitoral que, no entanto, perde força – ou pelo menos gera dúvidas – quando o eleitor passa a comparar os perfis em confronto direto; o eleitor desistiu de votar nela, mas tem dúvidas quanto a votar em outro.
E é nesse ponto que Eliziane deve atuar para reconquistar o eleitor ressentido com seus gestos e atitudes.
O eleitor pode ver nela alguma insegurança, alguma instabilidade emocional, alguma falta de habilidade política.
Mas ninguém aponta nela qualquer falha de caráter ou qualquer desvio moral; e sabe que, na comparação de competência, ela supera seus adversários diretos.
Cabe à própria Eliziane fazer as pazes com ele eleitor ressentido.
Tem apenas 15 dias para isso…
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