Em pleno mês de junho – sob o signo de governantes pouco afeitos ao São João – o que se vê no Maranhão é um arremedo de festa junina, se comparada aos períodos de outros governos, em São Luís e no estado
Desde que o prefeito Edivaldo Júnior (PDT) assumiu a prefeitura, em 2013, o São João de São Luís simplesmente deixou de existir.
O que se via da festa na capital maranhense eram iniciativas promovidas pelo governo, então chefiado pela peemedebista Roseana Sarney.
Mas aí veio o governo Flávio Dino (PCdoB), em 2014, outro que não tem qualquer tipo de identidade com as festas juninas, muito menos com a cultura maranhense e com o folclore das camadas mais populares.
É tudo uma questão de gosto.
O fato é que nem Flávio Dino, nem Edivaldo Júnior gostam ou têm qualquer relação com os festejos juninos. Os dois nunca foram vistos em qualquer evento do gênero, em qualquer tempo, e são muito pouco afeitos a festas populares de qualquer tipo.
A presença do governador e do prefeito nestes eventos segue apenas normas protocolares, sem qualquer emoção vinculada aos festejos. E muitos de seus auxiliares que poderiam atuar no setor têm preferências, diga-se… mais eruditas.
O resultado é que o São João do Maranhão tem sido nos últimos anos – e se repete em 2016 – um arremedo do que foi o festejo até cinco anos atrás.
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Hoje, o que se tem de festa junina em São Luís são tentativas da iniciativa privada, como os arraiais do Shopping da Ilha – promovido em parceria com o Grupo Mirante – e o da Batuque Brasil, iniciativa bem-sucedida do presidente da Câmara, Astro de Ogum (PMN).
Para quem não se lembra, o próprio Astro foi vítima do desprezo de Dino com a cultura popular.
Em 2015, o governador cassou a cessão do Parque Folclórico da Vila Palmeira, que realizava um dos grandes arraiais da capital, para fechar as portas desde então. (Relembre aqui)
Chega-se ao meio do mês de junho sem nenhuma iniciativa oficial que remeta às festas juninas.
Evangélico, o prefeito Holandinha pouco se importa com o planejamento de uma festa popular como o São João; e nem tem auxiliar na área da Cultura vinculado às coisas populares.
Pouco afeito a festas, Flávio Dino também despreza eventos culturais como Carnaval e São João, relegando ao ostracismo um dos períodos mais significativos da cultura maranhense.
Passados quase quatro anos de mandato de Holandinha e 18 meses do mandato de Flávio Dino, a população já começa a perceber que o Maranhão e sua cultura não têm espaços nos governos da mudança.
E são cada vez mais frequentes comentários nas redes sociais como o da imagem acima.
Infelizmente, é o que se tem…