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Três anos depois, julgamento do caso Décio ainda sem previsão…

Segundo a denúncia, Décio Sá foi morto a mando de um consórcio de agiotas

Três anos depois do assassinato do jornalista Décio Sá – completados nesta quinta-feira (23) – ainda não se tem qualquer tipo de previsão para o julgamento dos denunciados pelo crime.

E o processo pode durar anos – cinco, dez, quinze até.

Os 11 apontados pelo MInistério Público como autores do assassinato foram pronunciados a Júri Popular, inclusive os que estão soltos ou foragidos. (Relembre aqui)

Mas todos têm direito a incontáveis recursos que, dependendo do tipo, podem chegar até o Supremo Tribunal Federal.

E arrastar o processo indefinidamente…

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As confissões de Jhonatan de Souza…

Cada vez mais advogados que convivem no círculo que envolve o processo relacionado à morte do jornalista Décio Sá têm relatos mais contundentes dos recuos do assassino confesso quanto à participação de alguns dos envolvidos e até em relação a supostos ensaios para criação de depoimentos verossímeis

 

O matador de Décio Sá: Uísque ou água de côco...

O matador de Décio Sá: Uísque ou água de coco…

exclusivoDia desses, um grupo de advogados almoçava na Churrascaria Sal e Brasa quando surgiu o caso Décio na mesa.

Foi então que um deles revelou ter ouvido do próprio Jhonatan de Souza, preso e denunciado como executor do jornalista, a história de que fora ensaiado para montar o arcabouço do inquérito que resultou na denúncia do Ministério Público e na pronúncia dos 11 réus a Júri Popular.

Muitos se espantaram, mas um dos advogados reiterou: “só a versão envolvendo alguns dos acusados ele criou oito vezes”.

Ainda segundo este advogado, as confissões de Jhonatan de Souza têm sido feitas constantemente ao advogado Pedro Jarbas  – que era ou foi seu defensor, o blog não conseguiu esclarecer este dado.

Jhonatan afirma, por exemplo, nunca ter ouvido falar no nome do deputado Raimundo Cutrim (PCdoB), que chegou a figurar como suspeito –  embora não tenha sido nem indiciado muito menos denunciado à Justiça.

Leia também:

As três versões para a origem da arma que matou Décio…

A farsa chamada Jhonatan de Souza…

Seria Jhonatan de Souza o segundo Jorge Meres???

Este blog tem sustentado desde o início das investigações não haver nenhum tipo de lógica na acusação em relação ao assassinato de Décio Sá.

Faltam o chamado nexo causal, o elã entre os acusados e, principalmente, a convicção do assassino quanto aos contratantes, agenciadores e mandantes do crime, que vai completar três anos no dia 23 de abril.

O próprio Cutrim, indignado com a acusação que lhe pesou os ombros, já pediu a reabertura no caso. E todos apostaram que isso ocorreria no governo Flávio Dino, sobretudo por que a Segurança Pública é  hoje comandada por um delegado ligado ao mesmo PCdoB do governador e do deputado.

Outros blogs chegaram a questionar o resultado do inquérito, mas calaram-se no meio do caminho, por um motivo ou outro.

Os acusados do caso Décio; seriam realmente eles?!?

Os acusados do caso Décio; seriam realmente eles?!?

Houve uma espécie de consenso entre polícia, Ministério Público e Justiça – com a anuência também da mídia – para que a investigação se encerrasse nos envolvidos apresentados no inquérito. (Saiba aqui)

Mas há a carta de Júnior Bolinha encaminhada, à época, à cúpula da Segurança Pública. (Entenda aqui)

Mas há o desaparecimento de testemunhas contundentes, como Valdêmio e Ricardinho Carioca, todos mortos, como que em queima-de-arquivo. (Relembre aqui e aqui)

Mas há uma investigação do Ministério Público – também abafada – em relação a supostas outras vítimas do esquema. (Releia aqui)

E há as confissões de Jhonatan de Souza, embora oficialmente ignoradas.

Tudo isso é motivo suficiente para que – às vésperas do terceiro aniversário da morte de Décio Sá – o resultado do processo seja, exatamente, aquilo que de fato ocorreu.

Por que, até hoje, parece que não foi…

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281 presos liberados no feriadão da Páscoa..

Imagem meramente ilustrativa

Imagem meramente ilustrativa

Nada menos que 281 presos serão beneficiados com indulto para passar o feriadão da Páscoa ora da cadeia.

A portaria de liberação dos presos foi assinada hoje pela juíza Ana Maria Almeida Vieira, titular da 1ª Vara de Execuções Penais de São Luís.

Os apenados deixarão a cadeia nesta quarta-feira, 1º, e só deverão retornar ao presídio na próxima terça-feira, dia 7.

Os referidos artigos versam que os condenados que cumprem pena em regime semi-aberto poderão obter autorização para saída temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos: visita à família; freqüência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou superior, na Comarca do Juízo da Execução; participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.

Pelas regras, os condenados não podem ingerir bebidas alcoólicas, sair do Maranhão, e são obrigados a se recolher até às 20h, e nem freqüentar bares, festas ou similares.

mas não há vigilância direta para cumprimento das obrigações…

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Uma fraude sem precedentes…

dinoO governo Flávio Dino foi descoberto ontem em uma fraude sem precedentes na história do Maranhão.

Ele simplesmente utilizou-se de um artifício classificado de “anti-ético” pelo desembargador Luiz Gonzaga Almeida Filho, para fazer aprovar uma decisão contra os oficiais superiores da Polícia Militar do Maranhão.

E o que fez o governo?

Ele encaminhou para a Assembleia Legislativa a Medida Provisória n° 195/2015, que trata das atribuições da Agência Estadual de Mobilidade Urbana. Veja bem, a MP trata de mobilidade urbana.

Mas, lá no Artigo 11, de repente, surge o seguinte enunciado: “O artigo 120 da Lei 6.513, de 30 de novembro de 1995, passa a vigorar com a seguinte redação: IX – contar o oficial 35 anos de serviço”.

Mas o que tem a ver os oficiais da Polícia Militar com a Mobilidade Urbana na região metropolitana?

Nada, absolutamente nada, e é aí que está a fraude.

O governo utilizou-se, espertamente, de uma MP sobre um assunto e empurrou outro tema, uma espécie de golpe, tanto ao Poder Legislativo, que votaria – ou votará – a proposta, quanto ao Poder Judiciário, responsável pela correta interpretação da lei.

O texto enxertado na MP da Mobilidade é exatamente o que obriga os oficiais militares – coronéis – a se aposentar, obrigatoriamente, aos 35 anos de serviço.

E o enxerto só foi descoberto porque os oficiais PM, sentindo-se prejudicados, resolveram acionar o governo.

A fraude é tão inusitada que o desembargador que deu ganho de causa aos oficiais, considerou o governo antiético, pelo desrespeito ao Legislativo e ao Judiciário.

E ainda pior por que vinda do governo comandado por um ex-juiz federal.

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão, com ilustração do blog

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Pergunta do dia: quem paga pelo erro da Sejap?!?

aranha-1024x575A Secretaria de Administração Penitenciária admitiu hoje o erro de ter posto de volta às ruas o acusado Anderson Silva Gonçalves, o Aranha, suspeito de ser um dos autores da morte do médico Luiz Alfredo Guterres. Em uma nota fria, culpou um terceirizado pela liberdade do suspeito. E daí? Quem vai agora à caça do indivíduo, tido como de alta periculosidade? E a Sejap não estava sob o comando de um expert em administração penitenciária? Por que isso ocorreu na gestão da mudança? E quem paga pelo erro é o cidadão…

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Sejap “erra” e põe na rua suspeito de assassinato de médico…

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Aranha: livre, leve e solto

Ao que tudo indica, uma negligência da Secretaria de Administração Penitenciária pôs na rua Anderson Silva Gonçalves, o “Aranha”,  um dos acusados pelo assassinato do médico Luiz Alfredo Guterres.

Aranha vinha sendo perseguido pela polícia desde novembro, e foi preso em janeiro, por envolvimento em outro crime, o de arrombamento de casas – igual ao que resultou na morte de Luiz Alfredo.

Ocorre que, para este crime, o Ministério Público não encontrou elementos para formular a denúncia, razão pela qual o juiz José Ribamar d’Oliveira Costa Júnior decidiu lavrar o Alvará de Soltura.

Mas o próprio juiz fez a ressalva no Despacho: “A presente decisão serve como Alvará de Soltura, se por outro motivo não estiverem presos”.

De alguma forma, a Sejap ignorou o alerta e pôs na rua o acusado pelo assassinato do médico…

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Delegado que investiga caso Bruno Mattos quer indenização do pai da própria vítima…

Comandante das investigações Márcio Dominici sentiu-se ofendido com a pressão de Rubem Soares pela elucidação do crime e cobra mais de R$ 31 mil por danos morais

 

O delegado Márcio Dominici

O delegado Márcio Dominici

Além de perder o filho, Bruno Mattos, assassinado enquanto comemorava a vitória do seu candidato nas eleições de 2014, o advogado Rubem Soares, agora terá que enfrentar um processo movido pelo delegado que investiga o caso, Márcio Dominici.

O delegado entrou com ação na 8ª Vara Criminal, alegando ter tido a honra atacada por Soares, e cobra indenização de R$ 31.520,00.

Ainda sofrendo com a morte do filho – cujas investigações não conseguem estabelecer um autor para o crime – Rubem Soares desaabou no Facebook.

– Nossa família está totalmente destruída, física e emocionalmente.

Márcio dominici: investigador da morte e acusador do pai da vítima

Rubem Soares: sofrimento e revolta

Bruno Mattos foi morto em uma briga no dia da eleição. Ele comemorava  a vitória do senador Roberto Rocha (PSB), quando acabou sendo esfaqueado e morto. Seu irmão também foi atacado, mas sobreviveu.

Desde o início do caso, o pai de Bruno, Rubem Soares, questiona a postura do delegado Márcio Dominici na condução do inquérito.

Para ele, o delegado protege o DJ Diego Polary, também investigado.

Sentindo-se ofendido, o delegado resolveu processar o pai da vítima.

– O que mais dói é a insensibilidade do delegado Dominici, sabedor que é do sofrimento que nossa família está passando. Nossa família está totalmente destruída, física e emocionalmente – desabafou Soares, em entrevista ao programa de Gilberto Lima, na rádio Capital AM. (Leia mais aqui)

A audiência preliminar do processo está marcada para o dia 7 de abril…

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Uma ação respeitável de Flávio Dino…

Ao cortar em mais da metade o efetivo da PM no Palácio dos Leões, governador garante mais policiais nas ruas  para a segurança da população; É preciso, porém, agir também nos outros poderes, que têm quase um batalhão à disposição dos seus membros

 

PMMA

Mais policiais na rua; a população agradece

O governador Flávio Dino (PCdoB) determinou a redução de mais da metade do efetivo de policiais que fazem a segurança do Palácio dos Leões.

Eram 120, agora serão apenas 50.

Os outros 70, irão reforçar o efetivo da PM nas ruas de São Luís e do estado.

Flávio Dino: ação de governador

Flávio Dino: ação de governador

É, sem dúvida, uma ação respeitável do governador, o que reforça seu interesse na Segurança Pública.

mas Flávio Dino precisa também buscar policiais militares – e até civis – também em gabinetes de deputados estaduais, desembargadores, juízes e a até membros do Tribunal de Contas do Estado.

São oficiais e praças que estão à disposição destas autoridades, fazendo serviços de motorista, segurança particular e até de mordomo, desfalcando o serviço efetivo de combate à violência nas ruas.

São quase 200 PMs e civis fora de suas funções precípuas.

Flávio Dino começou a mudar esta realidade a partir de si mesmo, e isto deve ser respeitável.

Falta agora agir no Legislativo e no Judiciário…

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Adiada acareação entre Júnior Bolinha e Marcos Regadas…

Justiça atendeu na última hora um pedido do empresário – de nomeação de novos advogados –  e decidiu cancelar a audiência marcada para hoje de manhã; nova acareação ocorrerá em março

 

Bolinha citou Marcão em carta encaminhada a Aluísio Mendes

Bolinha citou Marcão em carta encaminhada a Aluísio Mendes

Uma manobra judicial do empresário Marcos Regadas adiou pra março uma audiência prevista para hoje de manhã, na 6ª Vara Criminal de São Luís.

Seria ouvido o ex-empresário Júnior Bolinha, acusado de ser o agenciador do assassinato do jornalista Décio Sá.

Bolinha iria falar ao juiz do caso sobre a autenticidade, ou não, de uma carta publicada na mídia – inclusive neste blog – apontando o que seriam os verdadeiros mandantes da morte do jornalista.

Marcos Regadas processa vários blogs, inclusive este, por terem publicado a carta.

A presença de Bolinha no processo é a garantia dos blogs de que publicaram carta autêntica, inclusive investigada pelo Ministério Público.

O próprio Bolinha já havia confirmado ao Jornal Pequeno que foi ele o autor da carta, encaminhada ao então secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes.

Curiosamente, Regadas deixou o JP de fora de sua ação.

A audiência com a presença de Bolinha foi determinada pela Justiça em outubro do ano passado.

O fato é que, às vésperas do feito, Regadas pediu adiamento, para que nomeasse novos advogados, o que foi concedido em tempo recorde por um outro juiz, não aquele que havia marcado a audiência de hoje.

Além de Júnior Bolinha, também serão ouvidos como testemunha no caso o deputado estadual Raimundo Cutrim e o promotor Fernando Barreto, citado na carta como uma das supostas próximas vítimas do esquema que matou Décio Sá.