Em mais um debate entre os dois parlamentares, popular-socialista levou à Assembleia grave denúncia contra o sistema municipal de saúde e foi rebatido pelo petecista, que é pai do prefeito de São Luís
Os deputados Wellington do Curso (PPS) e Edivaldo Holanda Braga (PTC) protagonizaram hoje na Assembleia Legislativa mai um debate que os dois protagonizam desde o início dos trabalhos na Casa, relacionado à gestão de São Luís.
– O programa de governo do candidato Edivaldo Holanda Júnior à Prefeitura de São Luís de 2013 a 2016, e eu vou direto ao item cinco, que é o que nos reportamos na data de hoje, que é o Dia Mundial da Saúde, e o prefeito Edivaldo Holanda Júnior ressalta que “São Luís ostenta índices vergonhosos quando o tema é saúde e a qualidade do atendimento em postos e hospitais públicos de São Luís é um dos principais motivos de insatisfação da capital. Para que São Luís supere esta triste realidade e de enorme salto quantitativo e qualitativo, em relação a outras capitais seguem umas propostas. Eu não vou ler todos porque não interessa. O 5.1 – Construção de um grande moderno hospital da criança; 5.3 – Implementação de quatro novos CAPS; 5.4 – Garantia melhoria, a humanização do atendimento da rede de saúde pública; 5.8 – A construção de um grande hospital com no mínimo 350 leitos”. Seria o Socorrão III” – exibiu o deputado, destacando texto do desembargador Lourival Serejo, após visita ao Socorrão, intitulado “Dignidade Zero”, e já publicado neste blog. (Relembre aqui)
Ao denunciar que, no sistema de saúde municipal as pessoas precisam ter conhecidos para ser atendidos nos hospitais, Wellington traçou um paralelo ente a saúde da propaganda e a saúde real, do dia dia do cidadão.
– Existem duas saúdes: a saúde da propaganda enganosa e a saúde da realidade. Existem dois Socorrões II, um Socorrão II que não tem maca nos corredores e o Socorrão II, e que tenho as fotos para disponibilizar para a imprensa e demais parlamentares, que é um Socorrão II com macas nos corredores e, na verdade, maquiado. Por que maquiado? As macas estão nos corredores separadas por divisórias. E encontrei, para finalizar, uma senhora de mais de 70 anos sendo atendida no Socorrão II e o filho segurando o soro com a mão acima da cabeça, porque não tinha o ferro para poder colocar o soro – revelou.
Logo em seguida, Edivaldo Holanda foi à tribuna para responder ao colega.
O deputado, pai do prefeito de São Luís, primeiro tentou desqualificar a denúncia de Wellington, alegando que ele não deveria se esgueirar por corredores de hospitais, mas falar ás claras, no debate da tribuna. Em seguida, justificou assim o caos no Socorrão:
– Uma das formas de diminuir, desafogar os Socorrões e botá-los numa posição melhor, é a implantação dos hospitais regionais, como o doutor Jackson Lago chegou a implantar o Hospital Regional de Presidente Dutra. Aquilo sim. O Hospital de Presidente Dutra atendia mais de 60 municípios, ele retém a caravana de ambulâncias que demanda São Luís…reter a procissão de ambulâncias, através de, pelo menos, cinco hospitais regionais no Maranhão. Essa é uma proposta séria, um raciocínio sério de responsabilidade – ressaltou.
Edivaldo anunciou que fará um pronunciamento específico sobre a saúde de São Luís na próxima semana. E acusou o colkega de fazser discurso pensando nas eleições de 2016.
– Quem é que não sabe que V. Ex.ª faz um discurso eleitoreiro nesta Casa? Quem é que não sabe que V. Ex.ª não tem sinceridade quando quer pregar uma saúde melhor? V. Ex.ª disse que não prega o caos, mas é isso que V. Ex.ª faz. Então não há sinceridade no pronunciamento de V. Ex.ª porque está espelhado no rosto, está espelhado nos olhares, no rosto e na alma de V. Ex.ª. Então V. Ex.ª se deleita com problemas, que não são problemas isolados de São Luís, são conjunturais do Brasil – finalizou o pai do prefeito.
Outros deputados também se manifestaram no duelo, mas nem necessita citá-los, diante do confronto protagonizado pelos dois.
Quem tem razão?!?
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O governador Flávio Dino (PCdoB) deveria mesmo se preocupar com a queda de cinco pontos percentuais em seus índices de aprovação popular em apenas dois meses.
