Deputado do PCdoB acusou atual gestão da Secretaria de Segurança de “premiar” com cargos no primeiro escalão os delegados que, segundo ele, armaram o seu envolvimento na morte do jornalista; e acusou de omissão o representante do Ministério Público
O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) fez ontem contundente discurso em que pediu a reabertura das investigações do caso Décio Sá.
Segundo ele, o fatos mostram que pode haver inocentes pagando pelo crime.
– Esse caso do Décio Sá precisa ser reinvestigado. O governo tem que mandar reinvestigar esse caso, porque pode haver pessoas inocentes presas, como podem ter pessoas soltas envolvidas no crime. Esse inquérito foi uma farsa e precisa ser reinvestigado para que se possa chegar à verdade – afirmou o parlamentar, na tribuna da Assembleia.
Curim insiste na tese de que os delegados que investigaram o caso armaram um complô para envolvê-lo no crime; e acusa diretamente o representante do Ministério Público, de omissão e conivência com a armação.
– O doutor Marco Aurélio estava acompanhando as investigações. Tinha conhecimento, e não fez nada. Sabia que era armação, tomou conhecimento – acusou Cutrim.
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O deputado acusa ainda o próprio atual governo, de premiar os delegados que tentaram incriminá-lo.
– Todos que estiveram envolvidos naquele nefasto episódio foram de certa forma premiados. Jeffrey [Furtado] está na Delegacia de Homicídios; Maymone Barros, pasmem, no Serviço de Inteligência da Secretaria de Segurança; Roberto Larrat premiado com o cargo na administração penitenciária e Aluísio Mendes, está agora debochando do nosso povo com o cargo de deputado federal, em Brasília – afirmou o comunista.
A morte do jornalista Décio Sá completa três anos em 23 de abril…