Cada vez mais advogados que convivem no círculo que envolve o processo relacionado à morte do jornalista Décio Sá têm relatos mais contundentes dos recuos do assassino confesso quanto à participação de alguns dos envolvidos e até em relação a supostos ensaios para criação de depoimentos verossímeis
O matador de Décio Sá: Uísque ou água de coco…
Dia desses, um grupo de advogados almoçava na Churrascaria Sal e Brasa quando surgiu o caso Décio na mesa.
Foi então que um deles revelou ter ouvido do próprio Jhonatan de Souza, preso e denunciado como executor do jornalista, a história de que fora ensaiado para montar o arcabouço do inquérito que resultou na denúncia do Ministério Público e na pronúncia dos 11 réus a Júri Popular.
Muitos se espantaram, mas um dos advogados reiterou: “só a versão envolvendo alguns dos acusados ele criou oito vezes”.
Ainda segundo este advogado, as confissões de Jhonatan de Souza têm sido feitas constantemente ao advogado Pedro Jarbas – que era ou foi seu defensor, o blog não conseguiu esclarecer este dado.
Jhonatan afirma, por exemplo, nunca ter ouvido falar no nome do deputado Raimundo Cutrim (PCdoB), que chegou a figurar como suspeito – embora não tenha sido nem indiciado muito menos denunciado à Justiça.
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Seria Jhonatan de Souza o segundo Jorge Meres???
Este blog tem sustentado desde o início das investigações não haver nenhum tipo de lógica na acusação em relação ao assassinato de Décio Sá.
Faltam o chamado nexo causal, o elã entre os acusados e, principalmente, a convicção do assassino quanto aos contratantes, agenciadores e mandantes do crime, que vai completar três anos no dia 23 de abril.
O próprio Cutrim, indignado com a acusação que lhe pesou os ombros, já pediu a reabertura no caso. E todos apostaram que isso ocorreria no governo Flávio Dino, sobretudo por que a Segurança Pública é hoje comandada por um delegado ligado ao mesmo PCdoB do governador e do deputado.
Outros blogs chegaram a questionar o resultado do inquérito, mas calaram-se no meio do caminho, por um motivo ou outro.
Os acusados do caso Décio; seriam realmente eles?!?
Houve uma espécie de consenso entre polícia, Ministério Público e Justiça – com a anuência também da mídia – para que a investigação se encerrasse nos envolvidos apresentados no inquérito. (Saiba aqui)
Mas há a carta de Júnior Bolinha encaminhada, à época, à cúpula da Segurança Pública. (Entenda aqui)
Mas há o desaparecimento de testemunhas contundentes, como Valdêmio e Ricardinho Carioca, todos mortos, como que em queima-de-arquivo. (Relembre aqui e aqui)
Mas há uma investigação do Ministério Público – também abafada – em relação a supostas outras vítimas do esquema. (Releia aqui)
E há as confissões de Jhonatan de Souza, embora oficialmente ignoradas.
Tudo isso é motivo suficiente para que – às vésperas do terceiro aniversário da morte de Décio Sá – o resultado do processo seja, exatamente, aquilo que de fato ocorreu.
Por que, até hoje, parece que não foi…
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