Flávio Dino quer combater a Zika, mas aumenta imposto de produtos contra o Aedes Aegypti…

Lei 10.329, editada pelo governador em 2015 – sob forte polêmica – aumentou em 2% o imposto de vários produtos, dentre eles, “pesticidas, fungicidas, raticidas, e outros venenos e agrotóxicos”

 

Dino e os seus candidatos a prefeito no blablçablá contra o mosquito; mas o imposto do inseticida ele aumentou

Dino e os seus candidatos a prefeito no blablçablá contra o mosquito; mas o imposto do inseticida ele aumentou

A incoerência do governador Flávio Dino (PCdoB) chega a virar anedota de tão intensa que é.

Na semana passada, o  comunista esteve, pessoalmente, rodeado de aliados em campanha pela prefeitura, lançando o programa “Zika Zero” no Maranhão.

Mas a ação de Dino neste aspecto não passou de blablablá, sem nenhum resultado específico.

O Flávio Dino que estava se dizendo na luta contra o mosquito aedes aegypti, é o mesmo que, no ano passado, resolveu editar a Lei 10.329, em meio a forte polêmica por que aumentava até ração animal, visto pelo governador como produto de luxo. (Relembre aqui e aqui) 

A Lei aumentou em 2% o ICMS de vários produtos, entre eles pesticidas e fungicidas e outros venenos, exatamente onde estão enquadrados os repelentes contra o aedes aegypti.

Foi para tentar corrigir este erro do governador que o deputado Edilázio Júnior propôs ontem que ele isente os repelentes e inseticidas da cobrança de ICMS.

Edilázio mostrou como é que se faz de verdade

Edilázio mostrou como é que se faz de verdade

– Porque faço isso? O governador Flávio Dino vem se destacando, inclusive em nível nacional, por defender impostos. Foi assim com a CPMF e foi assim no nosso estado, no ano passado quando ele aumentou o imposto do ICMS com o seu programa ‘Mais Imposto’. Ele aumentou o imposto dos repelentes no nosso estado – explicou Edlázio.

É uma boa oportunidade para Flávio Dino mostrar mesmo que está na luta contra a Zika vírus, e que seu discurso do sábado 13 de fevereiro foi mais que blabláblá.

E mais que mero palanque para seus candidatos a prefeito…

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Maranhão já tem 87 casos de microcefalia registrados…

Mosquito transmissor da Zika é o mesmo que transmite a Dengue

Mosquito transmissor da Zika é o mesmo que transmite a Dengue

Nada menos que 43 cidades maranhenses já têm registros de microcefalia, que já registra 87 casos suspeitos de relacionamento com o Zika vírus.

A Secretaria de Saúde divulgou o último boletim sobre a doença na quinta-feira, 24.

A SES registra ainda a morte de um bebê, em São José de Ribamar, ligada ao vírus, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti.

O número de casos em São Luís também aumentou de 21 para 22 casos, segundo o novo relatório.

Hildo Rocha discute ações contra microcefalia com ministro da Saúde…

Hildo com o ministro e demais participantes da reunão

Hildo com o ministro e demais participantes da reunião

O deputado Hildo Rocha e demais integrantes de um grupo de parlamentares constituído com a finalidade de acompanhar as ações do governo no combate surto de microcefalia, que já atinge sete estados do nordeste, se reuniram com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, para avaliar a situação. Microcefalia é uma anormalidade que afeta o desenvolvimento do cérebro dos bebês.

A microcefalia pode deixar sequelas que serão sentidas por toda a vida como epilepsia, atraso intelectual, paralisia e autismo. Este ano já foram notificados 399 casos de microcefalia. Número bastante superior ao registrado em 2014: apenas 147 casos em todo o País.

– O aumento exorbitante de casos de microcefalia, registrados este ano, é preocupante. Por esse motivo, estamos nos colocando à disposição do Ministro Marcelo Castro para ajudar a debelar, o mais rápido possível, esse grande problema de saúde pública – declarou Rocha.

Origem do surto

A principal hipótese para o aumento dos casos de má formação congênita (microcefalia) está relacionada com o vírus Zika, cujo transmissor é mosquito Aedes aegypti que também transmite a Febre Chikungunya e a Dengue.

A tese ganhou consistência depois de constatada pelo Instituto Oswaldo Cruz a presença do genoma do vírus em amostras de duas gestantes da Paraíba. Entretanto, segundo o ministro, o vírus carece de ampla literatura científica, o que dificulta o conhecimento mais aprofundado da doença e dos seus desdobramentos.

– Isso é grave, preocupa a todos, exige ações rápidas e eficientes. O mosquito ronda as nossas casas – destacou o parlamentar.

A elevação súbita de ocorrências de microcefalia levou o Ministério da Saúde a decretar Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional. O total de casos já chegou a 739, segundo o Ministério da Saúde. O Estado de Pernambuco lidera o ranking com 487 casos; em seguida estão: Paraíba (96); Sergipe (54); Rio Grande do Norte (47); Piauí (27); Alagoas (10); Ceará (9); e Bahia (8). A ocorrência mais recente foi registrada no município de Rio Verde, no Estado de Goiás (um caso). “Estamos diante de uma situação que já se configura como epidemia”, lamentou Hildo Rocha.