Pré-candidato a prefeito de São Luís, deputado estadual avalia que a correlação de forças no estado – e na capital – terá outra configuração a partir da posse de Michel Temer na presidência
Um dos maiores beneficiários do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) é o deputado estadual Wellington do Curso.
Filiado ao PP desde abril, o parlamentar convivia com a desconfiança de que o então presidente da legenda, deputado federal Waldir Maranhão, iria “negociá-lo” até as convenções.
Mas Waldir caiu em desgraça no partido ao negociar com o governador Flávio Dino (PCdoB) seu voto contra o impeachment. E foi imediatamente destituído da presidência regional progressista.
– [Wellington] Será o futuro prefeito de São Luís – garantiu o novo presidente da legenda, André Fufuca, em quem o deputado estadual deposita toda sua confiança.
Mas Wellington vê uma mudança mais ampla no jogo político maranhense no pós-impeachment do que a simples mudança na disputa em São Luís.
O próprio Flávio Dino perdeu força ao quebrar lanças em favor de Dilma Rousseff e se indispor com o futuro ocupante do Palácio do Planalto. E o esvaziamento de Dino prejudica seu candidato em São Luís, o prefeito Edivaldo Júnior (PDT).
– A presença de Temer no comando do país modifica a correlação de forças políticas no Maranhão. Não haverá mais ninguém tão absoluto. O contraponto terá mais consistência – avaliou.
Para Wellington, essa nova correlação de forças políticas forçará o próprio Flávio Dino a buscar maior diálogo com deputados estaduais, a fim de garantir sua própria governabilidade, agora em ambiente, senão hostil pelo menos antipático a ele.
– É hora da base se reorganizar e se valorizar – prega o pré-candidato do PP…