A (com) paixão do médico
Cê parece um anjo
Só que não tem asas iaiá
Oh meu Deus
Quando asas tiver
Passe lá em casa (Armandinho)
O trecho da música do compositor Armandinho é uma declaração de amor, mas bem que poderia ser uma constatação do profissional da medicina, homens e mulheres que atendendo o chamado do servir o próximo com dedicação e paixão, muitas vezes em detrimento de suas próprias vidas.
E como lamenta o Armandinho em sua canção, só não podem estar presentes em todos os lugares porque não possuem asas…e a despeito da falta delas, eles – os médicos e as médicas – fazem o possível, mesmo quando várias vezes ele se reveste de impossibilidade.
Rubem Alves escreveu uma das mais belas constatações do ser médico que aqui reproduzo”(…) o médico, que pode não estar sofrendo nada ( se ele estiver sofrendo será um médico mais compassivo… ), sofre um sofrimento que não é seu, é de um outro. E é só porque ele sofre com os sofrimentos dos outros que ele se impõe a disciplina de estudar, pesquisar e desenvolver habilidades: para que o outro sofra menos ou deixe de sofrer”.
Aliviar dores, cuidar e orientar e quando possível, curar. Mais o médico e a médica sozinhos não podem fazer tudo. Precisam de condições dignas de trabalho, hospitais melhor estruturados, carreiras valorizadas e remuneração justa. Hoje estou parlamentar, mas não esqueço das lutas e reivindicações de minha categoria. Apresentei um Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos para os médicos no Município de São Luís e um projeto de lei que prevê redução no ISS em 60% para as empresas que atuam na área de saúde no município de São Luís, beneficiando diretamente o profissional médico.
A tradição cristã informa ser o evangelista Lucas um médico muito dedicado à propagação do bem e da paz. Que seu exemplo ilumine a todos nós!