É mais uma história que mostra a incrível coincidência de ações policiais contra aliados de Flávio Dino e sua capacidade de se antecipar aos fatos
O vice-presidente do PCdoB de Timon, Clemilton Colaço Ribeiro, foi preso pela polícia maranhense em 18 de abril, sob acusação de prática de estupro.
Além de dirigir o partido do governador Flávio Dino no município, Clemilton era também funcionário da Secretaria de Indústria e Comércio do governo comunista.
Mas ele foi exonerado exatamente no dia 17 de abril, um dia antes de sua prisão.
Mera coincidência?
Poderia ser, não fosse outros fatos que levam à suspeita de que Flávio Dino mantém uma forte rede de informações privilegiadas, que o fazem se antever a fatos que possam desgastar seu governo.
Foi assim com o caso do ex-adjunto da Secretaria de Administração Penitenciária, Danilo dos Santos Silva, preso na Operação Turing e exonerado da função logo que o pedido de prisão chegou à Justiça Federal. (Relembre aqui)
Foi assim também com o próprio Flávio Dino, que conseguiu saber, mais de 25 dias antes, qual era exatamente a acusação que lhe pesava – e que estava em sigilo – no âmbito da Operação Lava Jato. (Releia aqui)
Flávio Dino é um homem poderoso, não se pode negar.
Foi juiz federal, tem irmão procurador da República e uma influência gigantesca nos bastidores políticos e jurídicos.
Mas usar essas prerrogativas em proveito próprio o torna igual a tudo o que ele dizia ser diferente…