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“Flávio Dino tem que explicar as doações sujas de campanha”, cobra Andrea Murad…

Deputada afirmou que o governador não tem moral para criticar Sarney, ao tempo em que elogiou a postura do senador Roberto Rocha, que, mesmo sendo adversário do ex-presidente, reconheceu o exagero da ação de Rodrigo Janot

 

Andrea comparou postura de Dino à de Roberto Rocha

Andrea comparou postura de Dino à de Roberto Rocha

A deputada Andrea Murad (PMDB) foi na jugular do governador Flávio Dino (PCdoB), nesta quarta-feira, 8, na Assembleia legislativa, após o governador ter tripudiado em cima do pedido de prisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o ex-presidente José Sarney.

Andrea Lembrou que, mesmo ele próprio já tendo criticado os exageros da operação Lava Jato, Flávio Dino não teve a decência de reconhecer o absurdo do pedido de Janot, que repercutiu negativamente no país.

Será que as lideranças novas que ele está se referindo é ele? Não pode ser, pois já já ele que vai ter que responder sobre as doações sujas que ele recebeu na campanha das empresas investigadas pela Lava-Jato. Flávio Dino não tem qualquer moral e nenhuma reputação ilibada para vir falar de alguém à altura do presidente Sarney, a partir do momento recebeu dinheiro da OAS e da UTC”, disse Murad.

Para Andrea Murad, postura digna de elogio foi a do senador Roberto Rocha (PSB), que, mesmo sendo adversário de Sarney no Maranhão, se posicionou criticamente em relação à ação de Janot.

Diferentemente de Flávio Dino, quero parabenizar o senador Roberto Rocha pelo discurso que fez no Senado Federal, mesmo sendo adversário político do grupo do Senador Sarney, teve a hombridade de ver que o que está sendo feito hoje no país passou de todos os limites. Meus parabéns, pena que muitas pessoas não têm essa postura e esse mesmo pensamento e pena que muitos são hipócritas e movidos pelo ódio como o governador Flávio Dino”, disse Andrea Murad.

A parlamentar considerou a decisão da Procuradoria Geral da República com fins midiáticos e de extremo exagero decretar prisão domiciliar de um ex-presidente de 86 anos, além de colocar o país em um cenário cada vez mais instável.

Querer colocar uma tornozeleira no pé de um homem de 86 anos por dar opinião pessoal, como ex-presidente da república que é, como conselheiro que sempre foi de todos os governos que passou. Porque José Sarney é isso, sempre foi assim, é conhecido como mediador, políticos conversam, dialogam e podem sim ter opinião pessoal. Agora ninguém pode opinar sobre nada porque tem um procurador querendo mídia, querendo ser o rei da moralidade. O que ele está fazendo é ajudando a acabar mais ainda com o país com essa instabilidade, onde não vemos perspectivas de melhora e agora resolveu achincalhar com o poder legislativo, que não pode se acovardar diante disso”, discursou.

Em tempo: Janot tem como principal assessor o irmão de Flávio Dino, o também procurador Nicolao Dino.

Mas esta é uma outra história…

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“Não vou pagar pela merda dos outros”, desabafa Dilma…

dilmaAgitada, andando em círculos e gesticulando muito, a presidente Dilma Rousseff olhou para os auxiliares e bradou, indignada: “Não sou eu quem vai pagar por isso. Quem fez que pague”.

Ela estava furiosa.

– Não devo nada para esse cara, sei da minha campanha – afirmou, referindo-se às suspeitas lançadas pelo empresário Ricardo Pessoa sobre as doações à sua campanha à reeleição.

Batendo com força a palma de uma mão na outra, Dilma insistiu: “Eu não vou pagar pela merda dos outros”. Ela não disse a quem se referia, e ninguém achou que era conveniente perguntar.

A explosão de fúria da presidente ocorreu na noite da última sexta-feira de junho, dia 26, na biblioteca do Palácio da Alvorada, durante uma reunião convocada às pressas por Dilma para discutir as revelações de Ricardo Pessoa.

Dono da empreiteira UTC, ele aceitou colaborar com as investigações da Operação Lava Jato em troca de uma pena menor.

O empresário diz que pagou propina e fez doações eleitorais para facilitar seus negócios com a Petrobras.

Da Folha de S. Paulo