As precárias condições de funcionamento do campus da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) no município de Codó foram denunciadas nesta quarta-feira (02) na Assembleia Legislativa pelo deputado César Pires. Após visitar o local atendendo a solicitação dos alunos, o parlamentar relatou que falta estrutura física e pedagógica adequada para o pleno desenvolvimento dos cursos universitários.
“Tenho uma vida de luta dedicada à educação e por isso sou extremamente demandado quando ocorre algum problema no sistema educacional.Convidado a participar de uma reunião com os alunos, fiquei perplexo com o que vi. Como codoense e professor, relato com muita tristeza que o Campus da UFMA de Codó está agonizando e é necessário tomar medidas urgentes para não destruir os sonhos de tantos jovens”, declarou César Pires.
Ele relatou que os cursos da UFMA em Codó, inclusive o de Pedagogia, não têm professor de Libras, o que inviabiliza a inclusão de alunos surdos. Falta também outros professores, sobretudo de física, na estrutura do quadro docente daquele campus. “É lamentável que uma estrutura gigantesca como a de Codó funcione apenas em dois turnos e fique totalmente ociosa à noite”, ressaltou.
César Pires acrescentou que, embora seja de extrema relevância, as deficiências pedagógicas não são o único problema no campus de Codó. Segundo ele, dos 30 microscópios disponíveis no laboratório, que já são poucos em relação à demanda, só quatro estão funcionando de forma precária.
O telhado necessita de reforma e os corredores ficam às escuras por não haver a reposição das lâmpadas.
“Há inércia, há negligência e há ineficácia de gestão, e em decorrência disso um grande contingente de alunos clama, reclama e apela para administração central da UFMA em São Luís, onde devem nascer, ser criadas e acionadas todas as ações, e não virar as costas para o campus de Codó”, enfatizou César Pires. Analizou propondo que a reitora da UFMA, Nair Portela, visite Codó para que possa ver in loco a fragilidade daquele campus universitário: “Enquanto alguns anunciam a implantação do curso de Medicina em nossa cidade, o que vejo ali é uma estrutura física destruída e a ausência de professores. Mas não podemos deixar morrer aquele sonho do povo codoense”.