Candidato do PCdoB mostra incômodo pelas críticas à onipresença do pai, ex-deputado Rubens Pereira, e da mãe, a ex-prefeita Suely Pereira; e também pela forte dependência política que demonstra em relação a Flávio Dino
O candidato do PCdoB a prefeito de São Luís, Rubens Pereira Júnior, mostra forte incômodo com as críticas à presença dos seus familiares em sua campanha.
Em entrevista ao Jornal Pequeno, Pereira júnior acusou o golpe e tentou afirmar que não é tutelado – nem pelos pais, nem pelo governador Flávio Dino (PCdoB), a quem demonstra forte dependência política.
– Não será uma gestão tutelada por parentes, pelo governador, por B ou C. Eu estarei na linha de frente, sendo o responsável. Serei o protagonista, sem delegar a responsabilidade. Me preparei a vida inteira para isso – afirmou o candidato, que é deputado federal e secretário de estado.
O problema é que o próprio Rubens Júnior demonstra em sua campanha ser uma espécie de “plano B” de um projeto familiar.
As negociações de apoio, por exemplo, quase sempre são comandas pelo seu pai, o ex-deputado Rubens Pereira. A presença de Rubão incomoda inclusive o PCdoB, que faz gestões para tirá-lo da linha de frente.
Ao dizer a interlocutores que a candidatura não é sua, “mas do grupo do governador e do PCdoB”, Pereira Júnior mostra também forte dependência a Flávio Dino, seu padrinho de casamento e ídolo político indisfarçável.
Por todos esses fatores, a candidatura do comunista passa a ideia de tutela partidária e de “plano B” de um projeto familiar que fez água com a inelegibilidade do pai.
E não importa o que ele diga, seus atos mostram o contrário…