Chaguinhas culpa Braide publicamente pela sua derrota nas urnas…

Vereador, que não conseguiu a reeleição, diz que foi “abandonado pelo prefeito durante a caminhada” por votos, reclama de não ser atendido, mas ignora que rompeu com dois irmãos, um deles, inclusive, saindo candidato em sua própria base

 

Chaguinhas com Braide em imagens de TBT postadas em suas redes socais; “abandonado no meio do caminho”

O atual vice-presidente da Câmara Municipal de São Luís, Francisco Chaguinhas (PSD), culpa diretamente o prefeito Eduardo Braide (PSD) pela sua não-reeleição.

Segundo ele, Braide o abandonou em plena campanha.

Me senti deixado para trás em plena caminhada. Meu coração está estraçalhado por que nem atendido eu fui por ele durante a campanha”, desabafou o vereador, em discurso na Câmara Municipal.

  • Chaguinhas rompeu e reatou com Braide pelo menos duas vezes nos últimos quatro anos;
  • rompeu também com dois de seus irmãos em plena campanha, um deles candidato, inclusive.

Na pesquisa simples da votação dos vereadores em São Luís, este blog Marco Aurélio d’Eça descobriu tratar-se de Amauri da Farmácia (Avante) o irmão de Chaguinhas que decidiu concorrer contra ele próprio.

  • Amaury da Farmácia obteve exatos 1.408 votos
  • o partido de Chaguinhas, o PSD elegeu, cinco vereadores;
  • o último deles, Marcos Castro, foi eleito com 5.431 votos;
  • Francisco Chaguinhas ficou na 2ª suplência, com 4.450 votos;
  • somando-se todos os seus votos com os do irmão dá 5.858 votos. 

O ainda vereador deve ter muitos motivos para estar zangado com Eduardo Braide.

Mas ele precisa também resolver questões com os próprios irmãos…

Othelino critica Brandão por quebra de acordo em Colinas…

Deputado estadual destacou a convenção do vice-prefeito João Haroldo Barroso e lembrou não estar surpreso com esta posição do governador, que, segundo ele, é recorrente na política maranhense

 

Ao destacar a convenção do vice-prefeito João Haroldo Barroso (PCdoB) em Colinas, o deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade) criticou o rompimento do acordo que daria ao comunista a condição de candidato natural das duas famílias políticas  – Brandão e Barroso – unidas desde  as eleições de 2014.

Mas, para Othelino, essa posição de Brandão não o surpreende, por ser recorrente na política maranhense.

Não me surpreendo com o descumprimento desse acordo de Colinas, pois o governador descumpre tudo com muita naturalidade. Ficarei surpreso, sim, no dia em que Carlos Brandão fizer um acordo e cumprir; até porque o principal compromisso dele foi com o povo e não foi honrado”, disparou Othelino Neto.

  • o deputado do Solidariedade culpa Brandão pela tentativa de impedir a candidatura de João Haroldo, usando o PV e o PT;
  • Para garantir a candidatura do comunista pela federação, o PT estadual precisou intervir no diretório municipal de Colinas.

Esta história já havia sido contada, com exclusividade, neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “PT e PV tentam impedir João Haroldo de disputar eleição em Colinas”.

Na avaliação de Othelino Neto, Brandão foi desautorizado pelos próprios irmãos a descumprir o acordo de Colinas, celebrado há quase dez anos e cumprido à risca pela família Barroso nas eleições de 2014, 2016, 2018, 2020 e 2022.

O grupo liderado pelo deputado Márcio Jerry (PCdoB) decidiu lançar a candidatura, até para que a cidade de Colinas tivesse a opção. E achei uma atitude política correta”, frisou o parlamentar de oposição.

A convenção de João Haroldo reuniu milhares de pessoas em Colinas, no último fim de semana…

Os contrapontos de Othelino Neto a Carlos Brandão

A ação da senadora Ana Paula Lobato pelo controle do PSB no Maranhão e o movimento do deputado federal Márcio Jerry pela indicação de Flávia Alves a vice de Duarte Júnior indicam que o ex-presidente da Assembleia não vai deixar barato a quebra do acordo que resultou no seu apoio ao governador em 2022

 

Othelino e suas mulheres no contraponto a Brandão; sinais de guerra e rumores de guerra a partir de 24

O deputado estadual Othelino Neto (PCdoB) deixou a Representação do Governo do Maranhão em Brasília na mesma semana em que o ministro da Justiça Flávio Dino fora indicado pelo presidente Lula (PT) para o Supremo Tribunal Federal; desde então, embora ele próprio não assuma, seus movimentos são todos de contraponto ao grupo do governador Carlos Brandão (PSB).

Othelino ressente-se da quebra de acordo por parte de Brandão, que o faria de novo presidente da Assembleia em troca do apoio ao governador  em 2022; em dezembro de 2022, este blog Marco Aurélio d’Eça revelou o tom deste acordo no post “Othelino garante que falou de presidência da Assembleia quando fechou apoio a Dino e Brandão…”.

Nesta semana natalina, dois desses movimentos deixaram claro que Othelino não irá deixar barato a quebra do acordo que resultou em seu apoio ao governador Carlos Brandão em 22.

Primeiro, a senadora Ana Paula Lobato foi ao comando nacional do PSB dizer que não concorda coma entrega do partido no Maranhão ao comando do governador. E ela tem trunfos: é senadora da República e tem oito anos de mandato, enquanto Brandão tem apenas dois anos e quatro meses.

Logo em seguida, após repercussão da suposta declaração de apoio de Brandão ao deputado federal Duarte Júnior (PSB), o também deputado federal e presidente do PCdoB no Maranhão, Márcio Jerry, indicou a superintendente do Ibama e suplente de deputada estadual Flávia Alves (PCdoB) para vice do socialista. (Leia aqui)

Ana Paula Lobato é mulher de Othelino Neto; Flávia Alves é irmã do deputado. A entrada de Márcio Jerry no embate mostra que o ex-presidente da Assembleia tem alianças importantes para contrapor o governador e seu grupo.

Para Othelino e o grupo que gravita em torno do ainda ministro da Justiça Flávio Dino, Brandão traiu o acordo firmado em campanha, assim como indica que quebrará o que fez com a senadora Eliziane Gama (PSD).

Mas pelo movimento do ex-presidente da Assembleia, o governador pode pagar caro por esta traição…

20 anos depois, Flávio Dino e Carlos Brandão vivem mesma situação de Roseana e José Reinaldo

Da mesma forma que em 2002, quando a hoje deputada federal deixou o governo, se elegeu senadora com forte influência nacional no primeiro mandato do presidente Lula – fazendo seu sucessor no Maranhão e rompendo com este pouco tempo depois – o hoje ministro da Justiça, também em destaque nacional, enfrenta a mesma situação com seu ex-vice, que era o principal auxiliar de Tavares há duas décadas

 

Flávio Dino vive hoje com Brandão as mesmas circunstâncias pessoais e políticas que Roseana viveu com José Reinaldo há 20 anos

Ensaio

O ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) é para a história maranhense, hoje, o que a agora deputada federal Roseana Sarney (MDB) foi há 20 anos.

Assim como Roseana no início do primeiro mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2003, Dino hoje, em 2023 – quando Lula retorna ao poder – tem forte influência nacional e é cotado como opção presidencial

E assim como a emedebista à época, o socialista enfrenta, atualmente, situação de intenso desgaste com o sucessor eleito em sua chapa.

Liderança política maranhense mais ovacionada no Brasil em 2002, Roseana liderou o início da corrida pela sucessão do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), mas acabou aliando-se a Lula. Tinha como vice no Maranhão o mais radical dos sarneysistas, José Reinaldo Tavares (então no PFL), mas dava mostras de não confiar nele para sua sucessão.

Havia outras opções no governo roseanista, como o então chefe da Casa Civil João Abreu, preferido por ela, e o então Secretário de Desenvolvimento Social, Luiz Fernando Silva, por própria conta e risco.

Liderança política maranhense mais ovacionada no Brasil em 2022, Flávio Dino chegou a ser cotado para a sucessão do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas acabou aliando-se a Lula. Tinha como vice no Maranhão um ex-sarneysista histórico, Carlos Brandão (então no PSDB), mas não demonstrava definição em torno do seu nome para a sucessão no estado.

Havia outras opções no governo dinista, como o senador Weverton Rocha (PDT), mais alinhado ideologicamente ao próprio governador, e o secretário de Indústria e Comércio Simplício Araújo, por própria conta e risco.

Neste ponto da linha do tempo, faz-se necessário uma importante referência: vice de Flávio Dino em 2022, Carlos Brandão era o principal auxiliar de José Reinaldo, vice de Roseana em 2002.

Há várias versões para o rompimento de José Reinaldo e Roseana; a mais aceita historicamente diz que a ex-governadora fez questão de diminuir o seu então vice nos oito anos em que esteve no Palácio dos Leões, o que acirrou os ânimos da família Tavares, notadamente o da mulher dele, Alexandra.

Há várias versões para o estremecimento entre Flávio Dino e Carlos Brandão; a mais aceita diz que Dino diminuiu Brandão nos oito anos em que esteve no Palácio dos Leões, o que acirrou os ânimos da família Brandão, notadamente o do irmão caçula, Marcus Brandão.

A grande responsável pelo rompimento entre Tavares e Roseana, já às vésperas das eleições municipais de 2004, foi Alexandra, que decidiu ignorar o candidato sarneysista em São Luís, levando o marido a apoiar o prefeito pedetista Tadeu Palácio.

Nos bastidores da pré-campanha municipal de 2024, aponta-se Marcos Brandão como responsável pela articulação política que formará o palanque do irmão em São Luís, dificilmente o mesmo em que esteja Flávio Dino.

A história política maranhense mostra que Roseana tentou interferir no governo do sucessor, levando-o ao rompimento político e à primeira derrota do grupo Sarney em 40 anos de poder no Maranhão, em 2006.

À época, nem a força de Lula, reeleito em primeiro turno, foi capaz de garantir vitória de Roseana contra a força do Palácio dos Leões, com José Reinaldo à frente do governo e Jackson Lago embalando às forças antisarneysistas.

A história política maranhense se repete vinte anos depois.

Flávio Dino usa a força do cargo de ministro da Justiça para mostrar-se como único acesso a Lula em Brasília, o que tem levado Brandão a buscar nos próprios Sarney’s o caminho para furar o bloqueio dinista.

Versões dos bastidores do poder no Maranhão apontam que o ministro da Justiça – assim como Roseana em 2006 – aposta na força de Lula, em 2026, para voltar ao poder no Maranhão, embalado pelos mesmos garotos que estiveram com ele na reeleição de 2018.

Esta história já foi, inclusive, contada no blog Marco Aurélio d’Eça, no post “a doce ilusão que Flávio Dino cria entre aliados de Weverton e Eliziane…”.

Mas desta vez Lula será suficiente para enfrentar o rugir do Palácio dos Leões?!? E Brandão seguirá o mesmo caminho de José Reinaldo, abrindo mão de um mandato senatorial para derrotar o ex-aliado, repetindo a história de 2006?!?

A história poderá se repetir como farsa para alguns.

E para outros como tragédia…

5

Vendo-se descartado como candidato, Brandão manda recado aos comunistas: “Jackson vive!”

Com o anunciado companheiro de chapa Felipe Camarão assumindo a condição de candidato no interior – e já tido como carta fora do baralho pelos próprios aliados – governador-tampão postou foto ao lado do líder pedetista, que foi descartado e humilhado como candidato por Flávio Dino nas eleições de 2010

 

A imagem postada por Brandão ao lado de Jackson Lago: sintoma claro de um desinteresse dos comunistas pela sua candidatura

Chamou atenção uma postagem do tipo “#TBT” nesta quinta-feira, 16, nas redes sociais do governador-tampão afastado Carlos Brandão (PSB): numa foto antiga ao lado de Jackson, Brandão faz referências à história do ex-governador, ressalta sua família e finaliza em tom enigmático.

– Neste tbt a lembrança: Jackson vive! Vamos em frente – disse ele.

Para a maior parte dos analistas mais perspicazes, a postagem é um recado direto ao ex-governador Flávio Dino (PSB) e aos comunistas, que já o veem como carta fora do baralho nas eleições de outubro e trabalham sua substituição pelo pré-candidato a vice Felipe Camarão (PT).

Jackson Lago sofreu situação parecida com a de Brandão nas eleições de 2010, tendo como algoz o mesmo Flávio Dino.

Naquelas eleições, o ex-governador que havia sido apeado do poder um ano antes, em uma controversa decisão judicial, tinha condições de vencer a então governadora Roseana Sarney (MDB) se houvesse a união das oposições.

Então deputado federal pelo PCdoB, Flávio Dino não apenas recusou a aliança com Jackson como também passou a anunciar no interior que o ex-governador estava inelegível para aquelas eleições, além de muito doente.

A atitude de Flávio Dino magoou profundamente o próprio Jackson e a família do ex-governador, além de favorecer claramente a vitória de Roseana, eleita em primeiro turno com meros 0,08% além do necessário para tal.

O líder pedetista morreu no ano seguinte, sem mais falar com Flávio Dino.

Passados 12 anos – curiosamente o mesmo número 12 do pedetista Jackson – Brandão parece ser vítima da mesma artimanha.

Quem vê as fotos postadas por Flávio Dino e Felipe Camarão em suas redes sociais percebe claramente que o petista assumiu o papel de candidato do Palácio dos Leões a governador, ainda que temporário. (Entenda aqui)

Talvez seja por causa destas imagens, a postagem de Carlos Brandão nesta quinta-feira, de Corpus Christi.

Postagem de quem se vê largado pelos próprios companheiros de jornada…

Fábio Macedo reafirma que Podemos ainda não tem candidato a senador…

Durante inauguração da nova sede do partido, deputado estadual reafirmou apoio ao governador Carlos Brandão, mas fez questão de ressaltar que ainda vai sentar com a militância e os candidatos da legenda para escolher um candidato senatorial

 

Fábio Macedo com Executiva e pré-candidatos do Podemos na inauguração da sede do partido; escolha de senador ainda em discussão interna

Aliado do governador-tampão Carlos Brandão (PSB) – e um dos maiores apoiadores na eleição e reeleição do ex-governador Flávio Dino (PSB) – o deputado estadual Fábio Macêdo ainda não se decidiu sobre a eleição para o Senado.

Durante a inauguração da sede do Podemos no Maranhão, o parlamentar voltou a afirmar que Brandão é o candidato do partido a governador, mas não há fechamento de questão em torno de Flávio Dino, candidato da chapa socialista ao Senado.

– O podemos toma decisão em conjunto com seus filiados. Quando decidimos apoiar Brandão isso foi conversado internamente e foi consenso. Agora, nosso apoio a quem vamos apoiar para o Senado seguirá a mesma fórmula – disse Macedo, em entrevista ao jornalista Thales Castro.

Há duas semanas, quando o senador Roberto Rocha (PTB) anunciou sua candidatura à reeleição por uma frente ampla de partidos de várias tendências políticas – e com apoio de quatro candidatos a governador – Fábio Macedo foi às redes sociais parabenizar o petebista.

Até então, era senso comum que o Podemos apoiaria Flávio Dino.

Aliado do ex-governador nas duas eleições – 2014 e 2018 – a família Macedo, que tem o empresário Dedé Macedo, pai de Fábio, como principal representante, sempre deu estrutura às campanhas do comunista.

Nos dois governos, no entanto, os Macedo sentiram-se traídos pelo ex-governador, embora nunca tenham manifestado publicamente a insatisfação.

Agora, com Flávio Dino fora do poder e Roberto Rocha ameaçando sua tentativa de vener por WO, Fábio Macedo tem em mão uma importante decisão a tomar.

O que deve fazer até as convenções de agosto…

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Declaração de Weverton contra Flávio Dino repercute – positivamente – em todo o MA

Catarse coletiva, que parecia refreada pela circunstâncias políticas, explodiu em São Luís e no interior na tarde desta sexta-feira, 29, após o senador do PDT afirmar, finalmente, que o seu grupo não votará no ex-governador comunista para o Senado

 

Um decidiu largar a mão do outro: após sucessivos ataques, Weverton decidiu que não vai mais pedir votos para Flávio Dino ao Senado

Análise da notícia

Uma explosão de comentários nas redes sociais, em blogs e na imprensa de modo geral, ganhou a internet nesta sexta-feira, 29, após o senador Weverton Rocha (PDT) declarar que ele e o seu grupo não mais votarão no ex-governador Flávio Dino (PSB) para senador da República.

A decisão de Weverton se deu após sucessivos ataques do próprio Flávio Dino a ele – com pressões contra aliados, cooptação de apoios e tentativas de tirá-lo da disputa pelo governo.

– Nós não vamos votar no Flávio Dino, depois e tudo o que ele fez, até de forma agressiva – disse Weverton, em entrevista ao podcast “Sai da Lama”, de Caixas.

Os comentários nas redes sociais foram os mais positivos em favor de Weverton, muitos ressaltando que há tempos ele já deveria ter-se afastado do governador comunista.

A relação de Dino e Weverton vem azedando desde quando o governador decidiu quebrar os princípios de sua aliança com o senador em favor do seu projeto pessoal de poder.

Mesmo depois de impor critérios aos pré-candidatos de sua base – atendidos apenas pelo próprio Weverton – Flávio Dino decidiu, em novembro de 2021, anunciar o seu então vice, Carlos Brandão (PSB), como sua “escolha pessoal” para disputar o governo.

Em janeiro, Dino reafirmou sua escolha, após tentar convencer Weverton, que não desistiu de sua candidatura.

Mesmo diante da posição pessoal de  Flávio Dino, Weverton, por lealdade à aliança formada em 2014 com a nova política, decidiu manter Dino como seu candidato – e do seu grupo – ao Senado; e trabalhou com esta possibilidade desde então, mesmo sofrendo intensa pressão de aliados para tomar outra atitude.

Mas Dino não respeitou sequer a posição diplomática de Weverton e empreendeu verdadeira perseguição ao aliado, com uso da máquina do governo para comprar aliados, manipulação de pesquisas e uso aberto de setores da imprensa, muitos dos quais ele próprio condenava até o ano passado.

Nos últimos dias, o ex-governador repassou ao secretário de Comunicação do governo-tampão de Carlos Brandão (PSB), Ricardo Capelli – seu homem de confiança – a tarefa de atacar Weverton nas redes sociais.

Foi a gota d’água.

Diante da pressão de aliados políticos e lideranças de todo o estado, Weverton decidiu abrir mão de sua opção por Flávio Dino para o Senado; e vai escolher até as convenções um novo candidato a senador para o seu grupo.

A pancada abalou as estruturas do Palácio dos Leões, que ainda tenta reagir.

Mas a decisão já está tomada…

2

A traição de Flávio Dino ao povo do Maranhão…

Eleito em 2014 para fazer as mudanças necessárias e estruturais no Maranhão, ex-governador passou oito anos no poder e, ao deixar o cargo para seu sucessor, acaba por entregar o estado nas mãos exatamente de quem já deveria estar fora do processo político

 

Foto de Brandão com Luís Fernando Silva, Sebastião Madeira e José Reinaldo incomodou profundamente o ex-governador Flávio Dino

Ensaio

A foto acima é extremamente incômoda para o Palácio dos Leões e para o ex-governador Flávio Dino (PSB).

Já abordada pelo blog Marco Aurélio D’Eça numa “Imagem do Dia” com o título “A ultrapassada cara do governo Brandão”, ela é também o simbolismo maior da traição de Flávio Dino ao povo do Maranhão.

Eleito em 2014 por um conjunto de forças da renovada política maranhense e ao lado de um grupo de jovens lideranças que  hoje disputam os principais espaços de poder no estado, Dino prometeu efetivar as mudanças necessárias ao estado e encerrar, de uma vez por todas, o ciclo da velha política, representada pelas ultrapassadas elites tradicionais.

Mas a própria escolha pessoal do ex-governador para sucedê-lo – o seu então vice Carlos Brandão (PSB) – já é, por si só, a essência do coronelismo que reinou por anos no Maranhão; e ao chegar ao poder, com a chancela de Dino, Brandão “ressuscitou” exatamente as velhas raposas carcomidas das elites tradicionais maranhenses.

Se Flávio Dino permitiu, estimulou e trabalhou pela chegada de Brandão ao poder, não há dúvidas de que traiu o povo do Maranhão.

Primeiro por que fracassou em sua principal promessa de campanha: tirar os municípios maranhenses da lista dos mais miseráveis do país.

Também fracassou ao não estimular o estado para o desenvolvimento econômico.

Segundo que, para se manter como nome na política e com status de intelectual, Flávio Dino recorreu exatamente àqueles que ele culpava pelo empobrecimento do Maranhão.

Flávio Dino é, portanto, o traidor do povo do Maranhão.

E como disse o seu próprio secretário de Comunicação, Ricardo Capelli, citando o ícone Leonel Brizola (PDT), “a política ama a traição, mas execra os traidores”.

4

Inchado, grupo do governador-tampão começa a gerar insatisfações…

Ex-secretários que não conseguiram emplacar sucessores em suas pastas, pré-candidatos a deputado federal e estadual e até gente mais ligada ao ex-governador Flávio Dino começam a se manifestar mais criticamente em relação a Carlos Brandão, que não consegue atender a todos

 

A inchada base do governador-tampão; sem espaço para todos, as insatisfações começam a surgir em todos os níveis

Nas últimas semanas espocaram na mídia sinais de insatisfação na inchada base formada a peso de ouro pelo governador-tampão Carlos Brandão (PSB) para embalar sua pré-candidatura à reeleição.

A manifestação crítica do deputado estadual Duarte Júnior (PSB) sobre a bancada federal foi uma delas; a guerra de bastidores entre o secretário Ricardo Capelli e o chefe da comunicação da campanha, Sérgio Macedo, pelo controle da mídia sarneysista e dinista foi outra. 

A mais sintomática, no entanto, foi a do auto-intitulado “neto de Jackson Lago”, o ex-secretário de Agricultura Rodrigo Lago.

Rodrigo – que na verdade é filho do ex-deputado Aderson Lago, primo distante de Jackson – aproveitou a semana santa para falar de traição, num lamento bíblico que chamou atenção nas redes sociais.

Sua insatisfação se dá pelo fato de não ter emplacado na Secretaria de Agricultura o ex-vereador Ivaldo Rodrigues.

A cantilena do “neto de Jackson Lago” nas redes sociais; falas de traição e desabafo apenas 20 dias depois do início do governo-tampão

Houve também notícias sobre suposta insatisfação do ex-diretor do Detran-MA, Francisco Nagib, que deixou a campanha do senador Weverton Rocha (PDT) em troca de espaços no governo, mas teria sido preterido em favor de novos aliados cooptados.

Quem acompanha os bastidores do governo-tampão diz que o clima de expectativa começa a esvaziar por causa das decepções na distribuição de cargos de primeiro, segundo e até de terceiro escalões.

Dizem que até o próprio Flávio Dino (PSB) já começou a jogar indiretas contra o sucessor e que essas indiretas tendem a se tornar mais públicas nos próximos meses.

É o resultado direto do inchaço da máquina para fins eleitoreiros…

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Traição marcará debate entre Roberto Rocha e Flávio Dino…

Adversários tentam rotular um ao outro por atos de ingratidão, mas tucano leva vantagem por acolher exatamente os abandonados após gestos de sacrifício em favor do comunista

 

ÁGUA E ÓLEO. Sem qualquer identidade ideológica, Roberto e Dino estiveram juntos,m mas não são aliados

Desde o início do mandato do governador Flávio Dino (PCdoB), seus aliados na mídia e na política tentam criar em torno do senador Roberto Rocha uma pecha de traidor.

Ideologicamente inverso ao comunista, o senador tucano deixou claro, logo após as eleições de 2014, que seria candidato a governador em 2018. Para Dino e companhia, isso representa uma traição, já que Rocha foi eleito em sua chapa.

Desde então, os asseclas comunistas rotulam Rocha de traidor, numa tentativa de marcá-lo eleitoralmente.

Mas, pelos fatos recentes, Roberto Rocha tem muito mais motivos para ver em Flávio Dino o vírus da traição, para usar um termo que ficou marcado na voz do ex-governador Jackson Lago (PDT).

ACOLHIMENTO. Roberto Rocha acolheu dois dos traídos por Flávio Dino, oferecendo exatamente o que lhes foi negado pelo comunista

Desde que assumiu o mandato de governador, Flávio Dino coleciona ingratidão àqueles que deram muito de seu tempo e de sua saúde para fazê-lo liderança política no Maranhão.

Na lista aparecem desde o próprio Jackson Lago, passando pelo ex-ministro Edison Vidigal, o ex-prefeito Tadeu Palácio (PP), deputado estadual Edivaldo Holanda (PTC), o ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB), o deputado federal Waldir Maranhão (PSDB) e, principalmente, o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSDB).

Curiosamente, alguns destes traídos por Flávio Dino foram acolhidos exatamente por Roberto Rocha.

Tanto Waldir Maranhão quanto José Reinaldo, a quem Dino tratou com ingratidão após gestos de sacrifícios públicos dos dois por ele, pleiteiam a vaga de senador na chapa do tucano.