O único problema da denúncia contra o líder da oposição na Assembleia Legislativa, Marcelo Tavares (PSB), é que não conseguiu dizer o óbvio quando expôs o caso.
A questão é simples: um funcionário ligado ao gabinete do então presidente da Casa comprou mercadorias no Supermercado Mateus e pagou com tíquetes-alimentação, como provam as notas fiscais já exibidas.
Seria normal, afinal, os servidores da Casa têm direito a tíquete-alimentação.
Mas faltou fazer a pergunta de forma correta: se as notas estão no nome de Márcio Pimenta, por que as mercadorias foram entregues em um endereço de outra assessora de Marcelo Tavares, Luana Brasil?
Bastava este questionamento para criar o problema, mas a denúncia não soube fazê-la.
Ontem, Marcelo Tavares voltou à tribuna e falou novamente do assunto, afirmando que as mercadorias pertencem à Assembleia.
Mas se a denúncia tivesse sido feita de forma entendível, essa explicação geraria outras questões:
Se pertencem à Assembleia, por que as notas estão em nome de Márcio Pimenta? E se são da Assembleia, por que foram entregues no endereço de Luana Brasil?
Estas são as questões que precisam ser explicadas, tenham ou não explicação.
Mas o problema é saber fazer a denúncia…