Estratégia do governo de usar o velho chavão de “sarneysista” aos que ameaçarem seu projeto de poder tem se mostrado ineficaz
Duas notícias dando conta de ações da oposição nos municípios de Timon e Imperatriz deixaram em pânico o governador Flávio Dino (PCdoB) e os partidos aliados ao seu governo.
Em Timon, pesquisa mostrou o deputado estadual Alexandre Almeida (PSD) bem à frente do prefeito Luciano Leitoa (PSB); Em Imperatriz, o PMDB oficializou a pré-candidatura do delegado Assis Ramos. (Leia aqui)
O problema é que a resposta dos aliados de Flávio Dino se mostra tão equivocada quanto suas articulações para o pleito: taxar os dois adversários de “sarneysistas”, para tentar tirar-lhe votos, não tem funcionado em nenhum dos colégios eleitorais maranhenses.
Esta estratégia até funcionou quando Dino era oposição e os sarneysistas governo; mas, hoje, a situação se inverteu e usar o mesmo argumento demonstra apenas insegurança quanto à própria capacidade política.
O que tem levado riscos de derrota para o governo é, na verdade, a divisão na própria base governista.
O PCdoB, partido do próprio governador, por exemplo, não abre mão de ter candidato próprio em Imperatriz, o que divide a própria base. Naquele município, hoje administrado pelo PSDB, a candidatura governista mais forte é a de Rosângela Curado, do PDT, antipatizada pelo governo.
Em Timon, o problema é mesmo de gestão.
Luciano Leitoa não conseguiu mostrar à população capacidade para administrar a cidade; e Alexandre Almeida representa hoje, exatamente, a renovação que a população espera.
O governo precisa unificar sua base se quiser vencer nos principais colégios eleitorais.
E taxar adversários de “sarneysistas” apenas mostra a fragilidade de sua articulação…