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Wellington do Curso: o eleitor estaria levando gato por lebre?!?

Não dá mais para o candidato do PP fingir que denúncias graves como uso de laranjas em suas empresas, sonegação de impostos e até tentativa de venda de um terreno público sejam coisas insignificantes; o eleitor tem o direito de saber sobre a vida pregressa de quem se propõe a governar seus destinos

Com campanha populista, Wellington tenta passar ao largo das acusações contra ele...

Com campanha populista, Wellington tenta passar ao largo das acusações contra ele; mas o povo precisa saber…

Editorial

O candidato do PP, Wellington do Curso, tem dado de ombros a todas as denúncias contra ele apresentadas na campanha.

E elas vão se avolumando; e são coisas cada vez mais graves, todas devidamente documentadas.

Contra Wellington já foi mostrado que o curso que leva seu nome – e que ele passou a vida usando como exemplo de seu sucesso profissional – está, na verdade, em nome de sua mãe e seu irmão, um artifício jurídico para escapar da burocracia legal. (Entenda aqui)

Também já foi revelado que Wellington, apesar de a empresa não estar em seu nome, é dono de todos o imóveis que abrigam as unidades do curso; e desde 2008 não paga IPTU de nenhum desses imóveis. (Leia aqui)

Documentos que vieram à tona nas últimas semanas mostram que o candidato do PP também é sonegador de ISS,  e teve até que pagar, na marra, valores deste imposto.

E diante de todas essas denúncias, os aliados de Wellington apenas ironizam.

– Não adianta, o povo quer – dizem, com imenso salto alto – ironizam, quando confrontados com as acusações.

Nesta segunda-feira, 12, foi revelada aquela que parece ser a mais grave denúncia dentre todas que já formam a folha corrida do candidato: ele simplesmente se apossou de um terreno público e tentou vendê-lo como se fosse seu. (Saiba mais aqui)

Basta candidato! O povo não pode comprar gato por lebre!

É exatamente por que “o povo quer” que Wellington tem obrigação de mostrar-se íntegro em todos os aspectos de sua vida – pessoais, profissionais, morais e familiares.

Até agora, o que se viu foi um candidato navegando em uma onda de populismo, ao mesmo tempo em que vai se avolumando o dossiê contra sua imagem, que ele faz de conta não existir.

Os candidatos –  e não apenas Wellington do Curso – têm obrigação de dar exemplo ao povo que eles pretendem governar.

E nem Wellington, nem Eliziane Gama ou Edivaldo Júnior estão acima disso.

Mas contra Edivaldo Júnior (PDT), o que se vê de “acusação” até agora são apenas questionamentos à sua capacidade administrativa, à sua falta de pulso firme e críticas ao seu perfil submisso. Contra Eliziane pesam seu voto a favor do impeachment e uma aliança com o ex-prefeito João Castelo (PDT).

Nem Edivaldo, nem Eliziane respondem a qualquer acusação de corrupção, de desvio de conduta ou, principalmente, de questões legais mal resolvidas.

Contra Wellington, por outro lado, apenas o que já foi divulgado é material suficiente para, em qualquer país sério, provocar a renúncia de sua candidatura.

Mas ele insiste em fazer de conta que não é com ele, apostando na alienação do povo, como se o eleitor fosse uma massa de manobra, facilmente seduzida pela ilusão festiva das ondas populares.

Não é, candidato!

O povo, por mais que queira, precisa saber o que está querendo.

Caso contrário, estará levando gato por lebre…