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Penha quer cumprimento de Lei nos Terminais da Integração

O vereador Raimundo Penha (PDT) fez na Câmara Municipal de São Luís um contundente discurso cobrando das autoridades o cumprimento da Lei Municipal nº 6.471/19, de sua autoria, que ampliou o horário de atendimento nos postos da bilhetagem eletrônica da capital maranhense situados nos Terminais da Integração.

“Esta Lei é algo muito simples, mas que facilita a vida do trabalhador, dos estudantes. E pasmem: em plena pandemia, nós estamos recebendo denúncias de que este horário não está sendo cumprido. Quais medidas se recomenda para combater a pandemia? Além da vacina, o uso de máscara e o distanciamento social. Ora, quanto mais amplo em tenho o horário de venda de crédito, menos pessoas aglomeradas em vou ter”, afirmou.

Penha explicou que já manteve contato com o secretário municipal de Trânsito e Transportes, Cláudio Ribeiro, e solicitou ao mesmo que tome uma providência imediata para fazer com que a Lei seja cumprida e o direito do cidadão respeitado.

“Espero que não precise chegar ao ponto de ter que acionar o Ministério Público, por que se for preciso, estamos prontos para fazer. O cidadão nada tem a ver se o SET mudou de diretoria, se está em conflito interno. Eles que resolvam o problema deles e a Prefeitura que haja com firmeza para resolver esta situação”, disse.

A Lei Municipal de Raimundo Penha otimizou o atendimento, beneficiando todos os usuários do sistema de transporte coletivo.

Nos Terminais da Praia Grande, Cohama/Vinhais, Cohab/Cohatrac e São Cristóvão a venda deve ser feita de segunda a sexta-feira, das 6h30 às 20h.

Nos postos da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) o atendimento deve ocorrer das 9h às 19h, também nos dias úteis.

A lei estabelece um prazo máximo de 15 minutos de espera nas filas.

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Candidatos mostram desconhecimento de soluções para o transporte…

Principal problema do eleitor em São Luís, a mobilidade urbana tem sido tratada de forma genérica e padronizada pelos principais postulantes à Prefeitura de São Luís, que demonstram pouco conhecimento do assunto

 

Duarte quer transformar os terminais de integração – estruturas caras e ultrapassadas – em espécies de shoppings de serviços, o que pode encarecer ainda mais o sistema, que carece de agilidade

Um dos problemas crônicos de São Luís, a mobilidade urbana, tem sido ignorada pelos principais candidatos a prefeito da capital maranhense.

E os que arriscam a falar do tema o fazem de forma genérica, demonstrando falta de conhecimento sobre o assunto.

O que dizer da proposta de Duarte Júnior (Republicanos), de transformar os terminais de integração em espécie de shoppings de serviços?

Os terminais são estruturas ultrapassadas, já desmobilizadas nas principais capitais do muindo, que apostam agora em serviços que garantam maior agilidade, como o Bilhete Único e novas plataformas de transporte.

Transformá-los em shoppings é encarecer ainda mais o setor.

Usado como exemplo por Eduardo Braide, o transporte em Teresina é um dos pontos críticos da gestão do prefeito Firmino Filho

Eduardo Braide (Podemos), por sua vez, apresentou a gestão da cidade de Teresina (PI) como exemplo do que pretende fazer no setor de transporte na capital maranhense.

O deputado certamente não tem a informação de que a principal crítica da população da capital piauiense à gestão do prefeito se dá no setor de transporte urbano, considerado ruim.

Estrangulada há décadas, a mobilidade urbana na capital vem recebendo medidas paliativas ao longo do tempo.

A maior “inovação” em 25 anos – desde a instalação do primeiro terminal, em 1995 – foi a licitação na gestão do prefeito Edivaldo Júnior (PDT).

Mas nem isso resolveu os principais problemas de mobilidade, que requer novos corredores de transportes, novas modalidades e maiores investimentos em infraestrutura.

Mas esse debate os candidatos preferem fazer de conta que não existe…

Duarte Jr propõe usar terminais de integração como centrais de serviços…

Deputado já atuou para garantir a reforma dos terminais do São Cristóvão e Distrito Industrial quando esteve à frente do Procon-MA

 

Nesta semana, na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Duarte Jr (PCdoB) apresentou ideias de melhorias para a população nos terminais de integração do transporte público de São Luís. Para o ex-presidente do Viva/Procon, os terminais devem ser transformados em centrais de serviços públicos.

A proposta de Duarte Jr tem o objetivo de facilitar a vida dos cidadãos maranhenses. “Os terminais de integração podem ser verdadeiros shoppings de serviços. Reformando os terminais, colocando central de marcação de consultas, serviços públicos municipais, abrindo espaço para vendedores ambulantes cadastrados como microempreendedores individuais e até mesmo franquias e redes de fast-food”, disse Duarte Jr na Assembleia.

“Assim atenderemos a várias políticas com uma só ação”, completou.

Como embasamento para apresentar a proposta, Duarte Jr falou sobre seu período como presidente do Procon/Viva, de 2015 a 2018, quando garantiu a reforma dos terminais de integração do Distrito Industrial e do São Cristóvão. “Conseguimos reformar e pintar, melhorar a estrutura, disponibilizar internet, além de uma unidade do Procon/Viva e da Polícia Militar”, lembrou o deputado.

Duarte Jr disse ainda que as reformas mencionadas aconteceram depois de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com as empresas Franere e Dimensão Engenharia, que reverteu multas aplicadas pelo PROCON em benefícios para a população. “É essa proposta que trago aqui hoje, utilizar recursos da iniciativa privada”.

Pedindo a união de órgãos públicos, Prefeitura de São Luís, Ministério Público, Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET) e cidadãos, o parlamentar disse que “precisamos ir além da critica, refletir e trazer soluções. Em vez de criticar ou substabelecer responsabilidades, é preciso termos senso de urgência e, sobretudo, criatividade”.

Risco de desabamento e incêndio

No dia 22 de outubro, o Terminal de Integração da Praia Grande, o maior dos terminais da cidade, teve duas plataformas interditadas devido a risco de desabamento e possibilidade de incêndios. A interdição foi determinada pelo Ministério Público Estadual, após inspeção no dia 18 de outubro, realizada em parceria com Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.

“Uma triste situação”, definiu Duarte Jr.