Hilton Gonçalo discute com Brandão projeto 2022…

Governador em exercício tem recebido no Palácio dos Leões prefeitos para tratar de metas relacionadas à sua candidatura ao governo, que passam pela eleição da Famem e articulação com gestores de todo o estado

 

O prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo (PMN), visitou na terça-feira (5), o governador em exercício do Maranhão, Carlos Brandão (Republicanos). Os dois mantém uma estreita relação e uma longa amizade, não à toa, eles possuem uma sintonia quanto ao futuro político do Maranhão e mais uma vez eles dialogaram sobre o que está por vir no estado.

Hilton Gonçalo não esconde de ninguém a sua predileção por Carlos Brandão na corrida eleitoral pela disputa do Governo em 2022. Tanto que no encontro do Palácio dos Leões, eles discutiram assuntos relacionados a eleição da FAMEM, a pavimentação da pré-candidatura do vice-governador e claro eleição de 2022.

Foi de responsabilidade de Carlos Brandão, a articulação que garantiu a ascensão de Dr Gonçalo (Republicanos), ao cargo de deputado federal. Ele é irmão de Hilton Gonçalo e assume a função no próximo dia 11 de janeiro no lugar de Rubens Júnior (PCdoB).

Hilton Gonçalo é líder de um grupo político que reúne os prefeitos de Palmeirândia, Edílson da Alvorada (Republicanos); de Rosário, Calvet Filho (PSC); de Nova Iorque, Daniel Castro (PL); de Pastos Bons, Enoque Mota, e de Bacabeira, Fernanda Gonçalo (PMN), além de outros prefeitos e vereadores aliados.

É inegável a força política que Hilton Gonçalo possui e sabedor disso, Carlos Brandão sabe que o prefeito de Santa Rita é muito importante para seu projeto eleitoral de 2022, que visa assumir o Governo do Maranhão.

Da assessoria

Com disputa pelo Senado, Dino mexe com as peças da própria sucessão

Ao anunciar desistência da disputa presidencial, governador volta os olhos para dentro do seu estado e do seu grupo e indica que pretende ter o controle absoluto da montagem da chapa majoritária de 2022, forçando reposicionamento de aliados e adversários

 

Flávio Dino marca a própria posição para 2022 e deixa claro que pretende comandar a própria sucessão em seu estado

Análise de conjuntura

Ao anunciar nesta quarta-feira, 30, que vai mesmo disputar uma vaga no Senado em 2022, o governador Flávio Dino (PCdoB) definiu que estará no comando do seu grupo político nas próximas eleições.

Logo de cara, marca território e estabelece cenários importantes tanto no governo quanto na oposição.

Sua candidatura ao Senado terá impacto direto sobre três outras lideranças interessadas na mesma vaga: o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), o ainda prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT), o senador Roberto Rocha (PSDB) e a ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

Othelino deve repensar sua estratégia e buscar novas posições dentro do grupo, o que pode indicar, inclusive, a permanência no controle da AL-MA a partir de 2023; Roseana também deve optar por outras disputas.

Fortalecido como liderança histórica em São Luís, Edivaldo passa a figurar como opção de chapa em 2022, mas já não como opção ao Senado, podendo compor uma chapa de governo ou entrar na disputa da Câmara com cacife para formar a própria bancada.

Caso Roberto Rocha – que tem o apoio declarado do prefeito eleito Eduardo Braide (Podemos) para a reeleição ao Senado – decida enfrentar Dino, estará se confirmando o desenho do blog Marco Aurélio D’Eça, apresentado ainda em 2014 no post “Roberto Rocha e Flávio Dino oito anos depois…”

Ao definir sua candidatura – praticamente 15 meses antes de deixar o mandato – Dino fortalece a própria posição no grupo, em risco de esfacelamento desde as eleições municipais; esta ideia de fortalecimento é reforçada pela volta do deputado Márcio Jerry (PCdoB) ao governo.

Esta posição pode implicar também um acordão pela chapa encabeçada pelo vice-governador Carlos Brandão (Republicanos), mas não é automático.

Sobretudo pelo fato de que Jerry e Brandão são adversários históricos, e é Jerry quem estará definindo as cartas com aliados até abril de 2022.

Na condição de candidato a senador, Flávio Dino vai tratar diretamente com outra liderança do grupo, o senador Weverton Rocha (PDT), pré-candidato a governador.

Há duas perspectivas para esta conversa:

1 – Dino e Weverton se juntam na mesma chapa, com apoio de Brandão e um vice de peso para o pedetista, tornando o grupo praticamente imbatível em 2022, ou;

2 – Dino e Weverton se enfrentam, cada um em uma chapa de peso, com o comunista apostando todo o cacife para eleger também Brandão governador.

Estes cenários passarão a ficar mais claros a partir de janeiro, quando as primeiras pesquisas sobre 2022 começarão a ser apresentadas, agora já com as principais peças do tabuleiro – no governo e na oposição – definidas quanto às suas posições.

Com poucas chances para novos desenhos até o fim de 2021…

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Mudanças de Flávio Dino fortalecem Márcio Jerry

Agora na Secretaria de Cidades, deputado federal terá influência também na Articulação Política e na Comunicação do governo

 

Assim como indicou o blog Marco Aurélio D’Eça, ainda em novembro, no post “A hora do bombeiro comunista”, o deputado federal Márcio Jerry confirmou sua volta ao governo nesta quarta-feira, 30. 

E ele voltou poderoso.

O bombeiro comunista – responsável por reagrupar a base governista após Racha nas eleições municipais – agora será secretário de Cidades.

Mas terá influência direta nas pastas da Articulação Política e da Comunicação, agora desmembradas.

A missão de Jerry no governo Dino é clara: atuar diretamente para unificar a base em torno de uma chapa única em 2022.

E se essa unificação garantir a ele próprio lugar de destaque nessa chapa, melhor ainda…

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…E o bombeiro comunista agiu

Mudança de posicionamento do vice-governador Carlos Brandão e do senador Weverton Rocha – principais pré-candidatos à sucessão do governador Flávio Dino – é fruto direto da ação do deputado federal Márcio Jerry, que deve assumir posto no Palácio dos Leões com a missão de unificar a base para 2022

 

Márcio Jerry iniciou ainda fora do governo as ações para impedir o racha na base; ação que continuará com um posto no governo de Dino

 

O blog Marco Aurélio D’Eça publicou em 4 de dezembro o post “Márcio Jerry: a hora do bombeiro comunista…”.

Tratava-se de uma reflexão deste blog sobre os riscos de ruptura na base do governo Flávio Dino (PCdoB) – causada pela disputa aberta entre o vice-governador Carlos Brandão (PRB) e o senador Weverton Rocha (PDT) – e sobre a necessidade de ação do mais próximo aliado de Dino para impedir o esfacelamento da base.

E o bombeiro comunista agiu.

Quem viu as manifestações públicas de Weverton e de Brandão nas últimas semanas observou neles uma mudança de discurso e uma clara busca de unidade da base.

Primeiro, Weverton afirmou não ser candidato de qualquer jeito e citou até outras opções. (Relembre aqui)

Depois, foi a vez de Brandão declarar que a candidatura de Weverton é absolutamente legítima. (Veja aqui)

Brandão e Weverton mudaram o tom da disputa pela unidade da base de Dino, que tem ainda Eliziane Gama como opção

Márcio Jerry deve voltar ao governo – assim como anunciou este blog, em primeira mão, no mesmo post em que falou de sua ação pela unidade. É deste posto que ele deverá conduzir a unidade para evitar o erro cometido nas eleições de 2020.

Erro este admitido pelo próprio Flávio Dino, em entrevista à Mirante em que anunciou que estará na disputa de 2022.

Resta saber se a ação do bombeiro comunista será suficiente para debelar as chamas causadas pela disputa entre os aliados.

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Carlos Brandão e Felipe Camarão em agenda no interior…

Vice-governador e o secretário de Educação têm participado de inaugurações de escolas, mas a presença dos dois acaba por levantar também aspectos políticos sobre as eleições de 2022

 

Felipe entrega “Escola Digna” ao lado de Carlos Brandão: agenda administrativa e repercussão política no interior

O vice-governador Carlos Brandão (PRB) e o secretário de Educação Felipe Camarão (DEM) cumprem juntos, no interior, forte agenda de inaugurações e entregas de obras em vários municípios.

Mas a presença dos dois no interior acaba por levantar conversas sobre a sucessão do governador Flávio Dino (PCdoB).

Ao lado do senador Weverton Rocha (PDT), Brandão é um dos nomes de Flávio Dino (PCdoB) para 2022, com o acréscimo de que assumirá o mandato.

Felipe Camarão, por sua vez, é apontado como opção de bastidores de Dino, seja para concorrer ao governo, seja para compor uma chapa, o que se fortalece com sua presença na agenda do vice-governador.

 

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Brandão explica termo “desertor” usado no segundo turno…

Em entrevista à TV Guará, vice-governador revelou pela primeira vez a existência de um acordo para apoio conjunto ao candidato do governo no segundo turno, o que, segundo ele, foi descumprido pelo PDT e pelo DEM, razão pela qual usou a palavra durante a campanha

 

Brandão revelou pela primeira vez os motivos que o levaram a chamar de desertores o PDT e o DEM durante as eleições municipais

O vice-governador Carlos Brandão (Republicanos) revelou pela primeira vez, nesta quinta-feira, 17,  em entrevista à TV Guará, as razões que o levaram a classificar de “desertores” os líderes do PDT e do DEM no segundo turno das eleições municipais.

De acordo com Brandão, havia um acordo entre os presidentes de partido e o governador Flávio Dino (PCdoB) – antes mesmo do primeiro turno – para que todos apoiassem o candidato da base que fosse ao segundo turno.

– Logo no começo do ano, vários partidos demonstraram interesse de lançar candidato. Houve um acordo. Cada um lançaria seus candidatos, três, quatro, dez, quantos quisessem… Só que nesse acordo houve entendimento entre os presidentes de partido que, no segundo turno, todos marchariam juntos. Esse acordo não foi cumprido. Existe uma expressão que diz que o “combinado não é caro”. Quando o Duarte foi pro segundo turno, o PDT e o DEM resolveram não cumprir o acordo. Isso nos levou a uma cobrança desses dois partidos – revelou o vice-governador, em, entrevista ao programa Os Analistas.

Questionado também sobre a não-participação do prefeito Edivaldo Júnior (PDT) na campanha, Brandão explicou que não havia acordo para isso, embora todos esperassem o apoio do prefeito, pelas razões lógicas.

– Edivaldo também não participou da campanha, mas nós não tínhamos acordo com Edivaldo, é preciso deixar claro. A gente esperava que ele no apoiasse, mas não tinha acordo como tinha com os partidos. É diferente – justificou.

Mesmo assim, o vice-governador entende que a ausência de Edivaldo e o não cumprimento do acordo pelo DEM e pelo PDT deram ao prefeito eleito Eduardo Braide (Podemos) os 5, 6 pontos necessários para ele garantir a vitória.

Com relação à campanha de 2022 – e da citação do nome de Edivaldo como opção do grupo, feita pelo senador Weverton Rocha (PDT) – Brnadão preferiu contemporizar.

– Esse assunto a gente só deve discutir mais profundamente lá na frente. Até por que, se começar a discutir eleição de 2022, acaba o governo. A gente tem que focar na gestão – avisou.

O vice-governador revelou estar com uma agenda de inauguração de obras que praticamente o impedirá de estar em São Luis nos próximos meses, mas garante continuar uma agenda política.

– Mas vou estar recebendo lideranças, prefeitos, vices-prefeitos. E basicamente a gente tem que focar nesses prefeitos, para fazer parcerias. Esse é o foco do nosso governo – revelou Brandão, revelando a realização de seminário logo no início de 2012.

Hilton Gonçalo recebe visita do prefeito eleito de Palmeirândia

Hilton Gonçalo (PMN), recebeu nesta terça-feira, 8, a visita do prefeito eleito de Palmeirândia, Edilson da Alvorada (Republicanos). Na oportunidade, eles trocaram experiências sobre a gestão municipal para o pleito que se avizinha.

Edilson da Alvorada foi vice-prefeito de Palmeirândia entre os anos de 2017-2020 e agora será prefeito pela primeira vez, portanto ele foi dialogar com Hilton Gonçalo que está indo para seu quarto mandato como prefeito em Santa Rita e possui uma vasta experiência.

Estiveram presentes também na conversa, Iriane Gonçalo e Ariston Gonçalo.

Os dois possuem uma vasta experiência no poder público; a primeira é atual prefeita de Pastos Bons que concluirá no próximo dia 31 de dezembro de 2016 seu segundo mandato como gestora, e o segundo é deputado estadual desde 2019 e foi vice-prefeito de Santa Rita entre 2017 e 2019.

Na oportunidade, o quarteto ainda discutiu os planos para o futuro político do Grupo Gonçalo, o qual eles fazem parte.

A ideia é lançar candidaturas fortes para a Assembleia Legislativa e Câmara Federal, assim como participar da montagem da chapa majoritária em 2022.

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Edivaldo Júnior já é cotado como opção para 2022…

Às vésperas de encerrar o mandato, prefeito de São Luís entra no jogo da sucessão estadual após os movimentos e contramovimentos nas eleições municipais; e é nome cotado não apenas no grupo do governador Flávio Dino

 

Edivaldo e Eduardo estão cada vez mais entrosados, desde o fim do primeiro turno; e podem até caminhar para parceria política, apostam analistas

O prefeito Edivaldo Júnior (PDT) está, definitivamente, no jogo da sucessão estadual de 2022.

Seja por análises de jornalistas baseados em seus movimentos de final de mandato, seja por expressão da própria população, é cada vez maior a presença do pedetista na lista dos pré-candidatos a governador.

A postura do prefeito nas eleições de São Luís, combinada com a gama de obras e serviços prestados por sua gestão ao longo de 2020, o colocaram entre os nomes que podem envergar uma candidatura.

O grande trunfo de Edivaldo é a capacidade de pairar acima dos grupos políticos.

Ele pode nem ser opção do grupo do governador Flávio Dino (PCdoB), cujos comunistas mostram-se ressabiados pela sua neutralidade no primeiro turno das eleições.

Seus movimentos da semana passada ao lado do prefeito eleito Eduardo Braide (Podemos), por exemplo, acendeu as luzes especulativas de diversos setores da imprensa.

E já há quem o ponha como uma das opções do próprio Braide, que surge como líder influente e independente no processo de 2022.

Mas esta é uma outra história…

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Lançamento de candidatura do PT ao Senado enfraquece Flávio Dino

Sendo ou não mais um balão-de-ensaio, apresentação do nome do sociólogo Paulo Romão à vaga única de 2022 mostra que os partidos da base aliada já não se preocupam com a posição do governador comunista, enfraquecido após derrota nas urnas

 

Negro, Jovem e gay, Paulo Romão quer ser a aposta moderna do PT ao tradicionalismo padronizado que seria a candidatura de Flávio Dino após deixar o governo

Desgastado politicamente após a derrota nas urnas de São Luís – e acompanhando como mero observador a uma guerra na base pela sua sucessão – o governador Flávio Dino (PCdoB) parece ter perdido a admiração dos aliados políticos.

A pré-candidatura do sociólogo petista Paulo Romão ao Senado pelo PT mostra que Dino perde mesmo importância política à medida que se aproxima o fim do seu mandato.

Desde o início do segundo mandato, Dino vem tentando entrar no debate presidencial, usando como trunfo a unidade de sua base e a liderança de um grupo homogêneo – mesmo agrupando diversas tendências políticas.

A candidatura de um petista ao Senado – sem levar em conta que o próprio Dino pode ser um pretendente à vaga – é mais uma mostra do tamanho que a base tem hoje do comunista.

Dino já havia sentido a solidão do fim de mandato ao tentar enquadrar a base em prol da candidatura de Duarte Júnior (Republicanos), provocando movimento totalmente inverso.

Mas não é de hoje que outros líderes dinistas sonham com o Senado, sem levar em conta a posição do governador; o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), por exemplo, já anunciou ser candidato majoritário, em qualquer circunstância. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui, e aqui)

A apresentação do petista Paulo Romão agora, só acentua a desimportância do governador comunista…

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Haroldo Sabóia aponta Flávio Dino candidato a federal

Ex-deputado federal analisa que o resultado das eleições municipais fortaleceu o projeto do senador Weverton Rocha, mas garantiu certa ampliação do vice-governador Carlos Brandão, “que imagina poder enfrentar Weverton sentado na cadeira dos Leões com a caneta dos convênios na mão”

 

Haroldo Sabóia acha que Flávio Dino vai deixar “triste legado” no Maranhão

O ex-deputado federal Haroldo Sabóia ampliou os efeitos da derrota do governador Flávio Dino (PCdoB) para além de 2020; Para Sabóia, a vitória de Eduardo Braide (Poddemos) pode levar o comunista a repensar sua candidatura ao Senado e optar por uma vaga de deputado federal.

– A disputa pelo governo do Estado em 2022, entre o Senador Weverton Rocha (PDT) e o vice governador Carlos Brandão (Republicanos), além de provocar uma grave fissura na base de apoio do governador Flávio Dino pode levá-lo a abandonar sua candidatura ao Senado para concorrer à Câmara Federal – avaliou o ex-deputado, em artigo no Facebook intitulado “Flávio Dino candidato a deputado federal em 2022?”.

Na avaliação de Haroldo Sabóia, a vitória de Eduardo Braide fortaleceu o projeto de Weverton Rocha, sobretudo pela importância do apoio de Neto Evangelista (DEM), lançado pelo senador pedetista.

Mas Sabóia não descarta o peso de Carlos Brandão, que, na avaliação do ex-deputado, ampliou sua base, sobretudo com o apoio do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) e da senadora Eliziane Gama (Cidadania).

– Sentado na cadeira dos Leões e com a caneta dos convênios em mãos – [Brandão] imagina reunir forças suficientes para enfrentar o senador Weverton Rocha – avaliou.

Apontando outros grupos com interesse na disputa de governo em 2022, Haroldo Saboia cita o MDB de João Alberto e Roseana Sarney, o PSDB, do senador Roberto Rocha – que ele vê cada vez mais diminuto no estado – e os partidos mais à esquerda, como PSOL e PCB.

Outro imbróglio, segundo o ex-deputado,  será a disputa pela única vaga de senador – esta, na avaliação do ex-parlamentar sem a presença de Flávio Dino.

– Por exemplo, na coligação em torno do senador Werverton (PDT), a legenda de apoio mais forte é o DEM, dirigido por Juscelino Filho. Já o partido mais forte na base de sustentação do futuro governador e candidato a reeleição, o atual vice Carlos Brandão, não é nem o PCdoB, de Flavio Dino, nem o CIDADANIA, da senadora Eliziane Gama, e sim o PL do deputado federal Josimar do Maranhãozinho – aponta Haroldo.

E é por causa destes aspectos, que Sabóia afirma a candidatura de Flávio Dino a deputado federal, não a senador.

– Candidato a deputado federal, Dino poderá ter uma imensa votação que viabilize a reeleição dos atuais deputados do PCdoB, Marcio Jerry e Rubem Jr., além de eleger os seus secretários mais próximos, já anunciados candidatos, Carlos Lula, Clayton Noleto e Jeferson Portela – aponta.

Mas o ex-deputado não vê esta articulação de Dino de forma virtuosa, mas com certa crítica ao legado que o comunista pode deixar ao Maranhão.

– Triste legado, após oito anos de mandato, de um governo que se anunciou capaz de iniciar nova era de desenvolvimento econômico e de superar as terríveis desigualdades sociais no pobre Estado do Maranhão – concluiu Haroldo Sabóia.

Veja abaixo a íntegra do comentário:

DINO CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL EM 2022?
(notas sobre o triste quadro político-eleitoral da triste e antiga Província do Maranhão)

A disputa pelo governo do Estado em 2022, entre o Senador Weverton Rocha (PDT) e o vice governador Carlos Brandão (Republicanos), além de provocar uma grave fissura na base de apoio do governador Flávio Dino pode levá-lo a abandonar sua candidatura ao Senado para concorrer à Câmara Federal.

Embora derrotado no primeiro turno nas eleições de São Luís, Weverton sai fortalecido com a vitória de Eduardo Braide (PODEMOS). Todos reconhecem que o apoio de Neto Evangelista (DEM), candidato lançado pelo pedetista, foi decisivo para o resultado do pleito.

Carlos Brandão, por sua vez, apesar da derrota de Duarte, (filiado ao REPUBLICANOS do vice governador) conseguiu ampliar a base de sustentação de sua candidatura ao governo. Com o apoio do PL do deputado Josimar do Maranhãozinho, do CIDADANIA, de Eliziane Gama e do PCdoB de Flavio Dino, Carlos Brandão – sentado na cadeira dos Leões e com a caneta dos convênios em mãos – imagina reunir forças suficientes para enfrentar o senador Weverton Rocha.

É absolutamente improvável, todavia, que o cenário de 2022 fique restrito a essas duas candidaturas.
Duas outras legendas deverão ter candidatos majoritários no primeiro turno: o MDB (de João Alberto, Roseana Sarney, Hildo Rocha e João Marcelo) e o cada vez mais diminuto PSDB (do senador Roberto Rocha).

Bem à esquerda, teremos um nome apoiado pelo PSOL, pelo PCB e pela UP – organizações bem pequenas no Maranhão, mas fortalecidas nacionalmente pelo excelente desempenho de Guilherme Boulos nas eleições paulistanas.

Não podemos esquecer legendas com efetiva presença eleitoral no Estado, detentoras de mandatos na Assembleia e na Câmara Federal, que não deverão lançar candidatos majoritários. À direita, o PTB (Pedro Fernandes), o PP (André Fufuca), o PSC (Aluísio Mendes) PATRIOTA (Marreca Jr) e PSD (Edilázio Jr.). Ao centro-esquerda, também ausentes das disputas majoritárias, o PT (José Carlos da Caixa) e o PSB (Bira do Pindaré).

Essa plêiade, esse punhado de legendas, da direita ao centro esquerda, estarão em busca de acordos com os partidos que se colocarem na disputa para os Leões: PDT (com Weverton), REPUBLICANOS (com Brandão), MDB (com Roseana???) e PSDB (com Roberto Rocha ???).

Composições que – a exemplo daquelas feitas nas eleições municipais de São Luís – não obedecerão a quaisquer critérios políticos ou ideológicos. Nelas, bolsonaristas, sarneysistas, dinistas e outros quejandos, estarão entrelaçados, atados ou desatados sem qualquer pudor, ao sabor das circunstâncias.

Assim, serão alianças feitas com base no mais abjeto pragmatismo, no vale tudo da disputa pelo poder sem qualquer compromisso com os clamores populares por mudanças sociais. Serão balizadas pela corrida em busca de mandatos (federais e estaduais) pelos “donos” das legendas e “gestores” de fundos eleitorais milionários, em um quadro em que as conquistas de mandatos se tornam mais difíceis devido à proibição de coligações partidárias.

Em meio a tamanho imbróglio, outro elemento perturbador será a luta, nas diferentes coligações, pela outra candidatura majoritária : a disputa para única vaga ao Senado. Por exemplo, na coligação em torno do senador Weverton (PDT), a legenda de apoio mais forte é o DEM, dirigido por Juscelino Filho. Já o partido mais forte na base de sustentação do futuro governador e candidato a reeleição, o atual vice Carlos Brandão, não é nem o PCdoB, de Flavio Dino, nem o CIDADANIA, da senadora Eliziane Gama, e sim o PL do deputado federal Josimar do Maranhãozinho.

Nesse cenário, para assegurar a vitória de Carlos Brandão, seu vice e fiel escudeiro, além de contribuir para que o seu PCdoB possa superar a cláusula de barreira (feito que não conseguiu lograr em 2018) é bem provável que o governador Flávio Dino dispute uma vaga de deputado federal e apoie, em 2022, para Senador, o atual deputado do PL, Josimar do Maranhãozinho.

Candidato a deputado federal, Dino poderá ter uma imensa votação que viabilize a reeleição dos atuais deputados do PCdoB, Marcio Jerry e Rubem Jr., além de eleger os seus secretários mais próximos, já anunciados candidatos, Carlos Lula, Clayton Noleto e Jeferson Portela

Triste legado, após oito anos de mandato, de um governo que se anunciou capaz de iniciar nova era de desenvolvimento econômico e de superar as terríveis desigualdades sociais no pobre Estado do Maranhão.

Haroldo Sabóia