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Ricardo Murad denuncia sucateamento da Saúde…

Ex-secretário denuncia que as ambulâncias novas das UPA de Coroatá estão sendo substituídas por ‘sucatas” pelo instituto que assumiu o controle da unidade

 

As ambulâncias usadas agora em Coroatá; todas de 2008/2009, segundo Ricardo Murad

As ambulâncias usadas agora em Coroatá; todas de 2008/2009, segundo Ricardo Murad

O ex-secretário Ricardo Murad diz que a mudança ocorrida no sistema de Saúde no Maranhão foi para pior.

Sob a hashtag #mudançaparapior, ele escreveu em seu perfil no Facebook que o Instituto Corpore, empresa de São Paulo, que ganhou o controle da UPA de Coroatá no governo Flávio Dino, está trocando as ambulâncias novas “por sucatas de 2008/2009”.

– Uma vergonha, um acinte que precisa ser denunciado – afirmou o ex-secretário.

Murad critica duramente Flávio Dino por permitir tal coisa.

– É assim que Flávio Dino trata o povo e propagandeia que gasta menos – frisou.

 

 

Vereador denuncia farsa da pactuação para atendimento hospitalar no Piauí…

Governador Flávio Dino anunciou que assinou acordo com Governo do Piauí para que o Maranhão pague pelos atendimentos na rede hospitalar daquele estado; mas segundo parlamentar, o contrato é de boca e prejudica os maranhenses

 

Vereador Tua: "contrato é de boca"

Vereador Tua: “contrato é de boca”

Na semana passada, o governador Flávio Dino (PCdoB) anunciou com estardalhaço que havia feito um pacto com o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), e com o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), para que os maranhenses de seis municípios pudessem continuar sendo atendidos naquele estado.

– Nós fizemos uma pactuação com a Prefeitura de Teresina no que se refere a seis municípios maranhenses. Nós vamos pagar os serviços em Teresina, mediante regulação do SUS (Sistema Único de Saúde). Esse caminho, nós acertamos, já houve esse acordo. Agora, nessa semana, nós estamos iniciando a regulação, de forma que a nossa expectativa, o nosso desejo é continuar os serviços de saúde do Piauí e, dessa vez, mediante remuneração, com o Maranhão pagando o sistema de saúde do Piauí porque não é justo que haja a compensação e que essa integração deve se dar em várias dimensões. Essa compensação é para os serviços e atendimentos médicos de alta complexidade – declarou Dino. (Leia mais aqui)

Esta semana, o vereador Luiz Firmino Souza Neto, o Tua (PMN), de Timon, criticou o “pacto”, que disse existir “só de boca”, e denunciou que pacientes maranhenses continuam sendo rejeitados nos hospitais do Piauí.

Segundo ele, o município mais prejudicado é Timon, que faz divisa com Teresina. O vereador diz que dos 300 pacientes com câncer necessitando de ajuda, apenas 10 são atendidos em Teresina. (Leia a íntegra aqui)

Com a palavra, o governador maranhense…

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Governo Flávio Dino joga tudo pra debaixo do tapete…

Um dia depois de confirmar ao jornal O EstadoMaranhão a existência de venda de senhas no PAM-Diamante, coordenadora de enfermagem é demitida sumariamente, ao invés de o governo mandar apurar o caso

 

A matéria do jornal que resultou na demissão da servidora, segundo o próprio jornal

A matéria do jornal que resultou na demissão da servidora, segundo o próprio jornal

O governo Flávio Dino (PCdoB) está criando uma característica nefasta para uma gestão que se propôs nova, moderna, “diferente de tudo” o que aí estava.

Se há denúncias no Detran, ao invés de apurar, o governo ataca quem denuncia.

Se mostram a incompetência da Secretaria de Segurança, os reveladores são tratados como bandidos.

Ontem, uma coordenadora de enfermagem foi exonerada do cargo por confirmar ao jornal O EstadoMaranhão que pretende inibir a venda de senhas no Hospital PAM-Diamante.

Rafaella Pedrosa prestou esclarecimentos a O Estado e disse estar tentando inibir a prática. Sua demissão, segundo o próprio EMA, teria partido do próprio secretário Marcos Pacheco.

Marcos Pacheco e Flávio Dino; a ordem é jogar tudo pra debaixo do tapete?!?

Marcos Pacheco e Flávio Dino; a ordem é jogar tudo pra debaixo do tapete?!?

Há outros caos, em outros setores da Saúde e do governo, mas os servidores temem exatamente as represálias.

O curioso é que a denúncia de venda de senhas no PAM-Diamante circula há semanas em grupos de WhatsApp e em conversas de jornalistas alinhados ao próprio governo, mas o governo nunca mandou investigar o caso.

E quando um funcionário do governo mostra-se sincera e decidida a tentar mudar a situação, sofre represália do governo.

É assim  que Flávio Dino pretende operar a mudança no Maranhão?!?

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Cortes na saúde geram críticas na Câmara Municipal

Segundo o vereador Fábio Câmara, os cortes do governo na saúde devem comprometer atendimento e sobrecarregar hospitais da rede municipal na capital

 

Fábio Câmara não se intimidou com a presença de Helena e falou tudo da saúde

Fábio Câmara não se intimidou com a presença de Helena e falou tudo da saúde

A dificuldade enfrentada no sistema de saúde voltou ao centro do debate, hoje, durante audiência pública realizada, na Câmara Municipal de São Luís (CMSL), sobre a prestação de contas da Secretaria Municipal de Saúde de São Luís (Semus). No evento, além de cobrar mais verbas para o setor, o vereador Fábio Câmara (PMDB), líder da oposição na Casa, criticou os cortes feitos pelo governador Flávio Dino (PCdoB) no custeio de unidades de saúde do Estado que, segundo o parlamentar, vai provocar uma situação difícil para os hospitais municipais na capital.

A população de São Luís esperava pela parceria entre governo do estado e prefeitura. Antes, diziam que o problema era a governadora Roseana Sarney. Hoje, prefeito [Edivaldo Júnior] e governador [Flávio Dino] são aliados. E o que aconteceu? O governo anuncia cortes no custeio de unidades de saúde do Estado na capital. Sabem o que isso significa? Uma sobrecarga ainda maior no Socorrão I e II que são unidades do sistema municipal de saúde. Eu vejo a possibilidade de um caos muito breve na saúde – disse.

O peemedebista destacou ainda a demissão de mais de 12 mil profissionais qualificados do sistema, o que representa, segundo ele, uma grande incoerência com o lema de campanha dos comunistas que prometeram um “governo de todos nós”.

O vereador falou a populares e especialistas da área

O vereador falou a populares e especialistas da área

– Além dos cortes no custeio, mais de doze mil profissionais qualificados foram demitidos. Como é que se pode haver melhorias no sistema de saúde sem recursos e profissionais? E o pior: enganaram o povo afirmando que iriam fazer um governo de todos nós. É lamentável promover cortes e demissões no pilar fundamental de uma gestão pública: a saúde – declarou.

Conforme pontuou Fábio Câmara, a melhoria das condições dos hospitais municipais de São Luís, poderia ocorrer se o governo estadual colocasse em prática a tão falada parceria institucional, pregada na campanha eleitoral do ano passado, nos quatro cantos da capital maranhense. 

A população quer uma infraestrutura mínima não oferecida porque o financiamento da saúde é pífio. Agora chegou a hora da tão falada parceria entre prefeitura e governo. O prefeito e o governador são aliados. O governador Flávio Dino é o tutor; o prefeito Edivaldo Júnior é o tutelado. É o criador e a criatura – disse.

Ao encerrar seu pronunciamento, o vereador peemedebista criticou o governo pelo fechamento de algumas especialidades como otorrino, proctologista, neuro, plástica, dentre outros e afirmou que, mesmo não tendo mais ligações políticas com o ex-secretário de saúde Ricardo Murad, na gestão anterior as UPAs e os hospitais do Estado na capital possuíam um atendimento mais humanizado e organizado.

– Diziam que iriam trazer a mudança. Mas até agora o que se viu foram cortes, demissões e o fechamento de algumas especialidades como otorrino, proctologista, neuro e plástica.  Eu não tenho mais nenhuma ligação política com o ex-secretário de saúde Ricardo Murad, mas não posso me calar em não fazer um reconhecimento à sua gestão à frente da pasta: quando o secretário era o Dr. Ricardo Murad, as UPAs e os hospitais do Estado na capital possuíam um serviço mais humanizado e organizado. Naquela época, a população preferia buscar atendimento nas UPAs do que nos Socorrões I e II, mostrando com isso, a qualidade dos servidos nas unidades do Estado – relatou o parlamentar.

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Enfermeiros retratam o caos no Socorrão…

Enfermeiros são obrigados a cuidar de dezenas de pacientes ao mesmo tempo

Enfermeiros são obrigados a cuidar de dezenas de pacientes ao mesmo tempo

Um grupo de enfermeiros do Hospital Djalma Marques, o Socorrão, assinaram documento protestando contra o estado de coisas na unidade de saúde.

Esta é a comida servida no hospital

Esta é a comida servida no hospital

Técnicos de enfermagem estão sendo obrigados a cuidar, simultaneamente, de até 15 pacientes, o que acaba sobrecarregando os profissionais e prejudicando os próprios pacientes.

As fotos que ilustram este post, por exemplo, foram tiradas na semana passada, e mostram que a propaganda da secretária Helena Duailibe não condiz com a realidade no dia a dia do hospital.

Os funcionários do anexo, que funciona na Santa Casa, são obrigados a rotinas estafantes.

E o nepotismo corre solto, com nomeações de parentes de diretores para cargos de chefia.

O profissionais iriam se reunir hoje pela manhã com adireção, para tentar expor a situação nos corredores do Socoirrão, escondida na propaganda da Semus.

A situação real do Socorrão: diferente da propaganda..

A situação real do Socorrão: diferente da propaganda..

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Mirinzal: Marcos Pacheco conhece ações da prefeitura…

marcosNa tarde da última quinta-feira, 21, o Prefeito Amaury Almeida, recebeu a visita do Secretário de Saúde do Estado, Marcos Pacheco, em Mirinzal.

A visita teve como objetivo mostrar os feitos realizados pela Prefeitura na área da saúde por toda a cidade.

A comitiva percorreu, logo na chegada, as novas instalações da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Barreiro, que foi construído com recursos próprios do município. Em seguida o Secretário visitou as acomodações da UBS Maria José Gonçalves, onde pôde ver de perto a eficiência da saúde oferecida a população.

Lá, ele constatou o funcionamento de um laboratório moderno, uma sala de reabilitação física, consultórios e salas de exames de ultrassonografia e endoscopia, também provenientes de recurso próprio.

Seguiram para o Hospital Nossa Senhora da Vitória, onde observou toda a reforma que está sendo realizada no local, e se surpreendeu com os feitos da administração na Unidade.

A entrega de uma sala de parto com berço aquecido, sala cirúrgica e a nova ala das enfermarias com ar condicionado, TV a cabo que foi recentemente entregue a população.

marcos3Para o Secretário Marcos Pacheco o trabalho que vem sido desenvolvido em Mirinzal deveria servir de exemplo para outros gestores.

– Uma cidade como Mirinzal, apesar de ser uma cidade pequena, consegue realizar um belo trabalho. Não tenho dúvidas de que o Governo do Estado vai ajudar a equipar e manter os recursos devidos para dar suporte. Percebo que aqui o Prefeito Amaury se preocupa com a qualidade de material, que vai da construção aos equipamentos utilizados depois de prontos, e isso deve ser levado em conta quando o quesito é saúde – pontuou o Marcos Pacheco.

De acordo com o Amaury, a Prefeitura faz o que pode para oferecer a população mais eficiência e qualidade para manter a saúde e pede para que o Estado olhe com atenção os trabalhos desenvolvidos até o momento.

– Tenho certeza que se o Governo do Estado nos ajudar os trabalhos serão muito mais intensificados. Temos outras Unidades Básicas de Saúde precisando de reforma e ampliação, e outras terão que ser construídas, principalmente nos povoados, e peço que essa parceria aconteça em breve – esclareceu Amaury.

O Secretário Municipal de Saúde de Mirinzal, Rogerio Gregório, reforça o apoio com o Governo do Estado e declara que a estimativa de inicio dessa parceria começará ser aplicada até o final de novembro deste ano.

– Agora é aguardar o processo de realinhamento do teto MAC de Mirinzal para Média Complexidade, ou seja, após a aprovação da CIB, que será em junho, para que o recurso do Hospital aumente, pois atualmente é impraticável manter um atendimento de urgência 24hs com o recurso de Unidade Mista que Mirinzal ainda recebe – esclareceu Rogerio.

Ele pontuou ainda que a partir de agosto todos os convênios com o Governo do estado serão pactuados para equipar as UBS’s que estão em reforma ou ampliação e ate mesmo àquelas que serão construídas.

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PCdoB impõe listas para empregos em hospitais, denuncia Murad…

O ex-deputado Ricardo Murad publicou agora à noite em seu perfil no Facebook uma lista de militantes do PCdoB indicado para o Hospital Geral de Peritoró.

– Vergonha. Saúde viuolentada. Emprego nos hospitais só para quem entrar na lista do PCdoB. Olhem a esculhambação em que se transformou o governo Flávio Dino – denunciou o ex-secretário.

A lista tem o timbre do PCdoB de Peritoró:

bomba

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Sobre bebês políticos…

Por Robert Lobato

É sempre um prazer e uma honra debater com um jornalista da envergadura de Janoval M. Cunha Santos, nosso querido Cunha Santos.

A amizade, consideração e respeito que tenho pelo poeta exigem que eu peça a devida vênia para discordar do seu artigo “Os bebês políticos”, publicado no seu blog.

Cunha sustenta que há um uso cruel do caso do bebê Luis Eduardo Filho, o já notório Dudu “para !tirar o foco da notícia das enroladas de Roseana Sarney e Lobão com a Polícia Federal, o Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal”.

Adianto que não costumo brincar com infortúnios de vidas humanas, ainda mais fazer da morte ou sofrimento de bebês uma espécie de troféu para tripudiar sobre governos.

E não é o caso do artigo de Cunha Santos, claro, que está mais para o território da teoria da conspiração.

Lembro que quando Flávio Dino perdeu o seu filho caçula, em 2012, cheguei a lhe enviar um email sugerindo que sofresse sua dor de forma privada com os seus familiares, pois a publicização do seu sofrimento poderia ser motivo para exploração política por parte dos adversários, como de fato ocorreu.

O então deputado federal nunca respondeu ao email, sequer para mandar Bob Lobato ir plantar batatas – Márcio Jerry sabe da história. Continue lendo aqui…

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A insensibilidade de Flávio Dino…

Qualquer outro gestor ou governante maranhense poderia se recusar a dar atendimento necessário a uma criança na rede estadual de Saúde, menos Flávio Dino (PCdoB).

Só Flávio Dino sabe – ou deveria saber – o que representa o drama da família do recém-nascido que aguarda cirurgia no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, por que o governo maranhense se recusa a pagar pelo tratamento.

Mais do que qualquer outro gestor, Flávio Dino nem deveria questionar diante de uma situação como esta.

O governo Flávio Dino, porém,  age da forma mais vil possível no caso.

Ao mesmo tempo em que paga milhões por uma propaganda em que diz estar dando toda a assistência à família e ao recém-nascido, como mostra o vídeo acima – e sem dizer que faz por ser obrigado pela Justiça – o governo maranhense ainda recorre da decisão judicial.

A insensibilidade do governador chega a chocar o mais frio dos críticos.

E causa repulsa em quem sabe o que representa um filho…

Abaixo, a matéria do Bom Dia Brasil sobre o caso:

Dengue mostra necessidade de mais recursos para políticas públicas…

Por Juscelino Filho*

juscelinoSaúde é dever do estado brasileiro, é uma conquista do povo, materializada na Carta Magna de 1988, a Constituição-Cidadã.

O país, de fato, assumiu essa responsabilidade, a causa foi abraçada pela sociedade, é ela que garante a universalização do Sistema Único de Saúde – SUS, a partir dos tributos que financiam a maior parte dos custos da rede pública, federal, estadual e municipal.

Diante da epidemia, é imediato o fornecimento de medicamentos e profissionais especializados em quantidade compatível à necessidade de atendimento nos ambulatórios, centros de saúde e hospitais dos locais onde o surto é intenso, além das iniciativas de curto prazo no combate a focos do mosquito transmissor, incluindo intervenções infraestruturais em zonas de acúmulo de água capazes de se transformarem em berço de larvas e a educação sanitária, é claro.

Saúde é item obrigatório na agenda nacional, a primeira preocupação dos brasileiros, mais do que a corrupção: atestam 23% dos entrevistados em recente pesquisa divulgada na grande imprensa, certamente verbalizando o drama dos pacientes e de suas famílias, sobretudo as mais pobres, que lotam corredores de ambulatórios e hospitais, cenas chocantes, desumanas.

Há nítido descompasso entre a crescente demanda da população e o atendimento insuficiente da rede, as soluções encontradas não conseguem superar os problemas existentes, mininizam efeitos, não eliminam causas, são paliativos em inúmeras situações, infelizmente.

É justo reconhecer a enormidade dos recursos alocados. Mas, eles não podem faltar, nem diminuir, são decisivos, viscerais: mesmo episódica, qualquer descontinuidade traz danos, até irreparáveis. Por isso, além da prioridade a instalações, equipamentos, pessoal capacitado e fluxo financeiro, políticas públicas, sistemas e programas de saúde exigem permanente atenção, constante monitoramento e gestão efetiva.

O Brasil tem vários exemplos positivos, incluindo amplas, bem sucedidas campanhas nacionais de conscientização, mobilização e ação operacional de saúde: o aleitamento materno, a redução da mortalidade infantil, a quase erradicação da poliomielite, o combate à AIDS, a vacinação contra a gripe.

já no primeiro dia de mandato, não hesitei em resgatar o Projeto de Lei 117/2015 (originalmente apresentado pelo amigo Eleuses Paiva), que institui a Política Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor Farmacêutico. Ela objetiva fomentar e orientar a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico, a produção e a utilização de insumos farmacêuticos, aumentando a capacidade de inovação dessa complexa cadeia industrial, em benefício do bem-estar da sociedade brasileira.

Há avanços a comemorar, sim, mas, há ainda graves dificuldades a enfrentar, algumas delas recorrentes: esse é exatamente o caso da alta incidência de dengue, que atinge uma em cada quatro cidades brasileiras, assusta a população, ocupa manchetes da mídia. São centenas de milhares de pessoas infectadas, há várias mortes associadas, a maioria em São Paulo, agora.

Diante da epidemia, é imediato o fornecimento de medicamentos e profissionais especializados em quantidade compatível à necessidade de atendimento nos ambulatórios, centros de saúde e hospitais dos locais onde o surto é intenso, além das iniciativas de curto prazo no combate a focos do mosquito transmissor, incluindo intervenções infraestruturais em zonas de acúmulo de água capazes de se transformarem em berço de larvas e a educação sanitaria, é claro.

Em saúde, a prevenção é sempre o melhor remédio, todos nós sabemos, eu sei, como médico. Aqui, o controle sobre os vetores de transmissão é poderoso aliado, a vacinação em massa é a solução óbvia, de longo prazo.

Eu tenho convicção de que – sob lastro institucional de diplomas legais discutidos e aprovados no Congresso Nacional – a atuação integrada e cooperativa entre governos, universidades, empresas, investidores, entidades e agências reguladoras é a melhor estratégia para viabilizar políticas públicas consistentes e duradouras de pesquisa e desenvolvimento, de ciência, tecnologia e inovação, especialmente em segmentos críticos, vitais, como a saúde.

Entretanto, os correspondentes esforços de pesquisa científica e clínica, de experimentação e de teste até a produção comercial precisam ser concentrados, apoiados, agilizados, a exemplo dos estudos com a quitosana contra o Aedes aegypti, na Universidade Federal do Ceará, no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará e na Evidence Soluções Farmacêuticas, sob coordenação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, assim como a experiência já bem avançada de vacina contra a dengue do Instituto Butantã, de São Paulo, com suporte do National Health Institute, dos EUA. São dois emblemáticos projetos, eles sinalizam que muitos outros são também viáveis, se o modelo, a estratégia e a metodologia forem replicadas, customizadas, aperfeiçoadas.

Eu tenho convicção de que – sob lastro institucional de diplomas legais discutidos e aprovados no Congresso Nacional – a atuação integrada e cooperativa entre governos, universidades, empresas, investidores, entidades e agências reguladoras é a melhor estratégia para viabilizar políticas públicas consistentes e duradouras de pesquisa e desenvolvimento, de ciência, tecnologia e inovação, especialmente em segmentos críticos, vitais, como a saúde.

Por isso, já no primeiro dia de mandato, não hesitei em resgatar o Projeto de Lei 117/2015 (originalmente apresentado pelo amigo Eleuses Paiva), que institui a Política Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor Farmacêutico. Ela objetiva fomentar e orientar a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico, a produção e a utilização de insumos farmacêuticos, aumentando a capacidade de inovação dessa complexa cadeia industrial, em benefício do bem-estar da sociedade brasileira. É essencial para a competitividade sistêmica do país neste estratégico nicho, ela pode criar, manter e assegurar condições favoráveis ao crescimento da participação brasileira no mercado mundial de medicamentos.

Como cidadão, eu acredito que, no Brasil, temos capacidade, talento e criatividade para encontrar o melhor caminho na busca de autosuficiência tecnológica em medicamentos, inclusive a partir do aproveitamento otimizado, ecologicamente sustentável e ético do nosso vastíssimo patrimônio fitoterápico, fonte de potencial inesgotável, vocacionado a desencadear virtuoso e benfazejo ciclo de enriquecimento científico a partir da rica e generosa natureza.

No momento, como autor, em sintonizada parceria com a amiga deputada Renata Abreu, relatora na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – CCTCI, estamos finalizando prospecção para atualização do projeto, dialogando com parlamentares, lideranças partidárias e membros das comissões, iniciando imprescindível articulação com ministérios, com entidades da sociedade organizada ligadas ao tema e com representantes do segmento farmacêutico para adensamento e conformação da proposta em trâmite, desde a primeira fase.

Como cidadão, eu acredito que, no Brasil, temos capacidade, talento e criatividade para encontrar o melhor caminho na busca de autosuficiência tecnológica em medicamentos, inclusive a partir do aproveitamento otimizado, ecologicamente sustentável e ético do nosso vastíssimo patrimônio fitoterápico, fonte de potencial inesgotável, vocacionado a desencadear virtuoso e benfazejo ciclo de enriquecimento científico a partir da rica e generosa natureza.

Como parlamentar, o desafio de contribuir para a melhoria da saúde pública e o fortalecimento da indústria brasileira é estimulante e prazeroso, eu tenho esperança de que teremos sucesso nesta e em outras proposições legislativas, se Deus quiser.

Médico e deputado federal pelo PRP-MA