Profissionais de medicina, divulgadores e digitais influencer’s, e até jornalistas, tentam mostrar, cada um a seu modo, que entende mais de Covid-19 que o outro, gerando mais desinformação, mais medo e mais pânico na população
Editorial
A preocupação com a pandemia de Coronavírus tem gerado uma situação de terror, desinformação e pânico em grupos de WhatsApp e perfis de internet.
Os debates e conversas sobre o assunto geram mais dúvidas do que certezas, que geram mais medo, que amplia o pânico.
Profissionais de medicina, digitais influencer’s, divulgadores profissionais e até jornalistas – que deveriam ser os principais responsáveis pelas informações corretas – acabam querendo passar mais conhecimento que o outro, criando um festival de causos, “experiências pessoais”, histórias de amigo do amigo e superstições que apenas atrapalham o desenvolver das proteções necessárias.
É um festival de alarmes desesperados, fake news, receitas de remédios que não existem, pânico desnecessário e depoimentos tolos, que só causam mais pânico.
E no Maranhão isso é ainda mais inútil, pelo fato de que nem sequer há registro de casos de Covid-19 no estado.
É preciso ser mais sereno.
Basta se proteger.
E se proteger não requer mídia, divulgação e muito menos gritaria. É só proteção.
Não precisa estar anunciando cada medida que adota para conter o vírus – que ainda nem chegou – como se fosse um reality show pessoal.
Basta adotar as medias pessoais e familiares necessárias. Não adianta ficar publicando cada passo, cada depoimento, cada desespero.
E é preciso repetir: não há registro de casos no Maranhão e nem há proibição de circulação de pessoas.
Quem quiser se trancar em casa, que se tranque. Ponha máscaras, feche-se em copas, isole-se.
Mas ouça um conselho: pare de ver WhatsApp.
Senão vai ficar ainda mais doido…