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Suposta “oligarquia” só tem 20 anos de mandatos no Maranhão…

Levantamento histórico mostra que, nos últimos 50 anos, o estado esteve durante 30 anos sob o comando da chamada oposição ao sarneysismo

 

QUE OLIGARQUIA?!? Sarney ao tomar posse no Maranhão, em 1966; retorno ao poder demorou mais de 20 anos…

O governador Flávio Dino (PCdoB) iniciou este ano mais uma tentativa de fazer colar no imaginário popular maranhense uma farsa histórica: a de que o Maranhão está há mais de 50 anos sob o comando de uma tal “oligarquia Sarney”.

Trata-se de uma mentira usada por todos os outros oposicionistas ao longo da história, que se desculpavam do fracasso com esta argumentação.

A verdade é que, nos últimos 50 anos, o grupo Sarney teve, efetivamente, quatro governadores, num total de 21 anos de mandatos no estado.

Todos os demais, de Pedro Neiva de Santana, a partir de 1970, até o próprio Flávio Dino, foram m ais de 30 anos de comando dos chamados “antisarneysistas”.

Pedro Neiva governou entre 1970 e 1973, com mandato totalmente desvinculado de José Sarney.  Em 1974 assumiu outro antisarneysista histórico, Nunes Freire, que governou até 1977. O sucessor de Freire, João Castelo (1978/1982) também foi antisarneysista.

Sarney até tentou voltar ao poder em 1982, com Luiz Rocha, mas este rompeu logo no início do mandato, que foi até 1986. Epitácio Cafeteira, outro adversário histórico de Sarney ficou no comando do Maranhão até 1990.

Leia também:

O projeto de 20 anos de Holandinha e Flávio Dino…

O antisarneysismo como atestado de boa conduta…

30 anos de oposição: o legado de Sarney…

 

DERRUBANDO A FARSA. Quadro mostra a divisão do poder nos últimos 50 anos, entre sarneysistas e os chamados antisarneysistas

Sarney só voltou a ter um aliado no Palácio dos Leões 20 anos depois de ter sido eleito, em 1991, quando Edison Lobão assumiu o governo, ficando até 1994.

Em 1995, assumiu Roseana Sarney, que ficou por oito anos, elegendo sucessor José Reinaldo Tavares, em 2002.

Tavares reiniciou o ciclo de antisarneysistas no poder por mais sete anos, ao eleger o pedetista Jackson Lago, cassado em 2007.

Roseana voltou ao poder em 2007 e ficou até 2014, quando o oposicionista Flávio Dino assumiu o mandato de governador.

Esta é a história política de poder no Maranhão.

Sem nenhum retoque…

José Reinaldo já articula a Terceira Via…

Governador quer formar novo palanque no Maranhão, com dissidentes do grupo do governador Flávio Dino e novos oposicionistas não vinculados ao grupo da ex-governadora Roseana Sarney

 

José Reinaldo quer reunir o maior número de dissidentes do dinismo e do sarneysimo em um novo palanque

O deputado federal José Reinaldo Tavares (sem partido) iniciou movimentos firmes para criar um novo grupo político no Maranhão, pronto para as eleições de outubro.

Ele quer reunir no mesmo palanque os pré-candidatos Roberto Rocha (PSDB) e Eduardo Braide (PMN), e outras lideranças oriundas dos grupos do governador Flávio Dino (PCdoB) e da ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

Na lista das articulações de José Reinaldo estão também os deputados federais Waldir Maranhão (Avante) e Luana Alves (PSB), os estaduais Alexandre Almeida (PSD), Neto Evangelista (PSDB) e Fábio Macedo (PDT), e os prefeitos Hilton Gonçalo (PCdoB) e Luis Fernando Silva (PSDB), assim como o ex-prefeito Sebastião Madeira.

O ex-governador pretende deixar claro ao eleitor a não vinculação a nenhum dos grupos políticos que se digladiam pelo poder no estado desde as eleições de 2006.

O objetivo é apresentar uma nova alternativa, reunindo essas lideranças em um único palanque.

É aguardar e conferir…

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Comunismo causa racha…

Aliança de partidos com o governo Flávio Dino tem levado lideranças de várias legendas a se desfiliar para evitar subir no palanque do comunista em 2018

 

CIZÂNIA. Flávio Dino com lideranças de vários partidos, muitos rachados exatamente por sua causa

Diversos partidos tradicionais da política maranhense vivem este ano pré-eleitoral em clima de racha interno por causa da relação que algum de seus membros insiste em manter com o PCdoB, ora ocupante do Palácio dos Leões.

O caso mais notório é o do PSDB, cujo vice-governador Carlos Brandão teve a autoridade cassada pela cúpula nacional, que pretende se afastar de Flávio Dino em 2018. Mas há outras várias legendas neste mesmo clima de divisão pré-eleitoral.

Na lista, pode-se incluir PTB, PP, PR e PSD cujas lideranças históricas não nutrem simpatia pelo governador comunista, mas estão fora do comando partidário, hoje em mãos de jovens lideranças alçadas ao poder exatamente pela força dos atuais ocupantes do Palácio dos Leões.

Na semana passada, o ex-presidente da Câmara Municipal e da Assembleia Legislativa, Manoel Ribeiro, decidiu romper o silêncio e anunciou sua saída do PTB, que tem hoje na figura do vereador Pedro Lucas Fernandes – filho do deputado federal Pedro Fernandes – o principal interlocutor do PCdoB dinista.

No PP, o deputado federal Waldir Maranhão insiste na relação com Flávio Dino, mas o seu colega André Fufuca, hoje no comando da legenda, prefere aguardar 2018 para uma tomada de posição.

O mesmo ocorre com PR e PSD, que tem jovens lideranças no comando, obrigadas a conviver com lideranças tradicionais.

E é nesse clima de racha que essas legendas devem chegar às eleições.

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão

O paradoxo do PMDB em São Luís…

Ao mesmo tempo em que diz negar apoio a “um candidato de Flávio Dino” na capital maranhense, partido visto como sarneysista participa da gestão de Edivaldo Júnior com pelo menos uma secretaria, a da vereadora Helena Duailibe, que, inclusive, é cotada para ser vice do prefeito

 

Helena Duailibe é a represnetante do PMDB "sarneysista" na gestão de Holandinha;  pode até ser vice dele

Helena Duailibe é a representante do PMDB “sarneysista” na gestão de Holandinha; pode até ser vice dele

O PMDB de São Luís vive um paradoxo.

Visto por “sarneysista” pela maioria dos aliados do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), a legenda  participa da gestão do prefeito com a secretária de Saúde, Helena Duailibe, que é, inclusive, cotada para ser a vice.

Mas o presidente em exercício da legenda, Remi Ribeiro, afirma que o partido não apoiará candidato do governador Flávio Dino (PCdoB) na capital.

Em outras palavras: o PMDB sarneysista é responsável pela gestão de Holandinha, aliado de Flávio Dino, mas descarta apoio a um candidato de Flávio Dino.

como entender?!?

 

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Ribamar Alves também critica apoio de Dino ao PSDB…

Ribamar Alves acha que Dino está usando aversa´rios para governar, no lugar de aliados

O prefeito de Santa Inês, Ribamar Ales (PSB), usou argumento parecido com o deputado petista Zé Inácio para criticar o fortalecimento do PSDB no governo Flávio Dino (PCdoB).

Para Alves, Dino se elegeu com aliados e está administrando com adversários.

O que explica o estímulo de Flávio para o PSDB levar gente como Robert Bringel, Luis Fernando Silva, Vianey Bringel para o partido? Todos são sarneysistas – Ribamar Alves

Nas últimas semanas, o PSDB passou a ser o partido mais forte na base do governo, ao receber filiações de importantes lideranças de todo o Maranhão, o que gerou a primeira crítica, de Zé Inácio. (Releia aqui).

Apesar de comunista, o próprio Dino endossou a ficha de Luis Fernando no PSDB

Todas elas com o objetivo de disputar as eleições de 2016, fortalecendo o partido para 2018..

Diferentemente do deputado do PT, no entanto, o prefeito de Santa Inês vê ascensão de sarneysistas no governo, via ninho tucano.