Em troca de mensagens de WhatsApp, trabalhadora da equipe de socorristas conta que a própria secretária Helena Duailibe foi à sede da unidade, fala de desvios de recursos e desmente Edivaldo Júnior, que diz existir 17 ambulâncias rodando, o que não é verdade
A secretária de Saúde, Helena Duailibe, esteve pessoalmente na unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu, durante o fim de semana com uma missão espinhosa: evitar, com pagamento de propina, uma greve do setor, prevista para esta segunda-feira, 24.
E a oferta foi feita diretamente aos líderes da unidade, segundo denúncia de áudio a que este blog teve acesso.
No áudio, uma mulher, que parece ser servidora do próprio SAMU, revela a outra que há desvio de recursos, acusa a secretária de aliciar servidores para não denunciar o caos na unidade e desmente o próprio prefeito Edivaldo Júnior (PDT).
– Ele faz propaganda dizendo que tem 17 ambulâncias rodando, quando, na verdade, a gente não tem 17 ambulâncias rodando – afirma a mulher do áudio. (Ouça abaixo)
A mulher desmente também a própria Helena Duailibe, que apontou gastos de R$ 42 mil para conserto de macas quando, segundo ela, nunca foi feito conserto de macas no SAMU.
Até o aluguel da sede do Samu, de R$ 28 mil, é considerado superfaturado pela mulher, que vê na unidade o maior desvio de recurso na área da Saúde de São Luís.
No áudio, a mulher revela ainda bate-boca entre servidores e a secretária, com acusações de que um e outro recebe dinheiro para impedir a greve.
– Teve uma reunião a portas fechadas na casa dela com Edivaldo Holanda e alguns funcionários do Samu onde foi acordado este dinheiro que está sendo pago para dois funcionários fazer essa distribuição de dinheiro para outros funcionários, para convencer o pessoal a não entrar em greve – revela a funcionária, que garante:
– Segunda-feira a gente vai fazer a paralisação de aviso e, em 72 horas, a gente vai fazer a nossa greve.
É aguardar a conferir…