O anúncio oficial do secretariado pela governadora Roseana Sarney (PMDB) só será feito mesmo no fim do ano, quando todos forem assumir os cargos.
A demora não é jogo de cena da governadora, mas decorrente de um fato concreto: mais da metade das secretarias ainda estão indefinidas quanto a seus comandantes.
Roseana tem encontrado dificuldades para fechar a equipe, principalmente por pressões políticas.
São os casos, por exemplo, das secretarias de Cidades, de Desenvolvimento Social e de Ciência e Tecnologia.
Para a primeira, Roseana e o senador Mauro Fecury querem o suplente de deputado estadual Fábio Braga, mas a cota é do DEM, e o deputado federal Clóvis Fecury tenta emplacar Ricardo Guterres.
No Desenvolvimento Social, a governadora pretende nomear o deputado Chico Gomes, mas a pasta atuamente é do PT e o partido faz pressão para manter o posto.
A classe política faz de tudo para emplacar o deputado estadual Joaquim Haickel na Ciência e Tecnologia, mas o núcleo duro do novo governo pretende nomear alguém mais ligado ao meio acadêmico.
São decisões como essas que impedem que a governadora anuncie logo o seu secretariado. Ela deve resolver esses imbróglios – e muitos outros mais – antes de poder fechar questão sobre a sua nova equipe.