Erra quem aposta todas as fichas em um rompimento total e irreversível entre o senador do PSB e o governador do PCdoB; ambos têm interesses em 2018, mas com olhos ainda mais abertos para 2022
Flávio Dino e Roberto Rocha são inimigos íntimos: se amam se odeiam na mesma medida…
Até agora único a se movimentar como contraponto ao projeto comunista nas eleições de 2018 – ainda que não assuma claramente este projeto – o senador Roberto Rocha (PSB) não está definitiva e irreversivelmente na oposição ao governador Flávio Dino (PCdoB).
Para além de uma disputa eleitoral em 2018, tanto Rocha quanto Dino têm projetos vinculados a 2022, quando estarão – provavelmente os dois, caso Dino se reeleja – no fim dos seus respectivos mandatos.
Este blog, inclusive, já tratou deste tema, ainda em 2014, no post “Roberto Rocha e Flávio Dino oito anos depois…”.
Mas do que uma disputa nas eleições de 2018, Roberto Rocha e Flávio Dino têm cenários para negociar quatro anos depois da eleição do ano que vem.
Até por que, ambos sabem que um potencial sucessor de Flávio Dino poderá sair exatamente da eleição de senador de 2018, seja governista ou oposicionista.
Leia também:
Na lista de candidatos ao Senado estão nomes como Weverton Rocha (PDT), Sarney Filho (PV), José Reinaldo Tavares (PSB) e Roseana Sarney (PMDB).
Os dois desta lista que se elegerem senador em 18 estarão automaticamente credenciados ao governo em 22.
Flávio Dino sabe disso, Roberto Rocha também.
E sabem também que podem trocar de lugar, naturalmente, na mesma eleição de 2022.
Desgastar-se em 2018 numa disputa ferrenha, portanto, não está nos planos de nenhum dois.
É simples assim…