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Covid-19: Rafael Leitoa diz que reconhecimento ao governo causa ânsia nervosa da oposição

O deputado estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa, Rafael Leitoa (PDT), saiu, mais uma vez, em defesa dos avanços da saúde que o Maranhão teve nos últimos meses para conter a pandemia do novo coronavírus. Na sessão de hoje, ele enterrou as críticas vazias feitas por César Pires (PV) e Wellington do Curso (PSDB), e afirmou que elas se dão porque a população do Maranhão reconhece os investimentos realizados pelo governador Flávio Dino.

“Talvez o governador mais atuante no combate ao coronavírus. Então fico muito tranquilo de subir a esta tribuna e fazer essa defesa clara, transparente, de forma objetiva, porque o governo tem se esforçado diariamente, diuturnamente”, afirmou Rafael Leitoa, destacando a inauguração de mais 10 leitos de UTI em Timon e em Caxias, entregues neste final de semana.

“Hoje nós contamos com 20, em março, nós não tínhamos nenhum e, há décadas, esperávamos esse leito de UTI que chegou num bom momento não só para Timon, mas para todas regiões do estado. Se não tivéssemos a coragem e altivez do governador Flávio Dino, com certeza, nós estaríamos em momento pior”, reiterou, citando a inauguração de hospitais e leitos em todas as regiões do estado.

Respiradores

Mais uma vez os respiradores foram temas de debates na Assembleia Legislativo. E, novamente, Wellington do Curso e César Pires usaram discursos falaciosos para imputar culpa no governo do Estado em relação a compras frustradas do Consórcio Nordeste.

“A devolução que o Deputado César Pires e Deputado Wellington do Curso se referem todo mundo sabe aqui do estado que, infelizmente, o Consórcio Nordeste fez uma compra que foi frustrada por um fornecedor que não entregou os respiradores e que teve as contas bloqueadas pela Justiça”, explicou, informando que o caso está em investigação na Bahia.

Já sobre a segunda compra, Rafael Leitoa esclareceu que ela foi devolvida na mesma moeda.

“Foi pago em dólar e foi devolvida em dólar. Você não pode comprar em dólar e ser devolvido em uma moeda diferente. A mesma quantidade de dólares pagos pelo governo do Estado foi a quantidade de dólares devolvidos e ressarcidos aos cofres públicos”, respondeu.

Ao fim, de novo, a oposição não contestou os argumentos do líder do governo.

Da assessoria

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E o dinheiro, Flávio Dino, como será recuperado?

Governo maranhense pagou R$ 8,9 milhões por dois lotes de respiradores que nunca foram entregues; o governador apenas nega irregularidades, mas não diz o que está sendo feito para que o dinheiro seja devolvido aos cofres públicos

 

Flávio Dino pagou adiantado por respiradores e perdeu quase R$ 9 milhões, dinheiro que poderia ter sido usado em benefícios do povo maranhense

O governador Flávio Dino (PCdoB) voltou a tratar nesta sexta-feira, 19 – durante entrevista coletiva sobre a pandemia de coronavírus – do calote de R$ 8,9 milhões que o Maranhão recebeu na compra de respiradores que nunca foram entregues.

Dino insiste em apenas negar irregularidade – acusando adversários de criar problemas em sua gestão – mais não diz como pretende receber o dinheiro de volta.

– Isto aconteceu com outros estados, como São Paulo, e o próprio governo federal. Portanto, o Consórcio [Nordeste] foi vítima do descumprimento de dois contratos. Lembremos que não havia oferta de respiradores no Brasil, os governos estaduais foram abandonados à sua própria sorte, o governo federal disse ‘se virem’, e nós tivemos que buscar respiradores em qualquer país do planeta. Os fabricantes brasileiros não tinham oferta –  afirmou.

Beleza, governador, mas… e o dinheiro, quando será recuperado? 

São R$ 8,9 milhões que poderiam ser usados em diversas outras ações do governo, mas se perderam na compra fracassada durante a pandemia de coronavírus.

A primeira compra, de 30 respiradores, custou aos cofres públicos maranhenses R$ 4,9 milhões; Na segunda compra, mais R$ 4,3 milhões, para 40 respiradores.

Os equipamentos nunca foram entregues, mas o governador não diz o que pretende fazer para recuperar o dinheiro.

E a pergunta continua: e o dinheiro, Flávio Dino, como será recuperado?

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Flávio Dino pagou três vezes mais por respirador que não recebeu

Custo do equipamento que deveria ser usado contra a coVìd-19 foi de R$ 163 mil, mas o governo maranhense diz ter pago apenas R$ 49,5 mil; o calote total no estado chegou a R$ 4,9 milhões, já que a encomenda nunca foi entregue

 

Os nove governadores do Nordeste, entre eles o maranhense Flávio Dino, estão sendo investigados pelo pagamento antecipado de respiradores que não receberam

O governo Flávio Dino (PCdoB) pagou três vezes mais caro por respiradores comprados na China, pagos adiantados e que nunca foram recebidos.

O custo total por equipamento pago pelo Maranhão foi revelado nesta quarta-feira, 17, pelo blog de Gilberto Léda.

A compra, feita por intermédio do Consórcio Nordeste, custou R$ 4,9 milhões ao povo maranhense, mas os equipamentos nunca foram entregues.

A compra superfaturada já está sendo investigada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas é alvo também da Controladoria-Geral da União (CGU).

– Quando as compras chegam de R$ 135 mil pra cima [por respirador], já se levanta um aviso de que a gente tem que atuar e estamos trabalhando no Brasil inteiro com essa pegada – afirmou o ministro da CGU, Wagner Rosário. (Leia aqui)

O governo Flávio Dino chegou a dizer que pagou apenas R$ 49,5 mil por equipamento, mas a simples divisão do valor pago pela quantidade de respiradores (30 unidades) eleva este preço para R$ 163 mil, mais de três vezes o anunciado.

O calote recebido pelo Consórcio Nordeste tem repercutido em toda a região e chamado atenção dos órgãos de investigação e de controle.

E pode se transformar em mais um escândalo da pandemia de coronavírus…

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De como o consórcio de governadores casou rombo financeiro ao Nordeste

Criado em São Luís em março de 2019, grupo que reúne os nove estados da região fez a primeira compra compartilhada em novembro, anunciando economia de R$ 48 milhões; mas fracassou durante a pandemia de coronavírus, a ponto de o TCEs apontarem “prejuízos financeiros aos estados”

 

Os governadores no encontro que oficializou o Consórcio Nordeste: compras fracassadas de respiradores e suspeitas de fraude e superfaturamento

14 de março de 2019: recebidos em São Luís pelo comunista Flávio Dino (PCdoB), os demais oito governadores da região criam o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste).

Era uma tentativa dos gestores de se proteger de eventuais represálias do presidente Jair Bolsonaro à única região que o derrotara nas eleições de 2018. (Entenda aqui)

Efetivado oficialmente em julho, em reunião em Salvador, o consórcio elegeu como primeiro presidente o governador da Bahia, Ruy Costa (PT) e confirmou sua primeira compra em novembro, anunciando economia de R$ 48 milhões, segundo o portal do Governo do Maranhão. 

Mas o consórcio parece ter perdido o rumo exatamente quando precisava mostrar a Bolsonaro a eficiência da gestão compartilhada, em plena pandemia de coronavírus.

Em 25 de março de 2020 – exatamente um ano após sua criação – o colegiado realizou reunião de emergência, via conferência, para rebater posicionamento desdenhoso de Bolsonaro em relação à coVID-19.

A partir daí, decidiram fazer compras conjuntas de insumos, medicamentos e equipamentos para combate à pandemia.

E deu no que deu.

O consórcio fez duas compras frustradas de respiradores que resultaram em prejuízos de quase R$ 50 milhões aos cofres da região, o que abriu suspeitas de corrupção e má gestão.

Além de investigados em todos os estados, o caso foi levado ao Superior Tribunal de Justiça, por envolver governadores.

Operação como esta do governo maranhense estimulou o Consórcio Nordeste a comprar respiradores em conjunto; mas a compra fracassou e agora virou suspeita

O caso já está sendo investigado pelo Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte, onde a perda é calculada em R$ 4,9 milhões.

Na sexta-feira, 12 de junho, a  Corte de Contas pernambucana fez um “alerta de responsabilização” ao governador, orientando-o a não mais participar de compras conjuntas do consórcio.

– As práticas do Consórcio já se revelaram inábeis, com expressivos prejuízos financeiros ao estado de Pernambuco – afirmou o conselheiro Carlos Porto. 

Segundo o TCE Pernambucano, o prejuízo para aquele estado foi de R$ 13 milhões.

O Maranhão também teve prejuízos milionários.

Segundo denúncias já encaminhadas à Polícia Federal, ao Ministério Público Estadual e Federal, à OAB, à CGU e ao TCE maranhense, o rombo com o fracasso na compra dos respiradores aos cofres maranhenses é de R$ 9,2 milhões.

Anfitrião do encontro que criou o colegiado, Flávio Dino é um dos chefes dos nove governadores investigados no STJ.

E essa é a história do Consórcio Nordeste…

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O estranho envolvimento do Maranhão em compra de respiradores…

Governo maranhense participou, em nome do consórcio dos estados do Nordeste, de compras dos equipamentos, tidos como retidos pelos Estados Unidos, operação negada pelo governo americano e investigada pela Polícia Federal

 

Os respiradores não foram entregues pelas empresas ao consórcio Nordeste, que, a princípio, tentou acusar os Estados unidos

A investigação do pagamento antecipado pelo consórcio nordeste por respiradores nunca recebidos – agora a cargo do Superior Tribunal de Justiça – investiga também duas outras operações envolvendo os Estados Unidos.

 O Consórcio Nordeste é o grupo que reúne os governadores nordestinos e que fez compras conjuntas de respiradores; o consórcio que está sendo investigado na operação Ragnarock, desencadeada no início de junho.

Mas as suspeitas remontam aos primeiros dias de abril, quando os governadores nordestinos começaram a comprar respiradores na China.

No dia 3 de abril, o Consórcio Nordeste “perdeu” a primeira carga de respiradores (600 no total), avaliada em R$ 42 milhões, e acusaram os Estados Unidos pelo confisco. (Entenda aqui)

No dia 4 de abril a embaixada dos Estados Unidos no Brasil negou que tenha feito qualquer tipo de apreensão de carga de respiradores, alegando serem falsas qualquer tipo de relatório neste sentido. (Relembre aqui)

Foi a partir daí que a Polícia Federal começou a desconfiar da história, começando a investigação pelo estado da Bahia.

No dia 16 de abril, o governo maranhense distribuiu release em todo o país comemorando o fato de ter realizado uma “operação de guerra” para supostamente “driblar os Estados Unidos na compra de respiradores”.

E aí a Polícia Federal entrou de vez na questão.

Em 3 de junho, a PF desencadeou a Operação Ragnarok, prendeu empresários e colheu documentos em vários estados. E chegou às empresas Hempcare e Biogeoenergy.

No dia 6 e junho, chegou a informação de que o Maranhão  também tinha envolvimento com a compra dos respiradores não entregues, com R$ 4,9 milhões de prejuízo. (Leia aqui)

E agora, como envolve governadores, o caso está sob a responsabilidade do STJ…

Braide entrega 10 respiradores para novos leitos de UTI do Hospital Universitário

O deputado federal Eduardo Braide entregou, nesta terça-feira (2), 10 respiradores ao Hospital Universitário. Os equipamentos vão permitir a abertura de novos leitos de UTI aos pacientes da Covid-19, em São Luís.

“Estou muito feliz por esse pleito meu e do senador Roberto Rocha ter sido atendido pelo Ministério da Saúde. Os equipamentos vão permitir a abertura de novos leitos de UTI que ajudarão a salvar mais vidas”, afirmou o deputado.

Durante a entrega, Braide fez questão de destacar o trabalho realizado pelo Hospital Universitário no combate à Covid-19.

“O Hospital Universitário tem prestado um grande serviço no enfrentamento dessa pandemia. O hospital já disponibilizou 40 leitos de UTI exclusivos para o tratamento da Covid-19. Com mais esses 10 respiradores, novos leitos serão abertos e vão contribuir para o acesso ao atendimento especializado”, disse o parlamentar.

Os novos respiradores foram entregues ao vice-reitor da Universidade Federal do Maranhão, Prof. Marcos Fábio Belo Matos, e à superintendente do Hospital Universitário, Dra. Joyce Santos Lages.

“Todos nós sabemos a qualidade do trabalho realizado pelo Hospital Universitário ao longo de vários anos. Com a pandemia, o hospital reforça seu compromisso e dá a sua importante contribuição no enfrentamento ao coronavírus. Sabemos que esses equipamentos são muito importantes nesse momento. Mas é fundamental reconhecer o trabalho dos profissionais que estão nessa linha de frente do Hospital Universitário, cuidando e ajudando a salvar a vida de muitos maranhenses”, concluiu Braide.

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Coronavírus gera guerra comercial por equipamentos…

Para garantir acesso a respiradores, máscaras e outros produtos usados no combate à pandemia, o Maranhão precisa enfrentar uma batalha contra vários países e contra o próprio governo federal, que tenta se apossar do que chega ao Brasil

 

Para chegar ao Maranhão, aviões contratados pelo governo precisam driblara concorrência no mundo inteiro

O Governo do Maranhão tem usado uma estratégia de guerra para conseguir acesso a equipamentos e produtos usados no combate à pandemia de coronavírus.

Para garantir que produtos comprados na China, por exemplo, chegue ao estado, é preciso driblar não apenas os países ricos da Europa, que tentam se apossar de toda produção – pagando mais por isso – mas também do próprio Governo Federal, que tenta se apossar de tudo que chega ao Brasil.

À frente da operação de guerra está o Secretário de Indústria e Comércio, simplício Araújo.

Foi graças à estratégia militar montada por Araújo – com a ajuda de uma importadora maranhense – que o Maranhão conseguiu receber os 107 respiradores e as 200 mil máscaras compradas ee uma empresa na China.

Para driblar a concorrência da Alemanha e dos Estados Unidos, que estão fazendo leilão na compra destes equipamentos, a empresa precisou mandar os produtos primeiro para a Etiópia.

Mas era preciso chegar ao Maranhão sem que o governo Jair Bolsonaro tivesse acesso à carga; para isso, o governo conseguiu pousar em São Paulo, sem passagem pela alfândega , e, de lá, chegar ao estado em voo fretado.

E foi assim que se garantiu mais uma folga em relação à pandemia.

Numa batalha contra o vírus e contra os demais países, incluindo o Brasil…