Só há duas possibilidades de explicação para a postura do reitor da Universidade Federal do Maranhão, Natalino Salgado, diante das denúncias de fraude na instituição.
Ou Salgado é tão “tonto”,que não percebeu o jogo bruto de corrupção que impera nos bastidores da Ufma; ou, é tão dissimulado, que tentou vender a idéia de que as denúncias de fraude era uma novidade.
Alteração de notas, manipulação de boletins e histórico escolar é algo comum na Ufma há pelo menos duas décadas.
É inaceitável que o reitor da Ufma mostre, por meio de notas ou declarações de assessores, não ter conhecimento das denúncias de fraude ocorridas na instituição que comanda.
Poderia usar o argumento de que as coisas vinham ocorrendo em outras gestões, mas, agora, estavam sendo combatidas.
Optou, no entanto, pela indignação fabricada.
Primeiro, tentou fazer parecer que as denúncias eram novas, e que o denunciante as fazia por que ressentido com suposto afastamento da academia.
Depois, surgiram outras denúncias, e mais outra, e mais outra, e o reitor só teve que anunciar investigação.
Mas pouca coisa a Ufma mostrará com esta pseudo-investigação, que não passa de tentativa de ganhar tempo. Há menos que a Polícia Federal, responsável por casos deste tipo, decida entrar na história.
De uma forma ou de outra, Natalino Salgado sairá do episódio com a imagem de gestor arranhada.
Ou é tonto, ou dissimulado…