Movimento Eco-Trabalhismo do PDT também reforça apoio a Fábio Câmara

Lideranças do segmento tomaram café da manhã com o pré-candidato a prefeito oferecido pelo restaurante Torres do Sol, evento comentado pelo senador Weverton Rocha, que destacou a articulação da base pedetista em suas redes sociais

 

Fábio Câmara com lideranças históricas e comunitárias do PDT de São Luís

Em mais uma etapa de diálogo com as bases do PDT – que antecede o encontro com o presidente municipal do partido, vereador Raimundo Penha – o pré-candidato a prefeito Fábio Câmara foi recebido nesta sábado, 7, para um café da manhã no Restaurante Torres do Sol.

Do evento, participaram também lideranças pedetistas históricas

– Trago esta rosa para simbolizar minha relação histórica e meu carinho a todos do partido – ressaltou Câmara, que distribuiu rosas vermelhas, símbolo maior do PDT.

Na sexta-feira, 6, o ex-vereador já havia se reunido com os representantes dos movimentos sociais ligados ao partido, em almoço no restaurante Porto Seguro; o encontro com Raimundo Penha está previsto para esta segunda-feira, 9.

A reunião com os representantes do Eco-trabalhismo do PDT foi comentado nas redes sociais do senador  Weverton Rocha, presidente regional pedetista.

– O PDT está sempre pronto para o debate e é muito bom ver nossa militância mobilizada e discutindo os rumos de São Luís. Como nesse café da manhã, oferecido pelo Garotinho, do Torre do Sol Boteco, que reuniu o jovem líder Fábio Câmara, as lideranças pedetistas Júlio França, Sebastião Santos, Antônio Carlos, presidentes de associações de moradores do centro e representantes dos projeto HF da Vila Bessa, e vários presidentes de associações do centro. Nosso partido segue empenhando em ajudar a pensar boas soluções para São Luís – comentou o senador, que publicou uma imagem do evento.

A Rosa vermelha, símbolo maior do PDT, tem sido distribuída por Fábio Câmara em seus eventos, o que já virou uma marca de sua pré-campanha

Weverton recebeu Fábio Câmara na semana passada em seu gabinete em Brasília, ocasião em que gravou um vídeo mostrando a opção do PDT para a militância do partido em São Luís.

Após o encontro com Penha, Fábio Câmara tem agenda marcada ainda com lideranças pedetistas históricas.

Imagens do dia: base pedetista chancela Fábio Câmara à prefeitura

Suplente de deputado federal reuniu-se em almoço nesta sexta-feira, 6, com representantes dos segmentos sociais e membros históricos do partido, que ressaltaram a importância de o PDT ter um candidato próprio nas eleições de São Luís; pré-candidato já tem agenda marcada também com o presidente da legenda, vereador Raimundo Penha

 

Representantes dos segmentos sociais, históricos e militantes do PDT deram aval ao nome de Fábio Câmara como candidato do partido a prefeito

Representantes dos segmentos sociais vinculados ao PDT referendaram nesta sexta-feira, 6, o nome do suplente de deputado federal e ex-vereador Fábio Câmara como candidato do partido à Prefeitura de São Luís.

Em almoço no restaurante Porto Seguro – com a presença também de membros históricos da legenda, a exemplo dos ex-secretários Abdelaziz Santos e Júlio França – os pedetistas reafirmaram o projeto de ter um candidato próprio nas eleições de 2024 e viram em Fábio identificação com as lutas sociais.

– “Sou como uma planta no deserto; uma única gota de orvalho é suficiente para me alimentar”. Uso essa frase de Leonel Brizola para lembrar que aqui há muitas gotas de orvalho, já suficientes para fazer esta história chegar longe – agradeceu Fábio Câmara, diante da unânime manifestação de apoio.

No encontro estavam representantes dos movimentos comunitário, sindical, mulheres, negros, LGBTQIA+ e outros, que representam a base do PDT na capital maranhense.

Um dos mais respeitados membros históricos do PDT, Adelaziz Santos participou do almoço e também referendou Fábio Câmara à prefeitura

Histórico do partido, o ex-secretário Abdelaziz Santos – espécie de entidade pedetista – citou seu último artigo e lembrou que assim começou a primeira campanha de Jackson Lago, em 1985, com a força da base pedetista; e exortou Câmara:

– Faça quinhentas reuniões como esta, com a base; a militância é o PDT, e está em toda São Luís.

Na próxima semana, Fábio Câmara – que já se reuniu também com o presidente regional do PDT, senador  Weverton Rocha – vai estar com o presidente municipal da legenda, vereador Raimundo Penha, de quem precisa o aval para sua empreitada.

Penha vinha defendendo aliança do PDT com o vereador Paulo Victor (PSDB), mas diante da desistência do colega, já admite conversas sobre candidatura própria.

Na última quarta-feira, 4, Penha citou nominalmente Fábio Câmara como opção do partido em entrevista à rádio Mirante…

Fábio Câmara e Honorato Fernandes debatem sucessão em São Luís…

Em café da manhã nesta segunda-feira, 2 – mesmo dia em que o presidente da Câmara Municipal Paulo Victor anunciou sua saída da disputa pela prefeitura – representante do PT e do PDT, que agora está sem nome para apoiar, discutiram as possibilidades para o pleito na capital maranhense

 

Honorato conversou com Fábio Câmara sobre os rumos e as possibilidades do PT nas eleições municipais de São Luís

No exato momento em que o presidente da Câmara Municipal vereador  Paulo Victor (PSDB), anunciava em discurso na tribuna sua saída da disputa pela Prefeitura de São Luís em 2024, o suplente de deputado federal Fábio Câmara (PDT) e o presidente do PT em São Luís, Honorato Fernandes, tomavam café da manha.

Primeira liderança do PDT a defender um protagonismo maior do partido em São Luís, Câmara tem buscado diálogo com diversas lideranças, desde que recebeu carta branca do senador Weverton Rocha, em viagem a Brasília na semana passada.

– O PDT tem cacife, tem nomes e tem história para entrar no debate pela Prefeitura de São Luís; é uma legenda de peso na capital maranhense – afirmou Fábio Câmara.

– Nós estamos discutindo com todas as forças políticas a melhor forma de construir o projeto petista para 2024 – ponderou Honorato Fernandes em conversa com o blog Marco Aurélio d’Eça.

Até esta segunda-feira, o PDT tinha como opção em São Luís o próprio vereador Paulo Victor, defendido pelo presidente municipal da legenda, vereador Raimundo Penha, e pelo deputado estadual Osmar Filho.

Com a desistência de Paulo Victor, o partido de Weverton vai repensar o projeto.

Buscando protagonismo, como defende Fábio Câmara…

Osmar Filho também manifesta preferência por Paulo Victor em São Luís…

Deputado estadual que foi presidente da Câmara Municipal segue o exemplo do vereador Raimundo Penha e diz, em entrevista ao Bom Dia Mirante, que gostaria de ver alguém oriundo da Casa no comando da Prefeitura de São Luís

 

Osmar Filho defendeu o nome de Paulo Victor a prefeito em entrevista ao quadro Bastidores, da TV Mirante

O deputado estadual Osmar Filho (PDT) manifestou-se nesta quarta-feira, 27, em entrevista ao quadro Bastidores, da TV Mirante, favoravelmente à candidatura do presidente da Câmara, Paulo Victor (PSDB) a prefeito de São Luís.

Osmar segue o mesmo entendimento do vereador Raimundo Penha, que preside o diretório municipal pedetista e defende desde o ano passado o apoio a Paulo Victor.

– Eu já vi aqui mesmo o vereador Raimundo Penha mostrar preferência pelo vereador Paulo Victor; eu, como oriundo da Câmara Municipal, gostaria de ver alguém da Casa fazendo um trabalho em prol do povo de São Luís – disse Osmar Filho.

O deputado pedetista ressaltou ao jornalista Clóvis Cabalau, porém, que há outros entendimentos no PDT sobre a sucessão em São Luís, e que, no momento certo, haverá a convergência para um caminho comum de todos os pedetistas.

O parlamentar não definiu data para que o partido se posicione oficialmente na corrida eleitoral na capital maranhense…

Weverton nega que PDT tenha definido 2024: “não resolvemos nada ainda”, diz

Senador desmente especulações apontando pré-candidatos aptos e não aptos a formar aliança com o partido e diz que a fase atual é apenas de organização interna

Sob o comando do senador Weverton Rocha, PDT ainda está na fase da reorganização interna, sem definições para 2024

O senador Weverton Rocha (PDT) negou nesta quarta-feira, 20, suposto fechamento de questão do partido em torno de qualquer candidato a prefeito nas eleições de 2024.

– Não resolvemos nada ainda – afirmou o senador ao blog Marco Aurélio d’Eça, diante de notícia que levantam hipóteses de apoio a candidato A ou veto a candidato B.

Segundo ele, o PDT passará todo 2023 em reorganização interna, buscando o fortalecimento, para, só então, iniciar discussões sobre as eleições de 2024.

– Nesta fase, estamos cuidando da organização interna – revelou Weverton.

A posição do senador vai de encontroo à postagem do portal Repórter Tempo, que afirmou nesta quarta-feira, 20, uma definição do PDT para 2024.

– PDT bate martelo e decide não lançar candidato próprio à Prefeitura de São Luís – disse o blog, editado pelo consagrado jornalista Ribamar Correa. (Leia aqui)

Ao contrário do que apontou o post, O PDT não veta nenhum nome, segundo Weverton, e pode, inclusive ter candidato próprio.

Há duas posições atualmente públicas no partido:

1 – O presidente municipal vereador Raimundo Penha, defende apoio ao candidato do PSDB, seu colega de Câmara Municipal Paulo Victor;

2 – representantes dos movimentos sociais e comunitários do partido querem uma candidatura própria, e citam o ex-vereador Fábio Câmara como opção.

Penha e Câmara já se reuniram para discutir os caminhos, e o ex-vereador pretende conversa também com a ala dos chamados pedetistas históricos.

São esses os movimentos políticos atuais no PDT… 

Pedetistas traçam rumos para o partido em São Luís…

Presidente do diretório municipal Raimundo Penha defende o apoio irrevogável ao colega vereador Paulo Victor; o suplente de vereador e ex-candidato a prefeito Fábio Câmara, prega maior protagonismo do PDT, mas busca diálogo com todas as correntes políticas, sem fechar portas nem mesmo para o prefeito Eduardo Braide

 

Fábio Câmara e Raimundo Penha: primeiro café com pedetistas que pode evoluir para um projeto próprio do PDT em São Luís

O vereador Raimundo Penha e o suplente de vereador Fábio Câmara iniciaram nesta segunda-feira, 4, uma espécie de debate sobre os rumos do PDT nas eleições de 2024 em São Luís; os dois sentaram para um café, em que cada um expôs seus pontos de vista.

Presidente municipal do partido, Penha defende o apoio ao presidente da Câmara Municipal, seu colega Paulo Victor (PSDB), posição tomada ainda em 2022, embora não feche portas para o diálogo interno pedetista.

Câmara, por sua vez, entende que o PDT tem condições de ter papel mais significativo na capital maranhense, inclusive com candidatura própria a prefeito; mas sua posição também é de diálogo, inclusive com o prefeito Eduardo Braide (PSD), que, na opinião de Penha, deve perder a eleição.

A exposição dos pontos de vista dos dois pedetistas é a primeira iniciativa interna no partido sobre a sucessão municipal; deve envolver outros personagens do PDT, incluindo o senador  Weverton Rocha, o que agrada à ala histórica, que se ressente da falta de comunicação.

Tanto para Penha quanto para Fábio Câmara o PDT tem cacife histórico para estar na mesa eleitoral de 2024, seja para garantir bancada expressiva na Câmara, seja para compor uma chapa majoritária ou mesmo apresentar um nome ao eleitorado.

O início deste debate, ainda que reduzido a duas lideranças partidárias, chega em boa hora…

Ainda indefinido, PDT gravita entre projetos eleitorais em São Luís

Enquanto o senador Weverton Rocha se afasta dos pedetistas mais alinhados ao governador Carlos Brandão – o que indica possibilidade de estar com Duarte Júnior, candidato do ministro Flávio Dino – o vereador Raimundo Penha reforça sua aliança com o presidente da Câmara, Paulo Victor, fechada desde o ano passado; mas o ex-vereador Fábio Câmara defende um maior protagonismo do partido em 2024

 

O PDT em uma foto: Osmar Filho alinhado a Brandão, que Weverton não apoia, mas dá o partido a Penha, que apoia exatamente o candidato de Brandão

Análise da Notícia

O PDT iniciou nas últimas semanas uma série de movimentos que acabam por confundir ainda mais sobre seu projeto para as eleições de 2024 em São Luís.

Há duas semanas, o deputado estadual Osmar Filho deixou a presidência do partido, após pouco mais de seis meses no posto. Ao blog Marco Aurélio d’Eça, disse tratar-se de ato já previsto: “meu mandato era de apenas sete meses”, afirmou.

Aliados do senador Weverton Rocha, no entanto, apontam que o movimento é mais um no processo de afastamento dos pedetistas mais alinhados ao governador Carlos Brandão (PSB), a exemplo do que já havia ocorrido com o também deputado Glalbert Cutrim.

Ocorre que a presidência de São Luís foi devolvida ao vereador Raimundo Penha, que desde o ano passado já está em campanha pelo colega Paulo Victor (PSDB), principal nome da base de Brandão, o que desmontaria a tese dos aliados de Rocha.

– Já conversamos; não existe mais isso. Ele [Penha] realinhou o projeto – disse Weverton ao blog Marco Aurélio d’Eça.

A posição do senador indicaria que o PDT pode mesmo apoiar o deputado federal Duarte Júnior (PSB) na disputa pela Prefeitura de São Luís, como parte do movimento de reaproximação entre Weverton e o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), como já mostrou este blog Marco Aurélio d’Eça. (Relembre aqui, aqui e aqui)

Mas dentro do PDT há outras correntes – sobretudo a histórica do partido – que defendem maior protagonismo em 2024.

Neste aspecto, quem dialoga com essas correntes é o ex-vereador e ex-candidato a prefeito Fábio Câmara, que defende o PDT no centro do debate eleitoral em São Luís.

– Temos nomes, temos força partidária, temos militância e temos, sobretudo, história em São Luís para debater a cidade – prega o suplente de vereador, único da atual nominata a assumir publicamente que permanecerá no partido de Weverton nas eleições de 2024.

Toda essa movimentação interna reflete o que lideranças como o ex-secretário Abdelaziz Santos e os ex-vereadores Rubem Brito e Renato Dionísio já manifestaram em artigos na imprensa maranhense: o PDT tem tempo para voltar ao protagonismo, mas precisa realinhar seu discurso, seu programa, sua doutrina.

E, sobretudo, seu projeto de poder…

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Jackista diz que PDT perdeu até o direito de sentar à mesa das eleições 2024

Histórico no partido, ex-secretário Abdelaziz Santos faz em artigo críticas duras às lideranças – umas por omissão e falta de diálogo com a militância, outras por apostar em candidaturas sem discussão prévia com os movimentos organizados – e lamenta que, com um senador, um deputado federal, quatro deputados estaduais e três vereadores em São Luís a legenda “pareça cambalear”, “sem norte político”

 

Weverton, por omissão, e Penha, por posição pessoal, são os alvos principais de Aziz Santos pela letargia do PDT em São Luís

O ex-secretário Abdelaziz Santos – que comandou a Administração e o Planejamento nas gestões de Jackson Lago em São Luís e no Governo do Estado – voltou neste fim de semana a criticar a letargia do seu partido, o PDT, no debate sobre as eleições de 2024.

Sem citar nomes, Aziz Santos critica duramente “lideranças que falam apenas com quem querem e não ouvem a militância” e outras que “apostam em candidaturas deste ou daquele sem discussão prévia com movimentos organizados”.

O artigo “O PDT e suas idiossincrasias”, de Aziz, foi publicado nos principais jornais e  páginas de internet no sábado, 15 e domingo, 16.

– Tantas batalhas, tanto tempo de combate, de repente tudo isso jogado fora como se nada tivesse valido a pena. Ainda há tempo, senhores. Precisamos urgentemente sair desse pântano de areia movediça, convidar os movimentos organizados e a militância em geral para traçarmos os nossos rumos, a nossa caminhada – afirmou o líder jackista.

Embora não tenha citado nomes, tudo indica que o artigo de Abdelaziz é um recado direto ao senador Weverton Rocha e ao vereador Raimundo Penha, as lideranças mais expostas do PDT – por ação ou omissão – no que diz respeito à sucessão do prefeito Eduardo Braide (PSD).

A crítica a Weverton se dá pela omissão do debate, por “falar apenas com quem quer” e “não ouvir a militância”; já a provocação a Penha é por conta de sua insistência em tirar o PDT do jogo da sucessão e defender pessoalmente a candidatura do colega Paulo Victor (sem partido), “não se sabe bem o por quê”, segundo afirmou Aziz.

– Se pensarmos no cenário de São Luís, a nossa Capital, após o PDT ter comandado exitosamente o município por décadas, o quadro é de uma tristeza sem precedentes. Não há conversa, não se tem notícias de diálogo – afirmou o ex-secretário.

Este blog Marco Aurélio d’Eça também tem feito ponderações a respeito da postura do PDT na sucessão de Braide; a legenda, hoje comandada por Weverton Rocha está no poder em São Luís desde 1988, seja com prefeito próprio, seja participando de gestões.

Mas desde o fracasso nas eleições de 2022, parece ter perdido o rumo e ressentindo-se de falta de liderança e diálogo, vivendo uma inédita “divergência conceitual interna…”.

– O PDT tem história ímpar e quadros excelentes para uma boa disputa eleitoral. Temos 4 deputados estaduais, 3 vereadores em São Luís, 1 deputado federal e 1 senador. Somos muitos. Falta diálogo, falta liderança. Apenas isso – desabafou o ex-auxilair de Jackson Lago.

No artigo “O PDT e suas idiossicrasias”, Aziz Santos aponta a artilharia também para Braide, que “no segundo turno ajudamos a eleger” em 2020.

– Se é verdade que este deixou de cumprir compromissos com o Partido, poderá ter o mesmo fim da Conceição, do Tadeu e do Holandinha. Se existiram politicamente ninguém sabe, ninguém viu – bateu Aziz.

O ex-secretário cobra postura das lideranças e recolocação do PDT nos trilhos do debate eleitoral, para evitar o fim melancólico do partido.

– Fala-se que o PDT hoje perdeu até o direito de sentar-se à mesa de negociações sobre as próximas eleições, tudo isso porque as lideranças não nos apontam caminhos – avalia.

Abaixo, a íntegra do artigo de Abdelaziz Santos:

O PDT e suas idiossincrasias

No passado, o PDT e o PT tinham uma coisa em comum: os governos do Brasil geralmente se inclinavam à direita e os partidos mais à esquerda abraçavam a política sem o desejo prematuro de poder. Posteriormente, ambos ganharam eleições importantes. O PT então encantou-se com o poder e decidiu abandonar seu Projeto de Nação ainda não consolidado, fixando-se num Projeto de Poder que o mantém até hoje na política brasileira, agora cada vez mais fragilizado. Sua liderança máxima, o Lula, aonde vai no exercício da Presidência é falando coisas de arrepiar: casos da Ucrânia, Venezuela, democracia relativa e outras bobagens que tais. A última é que o Governo está vivendo sua melhor fase com o Legislativo. Quer dizer, o Centrão manda e desmanda e isso é bom para o Governo, segundo o Presidente. Ficamos livres do Bolsonaro, mas não de bobagens

Já o PDT, diferentemente do PT, quando assumia funções de governo mostrava que era pela educação que se resolveria o nó górdio do atraso do Brasil e, exercendo ou não o poder, sempre empunhava as bandeiras do desarmamento mundial, da superação do subdesenvolvimento econômico e tecnológico do Terceiro Mundo, da garantia da soberania dos povos e, especialmente, em relação ao Brasil, da educação libertária. Enfim, o seu Projeto de Nação era a bússola, e mais importante do que o Poder.

Ocorre que, tendo perdido a alma com a morte do Brizola, o PDT perdeu-se nos descaminhos  da política. Mais recentemente ensaiou a candidatura de Ciro Gomes à Presidência e, não obstante, tudo o que este disse do PT e do Lula na campanha de nada serviu, pois o Partido resolve ironicamente compor o seu ministério, ao invés de adotar uma posição crítica ao governo, oferecendo sua contribuição ao Brasil, agora a partir do PND do Ciro. Triste!

Aqui, no Maranhão, vivemos tempos gloriosos sob a liderança do Jackson Lago, que perdia e ganhava eleições até assumir o Governo, logo deposto pelos Sarneys, servindo-se de golpe judiciário que manchou a biografia de vários ministros do TSE. O seu Projeto de Maranhão era claro. Com ou sem mandato, ao ser indagado qual o caminho a percorrer, a resposta era cristalina, ou seja, no caminho em que sempre estivemos, contrário às oligarquias que ajudaram a empobrecer a população que vivia – e vive – à margem do ciclo econômico do minério de ferro e da monocultura, e outros grupos que depredam a natureza em benefício dos seus próprios interesses, e a favor  da educação, da produção a partir do desenvolvimento local e da  inclusão das massas populares.

Testemunhei a firmeza de princípios de Jackson Lago ao recusar acenos de aproximação ao grupo Sarney.  Jamais rendeu-se ao canto das sereias! Preferiu imolar-se a ser criminosamente ceifado em vida, por via dos que pregam a capitulação dos ideais a um projeto de poder. Faltam-nos, no Brasil e no Maranhão, homens dessa têmpera.

Após a morte do nosso grande  líder das oposições maranhenses, o PDT parece cambalear, não se vislumbra o norte político.  O que ouço diariamente dos pedetistas que me visitam é que as nossas principais lideranças regionais falam apenas com quem querem, não ouvem a militância, preferem submeter-se ao jogo tradicional da política menor.

No plano municipal a desgraça se repete. O pior de tudo é que se percebe uma espécie de medo da militância na interlocução com as lideranças do partido. Os que dele dependem para sobreviver merecem nossa compaixão. E os outros, que têm vida própria, silenciam por quê?

Se pensarmos no cenário de São Luís, a nossa Capital, após o PDT ter comandado exitosamente o município por décadas, o quadro é de uma tristeza sem precedentes. Não há conversa, não se tem notícias de diálogo. Fala-se que o PDT hoje perdeu até o direito de sentar-se à mesa de negociações sobre as próximas eleições, tudo isso porque as lideranças não nos apontam caminhos. Aqui e acolá, um ou outro dirigente sai na frente, não se sabe se autorizado ou não, a apostar em candidatura deste ou daquele personagem, sem discussão prévia com os movimentos organizados, não se sabe bem  o porquê. Triste!

Nas eleições passadas, mesmo sem candidatura própria, fizemos um bom primeiro turno e, no segundo, ajudamos a eleger o Braide. Se é verdade que este deixou de cumprir compromissos com o Partido, poderá ter o mesmo fim da Conceição, do Tadeu e do Holandinha. Se existiram politicamente ninguém sabe, ninguém viu.

E nosso legado? Tantas batalhas, tanto tempo de combate,  de repente tudo isso jogado fora como se nada tivesse valido a pena. Ainda há tempo, senhores. Precisamos urgentemente sair desse pântano de areia movediça, convidar os movimentos organizados e a militância em geral para traçarmos os nossos rumos, a nossa caminhada. O PDT tem história ímpar e quadros excelentes para uma boa disputa eleitoral. Temos 4 deputados estaduais, 3 vereadores em São Luís, 1 deputado federal e 1 senador. Somos muitos. Falta diálogo, falta liderança. Apenas isso.

Abdelaziz Santos

Braide perde líder e vice-líder do seu governo na Câmara

Vereadores Raimundo Penha e Domingos Paz entregaram os cargos nesta terça-feira, 10, após a quinta tentativa de votar o Orçamento do Município para 2023, que deve ser apreciado ainda na tarde de hoje

 

Penha deixa a liderança de Braide menos de um ano após substituir Marcial Lima

Os vereadores Raimundo Penha (PDT) e Domingos Paz (Podemos), líder e vice-líder do governo Eduardo Braide  (PSD) na Câmara Municipal respectivamente, entregaram seus cargos nesta terça-feira, 10, após a quinta tentativa de votação do Orçamento de São Luís para 2023.

Penha explicou ao blog Marco Aurélio d’Eça que deixa o posto após a votação da peça, que deve ser apreciada em uma nova sessão extraordinária, convocada para as 16 horas desta terça-feira.

– A busca do diálogo entre prefeitura e Câmara estava demandando muito tempo e decidi dedicar mais tempo ao mandato – explicou Penha, que garante ter deixar o posto em harmonia com os dois poderes.

– Saio tranquilo e sem arestas. Não houve pressão nem da Prefeitura e nem da Câmara; tanto que só deixo o posto após a votação do orçamento – explicou o vereador pedetista.

Domingos Paz anunciou sua saída logo após a sessão da manhã de hoje…

Raimundo Penha vai se dedicar às campanhas do PDT…

Vereador se afastou do mandato na Câmara Municipal de São Luís para atuar diretamente nas campanhas de Weverton Rocha ao Governo, Márcio Honaiser à Câmara Federal e Osmar Filho à Assembleia Legislativa, além da reeleição de Roberto Rocha ao Senado

 

O vereador Raimundo Penha (PDT) anunciou nesta quarta-feira, 31, licença do mandato na Câmara de São Luís.

Ele vai se dedicar integralmente às campanhas eleitorais, sobretudo  às do PDT.

Além da campanha de Weverton Rocha (PDT) ao Governo do Estado, Penha atuará pela eleição de Márcio Honaiser à Câmara Federal e de Osmar Filho á Assembleia Legislativa, além de Roberto Rocha, candidato à reeleição ao Senado.

O vereador pedetista, que é líder do governo Braide na Câmara, vai fortalecer a campanha pedetista na capital maranhense…

No lugar de Penha assume o Professor Carlinhos.