O boicote da Uefa ao craque brasileiro Vinícius Jr., do Real Madrid, na entrega da Bola de Ouro 2024, mostra como o sistema ainda tenta impedir as reações ao preconceito de cor, expondo o racismo estrutural também, e principalmente, no esporte
PUNHOS FECHADOS NA VIDA REAL. Este gesto incomoda mais a elite branca do futebol europeu que os lances desconcertantes de Vini Jr.
Editorial
Nenhum fã de esporte no mundo inteiro tem dúvidas, hoje, que o brasileiro Vinícius Júnior, do clube espanhol Real Madrid, seja o melhor jogador de futebol do planeta.
Ninguém no mundo tem dúvidas, também, de que Vini incomoda, com sua postura politizada, a todos os que querem jogar o racismo para debaixo do tapete.
Brancos e pretos; esportistas ou não, ninguém tolera um preto consciente.
Vini Jr. perdeu a Bola de Ouro simplesmente por que não quis sentir-se diminuído por ser preto;
preto cobrando tratamento igual é motivo de raiva, aqui, no Brasil, no mundo, em qualquer lugar.
“Eu farei 10 vezes se for preciso. Eles não estão preparados”, declarou Vinícius, em suas redes sociais, após o anúncio da Uefa de que o jogador Rodri, do Barcelona, fora escolhido o melhor do mundo.
Isso é o racismo!!! Entendeu agora?!?
Craque incomparável, Vinícius Jr. incomodou brasileiros, latinos e europeus ao se posicionar contra o racismo na Espanha, um dos países mais racistas do mundo.
Mas o incômodo era também de sua própria raça.
Quantas vezes se viu pretos defenderem que Vini Jr. deveria “falar menos e jogar mais”. Muitas vezes testemunhou-se chateação de torcedores do próprio Flamengo, time de origem do jogador, dizendo que “ele está com mimimi”.
Até os mais inocentes reclamavam que ele “deveria dar a resposta jogando bola”.
Isso é racismo, entende?!? Racismo estrutural, encravado na cultura dos países.
O racismo funciona assim: todos praticam, mas quem se sentir ofendido é que é fraco.
O que seria melhor nas reações de Vini Jr. contra o racismo? Comer as bananas jogadas em campo, como fizeram alguns brasileiros igualmente humilhados por serem pretos? Claro que não!
Tendo ou não bola de ouro, Vinícius Júnior continuará sendo craque no futebol por muitos anos ainda.
Que bom também que seja um craque como cidadão fora das quatro linhas…
Numas das mais significativas falas desta campanha eleitoral, pré-candidato do PDT explica ao jornalista Gilberto Léda por que é preciso levar o debate sobre cor da pele para a escolha do 113º prefeito em uma cidade como São Luís, com 75% da população preta e nenhum representante desta raça na história da prefeitura
Após quase um ano como pré-candidato a prefeito – já ratificado pelas direções municipal, estadual e nacional do PDT – o ex-vereador Fábio Câmara finalmente foi entrevistado nesta condição por um veículo do grupo Mirante; e mais uma vez teve que explicar sua posição de candidato preto nas eleições municipais.
Jornalista branco, o apresentador do “Cartas na Mesa”, Gilberto Léda, disse incomodar-se com o debate sobre a eleição de alguém “apenas por causa da cor da pele”, o que chamou de “vitimismo”.
São Luís tem 412 anos, teve 112 prefeitos, a segunda maior população preta do Brasil, 75%. Todos nós somos racistas, por que estrutural, inclusive o homem preto, a mulher preta; mas nós nunca tivemos um prefeito preto eleito pelo voto direto. Se vivemos em uma democracia, tem democracia racial nesse sentido? E antes de falar em vitimização, como você falou, eu falo de catalisador de mudanças, eu falo de representatividade”, explicou Fábio Câmara.
Fábio Câmara tendo que se explicar, mais uma vez ao Grupo Mirante, por que quer incluir o debate sobre o povo preto nas eleições de São Luís
Para o candidato do PDT, é impossível falar de representatividade do povo preto a um garoto que vive lá na Zona Rural de São Luís, esquecido e sem espaço às demais regiões da cidade.
Eu fui vereador de São Luís e acessei até aqui. E tenho a lucidez que o homem e a mulher preta vive o melhor momento, mas quando discutimos representatividade, eu duvido que um garoto que mora no Amapá, em Tajaçoaba, se sinta à vontade para chegar numa loja de shopping, que talvez tenha sido até o pai dele quem construiu, e perguntar o preço de uma roupa cara. Não tem condição, é terrível”,ressaltou o candidato.
Vencedor como homem, pai de família, político e empresário, Fábio Câmara mostrou ao jornalista que, mesmo assim, enfrenta preconceitos diários, exatamente perla própria condição que alcançou, de homem sucedido.
Seu eu tivesse vencido como jogador de futebol, com todo respeito aos gigantes do futebol, zero problema; talvez eu chegaria aqui como ídolo. Se tivesse vencido como cantor de pagode, zero problema. Mas quando eu chego aqui como dirigente de uma entidade, numa SW4, numa Hilux, eu tenho todos os dias que está explicando, por que sabe o que passa na cabeça de todos? ai tem coisa erada”, lamentou o pré-candidato.
Durante a entrevista, Fábio Câmara teve que explicar pela enésima vez que vai disputar pra valer a Prefeitura de São Luís, teve que explicar por que fala do povo preto em sua candidatura e teve que explicar que tem o apoio integral do partido, o PDT; pela enésima vez.
A convenção de Fábio câmara acontece n o dia 26 de julho, no Espaço Kabão…
Debate sobre a legitimidade da candidatura negra de Fábio Câmara a prefeito de São Luís escancara como formadores de opinião tentam limitar a condição de raça ao capacitismo e expõe a forma como os chamados membros da elite privilegiada tentam evitar o debate de cor por que esperam manter tudo como sempre esteve; e já se vão 412 anos sem que a capital maranhense tenha elegido um único prefeito preto
O debate sobre pretos no poder – o que pode e o que não pode, segundo os brancos – teve seu ponto alto no programa Xeque-Mate, de Matias Marinho
Ensaio
Na semana que passou, o candidato do PDT a prefeito de São Luís, Fábio Câmara, foi – dentre os concorrentes às eleições de outubro o que mais ocupou a mídia – após protagonizar evento na sede do partido em que apresentou a chapa de pré-candidato a vereador ao presidente da legenda, senador Weverton Rocha; mas a abordagem da candidatura de Câmara na imprensa – sim, ele é preto! – ainda é permeada pelo preconceito e pela necessidade da classe branca privilegiada de manter enjaulado qualquer discurso de afirmação de cor e raça sobre conquistas na sociedade.
O ponto alto de mais este exemplo do racismo estrutural e – muito mais que isso – a ojeriza que um branco tem de debater a questão do preto, ocorreu no programa Xeque-Mate, capitaneado pelo jornalista Matias Marinho – branco-padrão-hetero-cisgênero.
– O grande erro dos políticos hoje é tentar falar de si –foi exatamente assim que Marinho começou a falar sobre o fato de Fábio Câmara ser o único candidato preto na disputa em São Luís, questão brilhantemente trazida pelo jornalista – também branco! – Marcelo Vieira
Ora, por que o prefeito Eduardo Braide (PSD) pode falar de si, o deputado Duarte Júnior (PSB) pode contar sua história e Fábio Câmara não pode? Por que ele é preto? Por que dizer que é preto é mimimi?
Matias continuou a ironia chegando a dizer que Marcelo Vieira estava “zangado com os pretos” por que, segundo ele, não votam em Câmara só por ele ser preto. E continuou:
– Quando eu falo é da história. Não estou falando de lugar de fala, estou falando da história de luta que ele não tem – afirmou o jornalista, repetindo o discurso branco, histórico, de reduzir qualquer negro que tente se impor a partir da cor da pele.
Marcelo Vieira contrapos o argumento com um raciocínio lógico:
– O argumento está errado: [a história] não serve pro preto, mas serve pro branco? É uma lógica equivocada: um preto não vota em um cara que é preto por que ele não tem essa raiz, mas vota no Braide que não tem e nunca terá legitimidade alguma com o preto? Uma lógica que não serve pro preto, mas serve por branco?!? “Ah, ele não tem história, ele não tem legitimidade!” E o branco tem? E Braide tem? e Duarte tem? –apontou Marcelo Vieira, em um argumento que deveria ser usado em todo o debate eleitoral, em todos os níveis, em todos os aspectos.
Fábio Câmara e Weverton Rocha: um preto que quer levar a cor para o debate eleitoral e outro que entende ser isso um mero detalhe…
Mas, à exceção de Marcelo, deste blog Marco Aurélio d’Eça (Relembre aqui, aqui, aqui e aqui) e de outros pontos brancos em São Luís – em todos os níveis – ninguém quer discutir o preto, ninguém quer dar espaço pro preto, ninguém quer saber quem é preto; e esse “empurra-pra-debaixo-do-tapete” acaba influenciando os próprios negros, sobretudo os que conseguem ocupar um espaço e são impelidos ao capacitismo, a achar que conseguiram por seus próprios méritos e isso basta.
O próprio Weverton Rocha – hoje no Senado, espaço de brancos, com os quais convive diariamente – acha que o debate sobre preto “é só um detalhe” e que Fábio precisa debater é a cidade.
Não, senador! Não é só um detalhe! É o principal detalhe na campanha de Fábio Câmara. Sim, Fábio Câmara é preto, senador! Como o senhor!
O debate sobre a cidade já é inerente à disputa pela prefeitura, e todos apresentam suas propostas em documento; o que precisa ser discutido são exatamente os detalhes de cada candidatura, o por que votar em candidato A ou B. Isso é o que importa, Weverton
Sim! Fábio Câmara é preto! Ele é um candidato preto a prefeito de São Luís. Ponto.
Tentar desqualificar sua condição de cor com a justificativa de que ele não tem legitimidade para representar o povo preto, é tentar por os negros novamente em uma jaula; especificamente nesta eleição, se Fábio Câmara não tem legitimidade para representar o povo preto – que chega a quase 80% do eleitorado – então o negro estará fora do debate eleitoral.
Afinal, se Fábio Câmara não tem história com negros, sendo negro, quem terá? Os brancos cisgênero-hetero-padrão e privilegiados Eduardo Braide e Duarte Júnior, como levantou Marcelo Vieira?
Este é o debate que Fábio Câmara precisa trazer para a cidade de São Luís, que nunca elegeu um prefeito preto em seus 412 anos.
Em ensaio crítico-poético, professor Alan Ramalho descreve como o pré-candidato do PDT a prefeito de São Luís, Fábio Câmara, utiliza o símbolo do seu partido para levantar a bandeira contra a violência – política, de intolerância, social, de gênero e, sobretudo, de raça – numa campanha em que o poder econômico e a estrutura de poder têm violentado os direitos mais básicos do cidadão mais oprimido
Nada é mais simbólica para a mulher do que a rosa: sensibilidade, pureza, delicadeza e fragilidade que se faz força na adversidade
Ensaio
Experiente executivo do setor público e privado, o professor especialista em marketing eleitoral Alan Ramalho conhece como poucos as entranhas do poder e suas deformações na negação dos direitos mais básicos do cidadão; deste ponto de vista, ele, que também é coach, descreve a rosa usada pelo pré-candidato do PDT a prefeito de São Luís, Fábio Câmara, como contraponto às ações dos dois outros principais candidatos já em campo na pré-campanha, Eduardo Braide (PSD) e Duarte Júnior (PSB), focadas na exibição de poder e na força das estruturas políticas.
– O pré-candidato do PDT sai na frente e destaca-se ao adotar uma analogia poética, utilizando a rosa como metáfora para abordar os desafios sociais prementes, como pobreza, criminalidade, racismo, intolerância e violência contra a mulher – diz Ramalho, falando da marca que Fábio Câmara adotou em sua trajetória de candidato.
A rosa do PDT simboliza, sobretudo, a luta contra violência:
Porque a intolerãncia religiosa é violência;
A pobreza e o abandono social são violências;
Racismo, feminicídio, homofobia e sexismo também são violências.
– Assim como a rosa enfrenta espinhos para florescer, o pré-candidato acredita que a sociedade pode superar seus desafios, desde que haja comprometimento e esforço coletivo; o pré-candidato associa a pobreza aos espinhos que, apesar de representarem dificuldades, são superáveis. Sua fala é forte e propositiva, quando inclui políticas que visam criar oportunidades para comunidades carentes, promovendo o florescimento de potenciais muitas vezes negligenciados –afirmou o professor Alan Ramalho, no texto que leva o título deste post. (Leia a íntegra aqui)
A rosa vermelha encarnada em campanha por Fábio Câmara representa a mulher, mas também a luta contra a violência, o abandono e o racismo
– A pré-campanha destaca-se contundentemente, pelo ponto de vista assertivo e direto e propostas concretas para erradicar esse grave problema social: violência contra a mulher – diz o professor; e nenhum ser se identifica melhor com a mulher do que a rosa, que Câmara utiliza para criar uma cultura de respeito e igualdade de gênero.
A Rosa do PDT representa a mulher lavradora da zona rural;
A rosa pedetista representa a mãe solteira nos sinais em busca de um porvir;
a rosa encarnada por Fábio Câmara representa a mulher agredida e ameaçada diariamente;
A rosa que chegou à pré-campanha representa a busca de uma sociedade mais justa, igualitária e protetora.
– A rosa multicolorida simboliza a diversidade racial. O pré-candidato destaca fortemente a importância de combater o racismo, promovendo políticas inclusivas que reconheçam e celebrem a pluralidade étnica da sociedade, sobretudo em nossa capital, tão etnicamente preta –diz o autor do texto, abrindo, mais uma vez o debate sobre o negro na disputa pela prefeitura.
Debate que os racistas, os supremacistas, os arianistas – e apenas eles – detestam ter que tratar na política.
Mas será este o tema principal do candidato do PDT…
Em discurso de despedida na Assembleia Legislativa – de onde sai para assumir a Secretaria da Mulher – deputada estadual diz que a imagem com “exposição de pessoas queridas” foi “equivocada em todos os sentidos”
Abigail foi à tribuna da Assembleia para se despedir dos colegas e pedir desculpas por postagem equivocada e racista
A deputada estadual Abigail Cunha (PL) admitiu nesta terça-feira, 7, que a postagem em suas redes sociais, em que aparece ao lado de duas empregadas domésticas de sua casa foi “equivocada em todos os sentidos”.
– Mais do que isso: acabei por expor duas pessoas que convivem comigo. Peço humildemente e publicamente sinceras desculpas a elas e a todos – discursou a parlamentar, ao se despedir da Assembleia Legislativa para assumir a Secretaria da Mulher.
A própria parlamentar reconheceu a sua ingenuidade ao tratar de questões polêmicas – como as causas da mulher, o racismo e o preconceito – ao admitir na tribuna que só conseguiu entender o erro após conversar com uma antropóloga.
– Eu via a foto e não conseguia ver onde errei; uma conversa antropóloga me acolheu e me fez entender a gravidade daquela postagem. A partir de agora me coloco ainda mais à disposição no combate ao racismo – disse a parlamentar.
Desde o episódio, Abigail enfrenta resistências para assumir a Secretaria da Mulher; entidades cobram a sua exoneração na semana de comemoração ao Dia Internacional da Mulher.
Deputada estadual que foi empossada pelo governador Carlos Brandão no último sábado, 4, não tem histórico de militância nas lutas das mulheres e se expôs nas redes sociais com postagem racista e classicista; Nota de Repúdio é assinada por mais de 50 entidades ligadas à causa da mulher
Abigail com suas empregadas negras expostas por ela nas redes sociais: “donas de minha casa”, justificou
O Fórum Maranhense de Mulheres reuniu 50 entidades ligadas à causa feminina em uma Nota de Repúdio contra a nomeação da deputada estadual Abigail Cunha, para a Secretaria da Mulher no governo Carlos Brandão (PSB).
De acordo com as entidades, Abigail não tem qualquer histórico de lutas em favor da causa das mulheres.
Abigail foi nomeada na Secretaria da Mulher para abrir vaga na Assembleia ao suplente Pará Figueiredo (PL), filho do desembargador José Joaquim Figueiredo.
Criticada pelas entidades desde que teve o nome ventilado para a pasta, a deputada de Barra do Corda criou ainda mais polêmica quando decidiu publicar em suas redes sociais foto ao lado de suas empregadas domésticas, para tentar mostrar que gosta das mulheres negras porque que elas trabalham em sua casa.
– Com a indicação da deputada Abigail Cunha, o Maranhão parece estar fazendo o caminho inverso, ao permitir que o órgão responsável pelas políticas públicas para mulheres ora seja tratado como secretaria meramente decorativa – diz a Nota do Fórum de Mulheres.
Abigail também foi criticada nacionalmente pela postagem da foto com suas empregadas domésticas.
Ela apagou a postagem nas rede sociais logo após a repercussão negativa…
Veja abaixo a nota do Fórum Maranhense de Mulheres:
Na tentativa de se defender do que ela chamou de acusações infundadas, deputada estadual postou foto ao lado das suas duas funcionárias domésticas, chamando-as de “donas da minha casa”, numa defesa totalmente ingênua, desnecessária e que soou ainda mais preconceituosa
A deputada estadual Abigail Cunha (PL) expôs-se desnecessariamente nesta quinta-feira, 2, em redes sociais do Maranhão; e expôs também as próprias empregadas domésticas de sua casa.
A parlamentar reclamou que havia sido acusada de não gostar de mulheres negras; para se defender, postou foto ao lado das suas empregadas, dizendo que elas “são as donas de minha casa”.
A exposição gratuita das duas funcionárias acabou por soar ingênuo, mas ainda ruim, por expor o preconceito estrutural da sociedade brasileira.
Afinal, se ninguém tinha ouvido falar das tais acusações de preconceito contra a parlamentar, ela se expôs gratuitamente por achar que o fato de contratar mulheres pretas a faz gostar de mulheres pretas.
– “ah, eu não tenho nada contra pretos. Tenho até amigos pretos”.
– “como é que eu sou racista se tenho funcionárias negras?”.
Estas são algumas das clássicas respostas para quem é pego em flagrante num crime de injúria racial ou racismo puro e simples.
Não há nenhum dado público que aponte para qualquer tipo de preconceito por parte da deputada Abigail Cunha; mas a sua tentativa de responder a alguma provocação que ela tenha ouvido, acabou por expor seu desconhecimento das causas sociais, raciais e de gênero.
Na mesma quinta-feira, 2, em que expôs suas empregadas negras em redes sociais, Abgail recebeu a nomeação do governador Carlos Brandão (PSB).
Zé Inácio foi à comunidade Frechal, em Mirinzal, declarar apoio e continuação da luta que sempre manteve em favor das comunidades tradicionais no Maranhão, as mesmas que o governador-tampão indicou ser obrigado a conviver com elas
Zé Inácio ao lado de líder quilombola de Frechal: “valorização do povo negro no Maranhão e no país”, prega parlamentar
Dias depois de o governador-tampão Carlos Brandão (PSB) indicar ao portal imirante.com sentir obrigado a conviver com as comunidades tradicionais quilombolas, o deputado estadual Zé Inácio (PT) visitou a primeira dessas comunidades certificadas no país, no município de Mirinzal.
– Viemos aqui, na comunidade Frechal, para reafirmar nosso compromisso com as comunidades tradicionais; precisamos ter políticas públicas de valorização do povo negro no Brasil e no Maranhão – reafirmou Zé Inácio.
A comunidade do quilombo do Frechal é a primeira do país a recebe o certificado de comunidade tradicional.
O povo vem sendo desassistido pelo governo comunista de Flávio Dino,
Vereador de São Luís criticou a fala racista do governador-tampão Carlos Brandão, que, durante sabatina do imirante.com, mostrou sentir-se obrigado em ter que conviver com negros quilombolas, fazendo declarações que repercutiram negativamente em todo o país
Na avaliação de Fábio Câmara Carlos Brandão deu a entender que os pretos não são seres humanos, ao estabelecer que “a gente precisa conviver com eles”
O vereador e candidato a deputado federal Fábio Câmara (PDT) criticou a fala racista do governador-tampão Carlos Brandão (PSB) sobre as comunidades tradicionais quilombolas.
– “A gente tem que conviver com eles” quem, governador Carlos Brandão? Nós, pretos, quilombolas, precisamos da aceitação de alguém para conviver na sociedade? Tenha respeito pelas comunidades que vivem no Maranhão, governador – desabafou o vereador.
Além de demonstrar desconhecimento da cultura e miscigenação do Brasil, a fala de Brandão foi preconceituosa, e repercutiu em toda a mídia nacional.
Ele tem evitado falar do assunto, mas recusa-se a pedir desculpas aos negros.
Governador- tampão, que declarou ao site Imirante.com ser obrigado a conviver com os negros das comunidades quilombolas, foi abordado por jornalistas no interior, mas ficou em silêncio, sem ao menos um pedido de desculpas à população
Despreparado, Brandão não sabe nem como se desculpar por fala racista contra negros de comunidades quilombolas
O governador-tampão Carlos Brandão (PSB) não consegue, sequer, desculpar-se por ter dito em entrevista no imirante.com sentir-se obrigado a ter que conviver com as comunidades quilombolas.
Abordado por jornalista nesta terça-feira, 16, durante agenda de campanha, Brandão ficou constrangido ao ser perguntado pelos jornalista o site Ilha Rebelde sobre a fala racistas; e ficou em silêncio.
A fala de Brandão ganhou repercussão nacional em sites e portais de revistas e jornais de grande circulação
O governador poderia simplesmente pedir desculpas aos negros quilombolas e à toda a sociedade, mas preferiu calar-se.
Desta vez, pelo menos, não mandou seus seguranças afastarem truculentamente os jornalistas, como tem sido cada vez mais frequente no interior.
Mas ficou a prova de que ele não sabe, sequer, o que dizer aos maranhenses…