Quem acompanhou do ponto-de-vista político a reunião da Comissão Bipartite, hoje, na Assembléia Legislativa, pôde perceber um detalhe importante: apenas os deputados do chamado blocão, liderado por Manoel Ribeiro (PTB), participaram do evento, presidido pelo secretário de Saúde, Ricardo Murad.
Por lá foram vistos o próprio Ribeiro, além de Magno Bacelar (PV), Stênio Rezende (PMDB), Doutor Pádua (PP) e alguns membros da oposição, como Cleide Coutinho (PSB) e Valéria Macêdo (PDT), todos citados nominalmente por Murad.
Apenas os líderes do bloquinho – Eduardo Braide e Rogério Cafeteira (ambos do PMN) – foram vistos no recinto, que reuniu centenas de prefeitos maranhenses.
Em conversa com deputados de ambos os lados, o blog compreendeu o fato como mais uma faceta do racha velado que existe na bancada governista na Assembléia Legislativa.
Os líderes do blocão não engolem o bloquinho desde a eleição da Mesa Diretora da Casa, que resultou na vitória de Arnaldo Melo (PMDB) – e dizem reproduzir sentimento idêntico manifestado pela própria governadora Roseana Sarney (PMDB).
Em contrapartida, o bloquinho se sente alijado das discussões de governo, reclama não ter acesso à governadora e também se une, até como forma de manter a força diante da pressão.
Para completar, Manoel Ribeiro e Carlos Alberto Milhomem (DEM) defendem a unificação da bancada governista, com o blocão incorporando o bloquinho.
Para eles, não há necessidade de dois blocos distintos defendendo os mesmos objetivos.
Mas tudo é velado, apenas murmurante, limitado aos bastidores.
Publicamente, para fotos, tudo parece às mil maralavilhas…