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Novo comandante da PM pode sofrer boicote por ser um “não-combatente”…

Não oriundo da Academia de Polícia, coronel José Frederico Gomes Pereira chegou à PM como R2 do Exército, o que é mal visto pela tropa

 

Coronel Pereira: R2 no comando da PMMA

Coronel Pereira: R2 no comando da PMMA

Se acertou em exonerar o coronel  Alves do comando da PMMA, o governo Flávio Dino (PCdoB) pode dar um tiro no pé com a nomeação de seu substituto.

Alçado ao posto maior da polícia, o coronel José Frederico Gomes Pereira é visto na tropa como um não-combatente, nomenclatura que os PMs usam para designar os chamados R2, oficiais que entraram na corporação sem fazer concurso e sem passar pela Academia de Polícia.

Os R2 são o chamados oficiais temporários do Exército: jovens que, ao prestar serviço militar, entram não como recruta, mas no Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva.

A partir daí, eles ganham patente de oficial, mas com prazo de validade de quatro anos e meio.

Até o início da década de 90, esses oficiais temporários do Exército tinham uma espécie de janela para entrar na Polícia Militar. Muitos aproveitaram esta janela e se tornaram oficiais PM sem prestar concurso e sem passar pela Academia.

Coronel Pereira é um desses. 

Mas os R2 não são bem vistos na própria tropa, que os classifica de não-combatentes por que não fizeram o treinamento específico da PM.

Tanto que há até ações judiciais para tentar afastá-los da corporação…