Vice-governador tenta envolver o partido em sua temporada no Palácio dos Leões, mas não encontra respaldo entre os correligionários, que consideram inviável a permanência no palanque de Dino em 2018
Brandão com Aécio, Dino e os tucanos maranhenses: cada um com projeto diferente…
O governador em exercício Carlos Brandão é um homem isolado no PSDB maranhense. Apenas ele ainda alimenta a esperança de o partido estar na chapa do governador Flávio Dino nas eleições de 2018.
Nenhum outro tucano maranhense cogita esta possibilidade.
Este isolamento pode explicar a tentativa de Brandão de vender, logo que assumiu o bastão das mãos de Dino, a informação de que “o PSDB assume o governo do Maranhão”. O vice-governador quer passar a ideia de que sua passagem de 15 dias pelo governo é também a passagem do PSDB.
Mas não é.
Até agora, conseguiu atrair para fotos no palácio apenas o ex-prefeito de Ribamar, Luís Fernando Silva, cristão novo no PSDB e sem muita influência política no partido.
Tucanos de todas as plumagens no Maranhão sentem-se menosprezados no governo Flávio Dino, e só não abrem o bico por que há um pacto de silêncio com o próprio vice, admitido, inclusive, pelo suplente de senador Pinto Itamaraty, em entrevista ao jornal O EstadoMaranhão, segunda-feira, 4.
Mas os membros do partido querem outros voos em 2018.
Quem conversa com o deputado federal João Castelo, por exemplo, ouve de tudo, menos honrarias ao vice-governador, que ele considera desnecessariamente submisso e subserviente ao governo comunista. Castelo é hoje o principal contraponto de Brandão entre os tucanos maranhenses, numa queda-de-braço que passa também pelas eleições de 2016.
Ao lado do prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, João Castelo quer marcar posição para garantir que o PSDB obtenha uma das vagas de candidato a senador nas eleições gerais de daqui a dois anos.
Brandão, por outro lado, só pensa em se manter como vice-governador.
Diante deste racha interno, o agora governador em exercício quer tentar envolver o partido em sua passagem meteórica pelo Palácio dos Leões.
E quer gerar pelo menos um fato ao lado dos correligionários neste período.
Mas não conta com a boa vontade dos demais tucanos…
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