“Bora vacinar pobre”, prega Yglésio nas redes sociais…

Deputado estadual, que é médico, diz que é preciso segurar a priorização de categorias profissionais; e justifica: “vamos lutar para os que têm mais chances de morrer tenham mais chances de viver”

 

Dr. Yglésio mostra indignação com os fura-fila que se aproveitam de terem prerrogativas profissionais, mesmo sem estar na linha de frente de serviços essenciais

O deputado estadual Dr. Yglésio (PROS) defendeu na manhã desta terça-feira, 1, a vacinação imediata de pessoas com maior vulnerabilidade social, no lugar de se priorizar categorias profissionais.

– Bora vacinar pobres, bora vacinar pobres, bora vacinar pobres – pregou ele, em suas redes sociais.

Em conversa com o titular do blog Marco Aurélio D’Eça, Ygl´[esio, que é médico, disse que ficou indignado ao ver que alguns políticos se utilizam dessas prioridades para furar a fila da vacinação com gente que não está na linha de frente, mas se beneficia das prerrogativas profissionais.

– Quem está em serviço essencial já foi vacinado. O que não pode é se aproveitar de um decreto para vacinar gente que está em casa apenas por ter diploma de profissão A ou de B – explicou.

Na avaliação do parlamentar, é preciso vacinar os mais pobres por que estes tês mais riscos de não sobreviver quando contaminados pela CoVIdf-19.

– Vamos lutar para os que têm mais chances de morrer tenham mais chances de viver – concluiu o deputados, nos posts de suas redes sociais.

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E os sem-prioridade? Quando voltarão a ser vacinados?

Enquanto autoridades e políticos enchem a agenda de vacinação com uma série de categorias para furar a fila da vacina, pessoas saudáveis e ativas no mercado de trabalho – com até 59 anos – vão ficando para trás, expostas ao coronavírus; mas elas também correm risco de morrer

 

Milhares de cidadãos adultos com idade até 60 anos estão excluídos das listas de vacinação contra a CoVID-19

Editorial

O ativismo político de autoridades públicas em defesa de classes sociais e categorias profissionais incluídas na lista de prioridades da vacinação contra o coronavírus está causando uma injustiça social no Maranhão.

Pessoas com até 59 anos, relativamente saudáveis e ativas no mercado de trabalho estão expostas ao coronavírus sem nenhuma perspectiva de vacinação; apenas pelo fato de serem relativamente saudáveis e ativas no mercado de trabalho.

São homens e mulheres excluídos da lista de prioridades por não apresentar comorbidades, não fazer parte de nenhuma categoria beneficiada com o fura-fila e não estar em nenhum grupo profissional considerado de risco.

Mas estas pessoas também morrem de CoVID-19.

Desde que começaram as prioridades, a vacinação dessas “pessoas comuns” parou entre os com idade acima de 60 anos.

Na semana passada, a Prefeitura de São Luís até abriu cadastro para homens e mulheres com idade entre 55 e 59 anos, mas sem previsão de vacinação, uma vez que a lista de prioridades só aumenta.

Enquanto não são vacinados, milhares de cidadãos vão e vêm todos os dias para o trabalho, correndo os mesmos riscos  de todos no contato com a CoVID-19.

Mas estão esquecidos pelas autoridades apenas pelo fato de serem “comuns”…