Com novos prazos eleitorais apresentadores podem voltar ao ar…

Afastados desde o dia 30 de junho, com base no antigo prazo, jornalistas, radialistas e apresentadores que são candidatos às eleições poderão ficar por mais 40 dias em seus programas, de acordo com a Emenda Constitucional nº 107, que adiou o primeiro turno para novembro

 

Profissionais de imprensa que já estavam fora do ar poderão voltar aos microfones, de acordo com interesse das emissoras de rádio e TV

Jornalistas, radialistas e apresentadores de rádio, TV e publicidade que são candidatos às eleições de outubro poderão estender seus contratos pelo menos até o dia 10 de agosto.

Esses profissionais de mídia tiveram que se despedir do público na última terçã-feira, 30, com base no prazo antigo, quando as eleições estavam marcadas para 4 de outubro.

Mas o Congresso Nacional aprovou esta semana o adiamento do primeiro turno para 15 de novembro, o que altera também os demais prazos legais da campanha, incluindo o afastamento desses profissionais.

Em São Luís, pelo menos um dos candidatos a prefeito – Jeisael Marx (Rede) – é profissional de imprensa, e já havia se afastado do posto na TV Band e na Mais FM, como o blog Marco Aurélio D’Eça informou. (Relembre aqui)

Entre os candidatos a vereador estão os jornalistas e radialistas Batista Matos e André Martins, que também poderão continuar por mais 40 dias em seus programas.

Para isso, os profissionais terão que conversar com as emissoras…

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Eduardo Braide pode reunir maior coligação em São Luís

Já fechado com o PSD e com o PMN, candidato do Podemos articula ainda o apoio de PL, Avante, PSL e PSDB, o que pode dar a ele aliança capaz de garantir a vitória ainda em primeiro turno

 

Eduardo Braide segue com forte apoio popular; e monta forte coligação que pode garantir a vitória em primeiro turno

Favorito nas eleições de outubro em São Luís, o deputado federal Eduardo Braide (Podemos) pode ter também uma das principais coligações, reunindo nada menos que sete partidos – e garantindo um dos maiores tempos na propaganda eleitoral.

Nesta segunda-feira, 17, o candidato fechou apoio do PSD; mas trabalha ainda aliança com PL, PSL, Avante e com o PSDB, o que garantiria uma das maiores coligações.

Para efeito de comparação, o secretário Rubens Pereira (PCdoB) tenta, até agora, conquistar o apoio do PP e do PT; Neto Evangelista (DEM), conversa com PDT e com o PTB, e Duarte Júnior (Republicanos) busca apoio do Cidadania.

Ao contrário de 2016 – quando entrou desacreditado na disputa e chegou, sozinho, ao segundo turno – Braide entra em 2020 como favorito e a bordo de uma forte coligação.

O que pode ser fundamental para uma eventual vitória em primeiro turno…

Flávio Dino a um passo de ganhar em primeiro turno…

Fraco desempenho do tucano Roberto Rocha – apesar da gigantesca estrutura de campanha – aliada à força do uso aberto do governo ampliam a possibilidade de vitória comunista em 7 de outubro; Roseana e Maura Jorge fazem os seus papeis e podem desequilibrar o jogo nos últimos 15 dias de campanha

 

Flávio Dino está próximo de garantir mais quatro anos à frente do Palácio dos Leões; apenas Roseana e Maura Jorge ainda mostram forças para impedi-lo

Editorial

A pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira, 19, encerrou três verdades sobre o atual processo eleitoral maranhense.

A primeira delas: o senador João Alberto de Souza (MDB) explicava, assim, o favoritismo dos governadores em reeleição, qualquer que seja ele: “esses leões do Palácio são imbatíveis”.

De fato, o uso aberto da estrutura de governo pelo comunista Flávio Dino tem ampliado suas chances de vencer a eleição no primeiro turno.

Roberto Rocha demonstra a mesma falta de carisma do seu candidato presidencial Geraldo Alckmin: discurso burocrático e pouca empatia popular travam o desempenho tucano

A segunda verdade é o total desligamento da dita capacidade administrativa e do tido preparo do senador Roberto Rocha (PSDB) com o carisma e a capacidade de conseguir votos pela própria força pessoal.

O fraquíssimo desempenho eleitoral do senador tucano – agora com apenas 2% de intenções de voto – acaba dando razão aos seus críticos.

Para  esses críticos, Rocha só é capaz de se eleger montado no carisma de outros, assim como foi em 2006, com Jackson Lago e José Reinaldo; e  em 2014, com o próprio Flávio Dino.

Mas tem que se levar em conta, também, o momento familiar difícil do senador, que o faz dividir a campanha com a tarefa de cuidar do filho em São Paulo.

Sem dúvida uma dupla batalha.

A terceira verdade que a pesquisa Ibope encerra é o fato de que, apenas as mulheres Roseana Sarney (MDB) e Maura Jorge (PSL), têm condições de impedir a vitória de Dino em primeiro turno.

A força pessoal incontestável de Roseana a faz poderosa mesmo diante dos “Leões”; foco no legado pode fazer a diferença na reta final

Roseana tem mostrado sua força eleitoral própria, mesmo disputando contra um máquina na qual ela mesma já esteve à frente e conhece a força descomunal. E consegue, mesmo assim, polarizar a disputa contra os “leões do Palácio” apontados por João Alberto.

Maura Jorge, por sua vez, já alcançou 5% das intenções de voto, mesmo praticamente fora da propaganda eleitoral.

A ex-prefeita de Lago da Pedra mostra que, com a estrutura comandada por Roberto Rocha, iria muito mais longe do que o próprio tucano, a quem já superou, aliás, na corrida.

Carismática e corajosa, Maura Jorge é um dos candidatos que podem comemorar a pesquisa Ibope: isolada e sem tempo de TV, superou o poderoso PDSB e já ocupa o terceiro lugar

Roseana e Maura Jorge têm praticamente 15 dias para tirar votos de Flávio Dino, contrapondo seu governo, no caso da ex-governadora, ou apostando na força eleitoral de Jair Bolsonaro, no caso de Maura.

A Roberto Rocha, com um excelente tempo de TV – pouco ou nada aproveitado – cabe garantir, ao menos, um saldo eleitoral honrado.

Só isso evitará que saia menor do que entrou da disputa.

É simples assim…

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O fator Roseana…

Presença da ex-governadora na campanha altera drasticamente o cenário eleitoral no Maranhão e mesmo os adversários – incluindo Flávio Dino – sabem que a disputa com ela é outra

 

Roseana é o principal nome na disputa pelo Governo do Estado, incluindo a oposição e o próprio atual governo

A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) é o ponto de desequilíbrio na disputa pelo governo do Maranhão.

Sempre que ela aparece, manifesta o desejo de concorrer ou faz alguma ação que leve à interpretação de que ela estará no páreo, o cenário político altera-se drasticamente.

Para os adversários que fazem oposição a Flávio Dino, Roseana é a garantia de que haverá segundo turno no Maranhão.

E isso também incomoda o próprio Flávio Dino, que sonha em vencer a disputa logo em primeiro turno.

Falta ainda quase 90 dias para o fim do prazo das convenções que definirão os candidatos nas eleições de outubro; e até lá, Roseana continuará agindo da mesma forma, com suas idas e vindas em relação à candidatura.

Para desespero dos seus adversários.

Principalmente de Flávio Dino…

3

Fábio Câmara, um vencedor…

Vereador lutou contra o preconceito no próprio partido, enfrentou a desconfiança gerada contra ele por seus próprios aliados e, mesmo assim, transformou-se na sensação da campanha eleitoral, alcançando quase 20 mil votos na capital maranhense

 

Momentos de Fábio Câmara na campanha viraram marcas em seu perfil no facebook

Momentos de Fábio Câmara na campanha viraram marcas em seu perfil no facebook

Por qualquer ângulo que se olhe, o vereador Fábio Câmara (PMDB) foi um vencedor nestas eleições municipais de São Luís.

A primeira vitória ele obteve ao conseguir derrotar os caciques do PMDB – que jogaram claramente contra a sua candidatura – e se impôs como candidato a prefeito.

A segunda vitória se deu ao conseguir fazer sua campanha do início ao fim, mesmo com os líderes da sau legenda virando-lhe as costas.

Fábio foi vencedor também no horário eleitoral, ao usar o pouco tempo de que dispunha de forma criativa, gerando as principais repercussões da campanha eletrônica durante todo o primeiro turno.

Outra vitória de Fábio Câmara foi mostrar-se preparado para o debate eleitoral, com propostas claras e argumentos simples para contrapor seus adversários.

Fábio Câmara conseguiu quase 20 mil votos nas eleições de São Luís, o que significa um aumento de quase 50% em relação à eleição de 2014, quando concorreu a deputado estadual.

Não chegou ao segundo turno, é verdade,

Mas marcou seu nome no imaginário eleitoral de São Luís.

E isso não é para qualquer um…

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A toque de caixa…

Asfaltamentos, chegada de ônibus,  obras em bairros e até concursos são usados pelo prefeito na reta final da campanha para tentar definir a eleição em primeiro turno; mas há quem perceba indícios de crime eleitoral nas ações de Edivaldo

 

Edivaldo tenta atropelar na reta final para tentar matar em primeiro turno, mas acaba cometendo crimes

Edivaldo tenta atropelar na reta final para tentar matar em primeiro turno, mas acaba cometendo crimes

O prefeito Edivaldo Júnior (PDT) decidiu usar todas as suas forças para tentar liquidar as eleições ainda no primeiro turno, apesar de as pesquisas apontarem uma impossibilidade nesse desejo.

E o uso da força gera, também, na avaliação dos adversários, abusos que podem resultar em ações eleitorais contra o pedetista.

Com o auxílio do governador Flávio Dino (PCdoB), Edivaldo tem implementado, a toque de caixa, asfaltamento em diversos bairros da periferia, algumas dessas obras sem o planejamento necessário a qualquer gestão, e levando em conta, sobretudo, a indicação de candidatos a vereador.

Às vésperas da eleição, o prefeito também anunciou concurso para profissionais da Educação, setor em que enfrenta forte resistência desde o início do seu mandato.

O concurso, como todas as ações de sua administração desde o início da campanha, ganhou todo o destaque na propaganda do prefeito e em setores da mídia alinhados à prefeitura.

Mas foi um flagrante registrado pelo candidato a vereador Paulo Roberto Pinto, o Carioca (PHS), o mais grave registro de possível crime eleitoral cometido na campanha do pedetista neste primeiro turno. Carioca gravou vídeo em plena avenida Daniel de LaTouche, em que ônibus comprados pelas empresas de São Luís desfilaram como sendo ação do prefeito Edivaldo.

À frente deles, carros de som da campanha do candidato Edivaldo, o que, por si só, já caracteriza suspeitas de abuso do poder político e econômico.

E ao que tudo indica, Edivaldo deve manter o ritmo até domingo, quando espera sair das urnas com a eleição garantida para mais quatro anos de mandato.

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão, com ilustração do blog
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A arriscada aposta de Edivaldo Júnior…

O prefeito tem dois motivo para criar a ideia de que pode vencer a eleição em primeiro turno: escapar de um confronto extremamente arriscado e livrar o PDT da inevitável tutela do governador Flávio Dino em um eventual segundo turno

 

Edivaldo Júnior: é vencer agora ou perder depois...

Edivaldo Júnior: é vencer agora ou perder depois…

A campanha do prefeito Edivaldo Júnior (PDT) iniciou uma operação kamikaze nesta reta final da eleição em São Luís.

A partir dos números do notório Instituto DataM, o pedetista tentar criar uma situação de que vai vencer a eleição em primeiro turno, de forma consagradora.

A ideia é construir este conceito na cabeça do eleitor, favorecer o voto útil e gerar o desânimo nos demais candidatos.

Há dois motivos para a arriscada aposta de Holandinha.

O primeiro é exatamente evitar o confronto direto com Wellington do Curso (PP), embate que se mostra de extremo risco para o prefeito; o segundo, é garantir ao PDT os louros da vitória, sem a necessidade de uma inevitável entrada do governador Flávio Dino (PCdoB) na campanha.

Mas a estratégia de Edivaldo se mostra de alto risco para ele próprio.

Se forçar a ideia de uma vitória em primeiro turno, criar mídia em torno desta situação e a vitória não se confirmar, o prefeito já entra derrotado no segundo turno.

Embora líder nas pesquisas de intenção de votos – ignorando-se, obviamente, o que é feito pelo DataM – o prefeito vive uma situação delicada.

Todos os institutos mostram que Edivaldo tende a perder a eleição para Wellington, sobretudo pela força crescente que o candidato do PP vem mostrando nesta reta final da campanha.

Por isto a estratégia de Edivaldo mostra-se kamikaze.

Por que é matar no primeiro ou morrer no segundo turno…