Tido como fiel da balança nas eleições de São Luís, tucanos se veem às voltas com a dificuldade de escolher entre um jovem promissor, mas tímido em relação à disputa, e um experiente político, já cacifado eleitoralmente, mas rejeitado e envolto em processos de toda sorte
O PSDB é tido por muitos analistas de política, como o fiel da balança em São Luís.
As alianças, certamente, só serão consolidadas lá na frente. Mas, todos buscam o partido, por sua força eleitoral e por seu tempo de TV. A orientação nacional, no entanto, é por candidatura própria, importante para o projeto 2018.
Entrar como vice de alguém, hoje, não está nos planos.
Aí está o dilema do PSDB: que nome lançar?
Analisando friamente, dois nomes se apresentam: o ex-prefeito e atual deputado federal João Castelo e o deputado estadual e atual secretário de desenvolvimento social Neto Evangelista.
Preferido pela maioria do partido, inclusive nacionalmente, Neto segue secretário, sem voltar suas forças para a disputa junto ao eleitorado. Nem mesmo se disse pré-candidato até agora.
Talvez por isso, apesar da rejeição zero, tenha pontuado timidamente na última pesquisa Escutec, divulgada pelo PMDB.
Do outro lado está João Castelo, pontuando sempre entre 14 e 16% na intenção de votos, mas, com alta rejeição, que tende a aumentar ao longo do debate.
O partido não parece seguro em lançar novamente o nome Castelo, condenado ano passado por improbidade administrativa, em sentença que determinava também a perda dos seus direitos políticos, com base na Lei da Ficha Limpa.
Em um tempo em que o povo vai às ruas pedindo, acima de tudo, responsabilidade e honestidade na condução da gestão pública, Castelo parece estar na contramão da imagem que o PSDB precisa trabalhar.
Neto Evangelista seria, então, o caminho mais lógico e sólido para um projeto de poder, não apenas para agora, para o futuro tucano.
Basta agora, sua entrada definitiva na disputa…