1

Sem projetos próprios e com personalidade pouco vigorosa, Brandão mostra fragilidades na campanha

Apático, sem energia, sem marca e sem nenhum programa ou ação que caracterize sua própria gestão, governador-tampão não consegue, sequer, reagir com firmeza aos adversários, que o classificam como “figura meramente decorativa” no projeto de poder encabeçado pelo comunista Flávio Dino

Mero retrato nas mãos de Flávio Dino, sem personalidade própria e sem energia para os embates da campanha, Carlos Brandão reforça a imagem de figura meramente decorativa

Opinião

Com personalidade morna, o governador-tampão Carlos Brandão (PSB) parece o nome ideal para suceder, sem ofuscar, ao comunista Flávio Dino (PSB); mas seria isso suficiente para garantir sua reeleição para o governo do Maranhão?

Parece que não.

Oscilando entre um continuísmo literal a Flávio Dino e o flerte com a volta ao passado – demonstrada na sua montagem de governo e na aliança com o grupo Sarney – Brandão ainda não conseguiu agradar o eleitor.

A sua principal fragilidade é a falta de uma personalidade própria.

Em seu programa eleitoral e suas falas, o tampão só apresenta feitos de Flávio Dino como sendo seus; mas não convence, já que nos últimos sete anos foi pouco presente.

A imagem de submissão é tão forte que seu ex-colega de governo Simplício Araújo (Solidariedade) o definiu publicamente durante debate do imirante como “figura meramente decorativa no governo Flávio Dino”.

A absoluta dependência de Brandão foi demonstrada pelo blog Marco Aurélio d’Eça ainda em maio, no post “Flávio Dino não desencarna do governo e transforma Brandão cada vez mais em poste…”

De lá para cá, a situação só piorou.

A capacidade de gestor do governador-tampão também é colocada em dúvida pela ausência de uma marca do seu governo.

Até o momento, Brandão não apresentou nenhum novo programa ou novas ideias, apenas inaugurou obras deixadas prontas por Dino. Fala apenas em continuar tudo como está; nada de avanços, nem melhorias.

Chamado no debate do Imirante de “governador tampão” e “figura decorativa”, Brandão sequer conseguiu demonstrar uma indignação vigorosa contra as alcunhas dadas a ele pelos adversários.

Reagiu com a mesma apatia que vem apresentando em suas falas no programa, onde com muita maquiagem e pouca energia, não transmite a confiança de que será capaz de administrar um estado tão grande e tão cheio de problemas a serem enfrentados.

Como é o caso do Maranhão…

3

Brandão mostra complexo de inferioridade e incomoda-se com o termo “governador-tampão”

Embora expressão seja tecnicamente correta para designar a função atual do chefe do Executivo maranhense, candidato de Flávio Dino sente-se diminuído e tenta censurar a imprensa de usar a designação, que ele mesmo considera transformá-lo em mero preposto do comunista

 

Assumidamente preposto de Flávio Dino, Brandão sente-se diminuído com a expressão “governador-tampão”, termo técnico para designar seu mandato interino

O governador-tampão Carlos Brandão (PSB) mostrou forte incômodo, em ação na Justiça Eleitoral, com o termo “governador-tampão” usado primeiramente no blog Marco Aurélio d’Eça e hoje senso comum em toda a imprensa.

Em ação de censura na Justiça Eleitoral para impedir o uso da expressão, o próprio Brandão confessou sentir-se diminuído ao ser colocado como mero substituto temporário do ex-governador Flávio Dino (PSB), o que ele, de fato, é.

Na ação judicial, os advogados do governador reconhecem que ele está no cargo apenas para “tampar uma lacuna”, tendo em vista a vacância do cargo de Flávio Dino, que renunciou em 1º de abril.

O termo “tampão” é amplamente usado em todo o país para designar exatamente os casos em que Brandão se enquadra: o de um substituto interino, que vai apenas completar o mandato iniciado por outro.

Tanto que a juíza Camilla Rose Ewerton Ferro Ramos decidiu ensinar a Brandão e a seus advogados que não há nada de errado em ele ser tratado de governador-tampão.

– O fato de o jornalista utilizar a expressão governador-tampão não desabona o pré-candidato Carlos Brandão, vez que ele realmente assumiu o cargo para complementar o mandato do seu antecessor, Flávio Dino, sendo essa a palavra amplamente utilizada – explicou a juíza eleitoral.

Assumidamente preposto de Flávio Dino, o que Carlos Brandão precisa é superar o complexo de inferioridade; e respeitar o seu próprio período de interinidade no mandato.

Seja ou não reeleito para novo mandato, legitimamente seu…

4

Flávio Dino não desencarna do governo e transforma Brandão cada vez mais em poste

Quase sessenta dias depois de deixar o comando do estado, comunista ainda age como se mandasse no Palácio dos Leões, e diminui a figura do governador-tampão, que, curiosamente, parece mesmo depender das ações do padrinho

 

Até agora Brandão continua sendo um mero retrato nas mãos de Flávio Dino, que controla tanto a agenda de campanha quanto a de governo

Ensaio

Afastado do governo há quase 60 dias, o comunosocialista Flávio Dino ainda não conseguiu desencarnar do cargo; suas ações entre aliados ainda é a de chefe, que chega a dar ordens ao próprio Brandão, em alguns momentos.

Flávio Dino age como se governador ainda fosse e diminui ainda mais a figura do governador-tampão, já transformado em poste pelo próprio Dino na pré-campanha. 

O recente programa do PSB no horário partidário reforçou ainda mais a condição subalterna de Brandão; o eterno vice aparece sempre depois da fala de Flávio Dino, como se fosse um mero preposto das ações do governo anterior.

Pior: o próprio Brandão parece aceitar este papel de poste por que depende de Flávio Dino para se viabilizar em um eventual segundo turno; o tampão carece da força eleitoral de Flávio Dino – ainda alta – mas pode morrer abraçado com o padrinho.

O tampão não consegue absorver os índices eleitorais do chefe, mas recebe todo o ônus do fracasso do governo comunista.

A partir de 2 de julho, Brandão deixa definitivamente o papel duplo de governador-candidato e fica proibido de agir em algumas situações como chefe de governo.

E é exatamente no momento em que Dino também não poderá mais agir por ele.

o ex-governador não poderá participar de eventos de campanha em nome do vice; não poderá, por exemplo, participar de debates no lugar de Brandão.

A própria campanha de senador tem restrições de participação no programa eleitoral; o coadjuvante, neste caso, será Dino e não o seu poste.

É neste ponto da campanha que tanto Dino quanto Brandão precisarão enfrentar a solidão da própria candidatura.

O comunista deverá perceber que não mais é ele o governador; e Brandão entenderá (?) que é ele quem precisa governar.

Neste momento, o tamanho dos dois – do dono e do poste – será medido mais claramente…