O projeto de Corredor Urbano da Prefeitura de São Luís, apresentado na Assembléia Legislativa pela deputada Gardênia Castelo (PSDB) é um claro contraponto ao projeto de Via Expressa, já em pleno andamento pelo Governo do Estado.
A própria Gardeninha reconheceu isso, quando tentou justificar que a Prefeitura passou 1 ano e 8 meses na elaboração do projeto:
– Não é uma avenida que liga uma coisa a outra. É um novo anel urbano, para que o trânsito possa fluir sem interrupções – afirmou.
O contraponto também foi percebido pelos colegas da deputada tucana.
O petista Bira do Pindaré, por exemplo, questionou:
– Por que a prefeitura está anunciando um projeto e o governo anuncia outro e ambos estão definidos para a mesma área? Vão construir duas vias expressas ou duas vias urbanas para ligar os mesmos pontos da cidade?
Neste ponto, Gardeninha explica que não são iguais. Mas torna evidente o desejo do confronto: “A prerrogativa de tratar das questões da cidade é da prefeitura. E é muito mais que uma via expressa”.
O deputado Roberto Costa (PMDB) entra no debate com as perguntas básicas: de quem são os recursos? Com quanto a prefeitura entrará?
É então que Gardeninha confessa: a prefeitura espera o dinheiro do PAC Mobilidade Urbana, e a contrapartida do município é de apenas 10%.
Tradução: o prefeito João Castelo (PSDB) passa quase dois anos elaborando um projeto e o anuncia com pompas, mas sem garantia alguma de que será efetivado, sobretudo por que o dinheiro não é da prefeitura. E sua filha vai tribuna da Assembléia com referências diretas a um projeto parecido, já iniciado pelo governo.
Projeto este que já está em fase de início das obras, com licitação preparada e recurso assegurado.
Como diz o ditado: muito ajuda quem não atrapalha…