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César Pires: “empréstimo para precatórios é enganação”

O deputado César Pires (PV) voltou afirmar, na sessão desta segunda-feira (15), que o projeto de lei 129/2019 – em que o governo Flávio Dino pede autorização para contrair empréstimo de R$ 623 milhões para pagar precatórios – não passa de uma peça de ficção.

“O Executivo sabe que não existe linha de crédito para esse fim, e enviou essa proposta para a Assembleia Legislativa apenas para tentar livrar-se da improbidade administrativa”, enfatizou ele.

Citando os exemplos de Minas Gerais e Bahia, estados que também tentaram obter empréstimo para quitar precatórios, César Pires ressaltou que, embora essa operação seja possível pelas emendas constitucionais 94 e 99, não existe atualmente linha de crédito com essa finalidade. Mas o governo Flávio Dino precisa ter esse projeto aprovado porque não está honrando o pacto feito com o Judiciário, de destinar mensalmente 1/12 da receita para o pagamento desse tipo de débito.

“O governo Flávio Dino está inadimplente desde agosto do ano passado, porque pactuou e não honrou o compromisso de pagar os precatórios. E o que vamos votar aqui é um projeto de lei cheio de vícios e sem fundamento. É um engodo para enganar as pessoas e o Executivo dizer que já tomou as providencias necessárias, mesmo sabendo queas instituições bancárias não têm essa linha de crédito”, ressaltou César Pires.

Em aparte, o deputado Yglésio Moisés, relator do Projeto de Lei 129, informou que a Procuradoria Geral do Estado já entrou com recurso judicial para que o governo federal faça a regulamentação da Emenda Constitucional 99, de forma a tornar viável o empréstimo para pagamento de precatórios.

“Então, é mais uma prova de que estamos dizendo a verdade: o governo sabe que não tem como contrair esse empréstimo, está apenas querendo uma carta de seguro para justificar a sua inadimplência”, finalizou César Pires.

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Escritório de advocacia pode levar até R$ 600 milhões de prefeituras maranhenses…

João Azedo e Brasileiro Sociedade de Advogados firmou contratos idênticos com 93 municípios – todos com inexigibilidade de licitação – para tentar receber precatórios de R$ 3 bilhões do Fundeb

 

O escritório de Advocacia João Azêdo e Brasileiro, do Piauí, pode levar até R$ 600 milhões de prefeituras maranhenses, caso consiga recuperar créditos do Fundeb atrasados e cobrado por esses municípios.

O dinheiro é resultado de uma condenação de 2015, do Governo Federal, que ficou obrigado a repassar as perdas do fundo aos municípios.

Exemplo de um dos extratos de contrato de Bacabal com o escritório

Chama atenção os contratos firmados e já publicados nos Diários Oficiais entre 93 prefeituras e o escritório, com percentuais de honorários que variam de 10% a 20%.

Azêdo e Brasileiro se apresenta como o maior na área jurídica empresarial

Os contratos têm textos idênticos, e todos feitos por inexigibilidade de licitação, conforme publicou o blog do Filipe Mota, na última quarta-feira, 12. (Leia aqui)

Os contratos já publicados envolvem as prefeituras de Água Doce, Alcântara, Aldeias Altas, Alexandre Costa, Alto Alegre, Anajatuba, Anapurus, Apicum-Açu, Araguanã, Araioses, Bacabal, Bacuri, Bequimão, Boa Vista do Gurupi, Bom Jardim, Bom Jesus das Selvas, Bom Lugar, Buriti, Buriticupu, Cachoeira Grande, Cajapió, Cajari, Carutapera, Centro do Guilherme, Centro Novo, Chapadinha, Cidelândia, Nova Colinas, Davinópolis, Esperantinópolis, Fernando Falcão, Fortaleza dos Nogueiras, Godofredo Viana, Gonçalves Dias, Graça Aranha, Grajaú, Humberto de Campos, Icatu e Igarapé do Meio, Itaipava do Grajaú, Itapecuru, Itinga do Maranhão, Jatobá, Jenipapo dos Vieiras e Junco do Maranhão, Lago do Junco, Lagoa do Mato, Lajeado Novo, Lima Campos, Loreto e Governador Luiz Rocha, Magalhães de Almeida, Maranhãozinho e Mata Roma; Matinha, Mirador, Governador Newton Bello, Nina Rodrigues, Nova Colinas, Governador Nunes Freire, Olinda Nova, Paço do Lumiar e Parnarama; Paulino Neves, Pedro do Rosário e Penalva; Peritoró, Pindaré Mirim e Pinheiro; Porto Franco, Porto Rico, Presidente Juscelino, Presidente Vargas, Raposa e Riachão, Ribamar Fiquene, Santa Luzia do Paruá e Santa Quitéria; Santa Rita, São Benedito do Rio Preto e São Bento, São Domingos do Maranhão, São Francisco do Maranhão, São João Batista; São Pedro da Água Branca, Senador Alexandre Costa, São João do Sóter, Serrano do Maranhão, Sítio Novo, Sucupira do Riachão, Tufilândia, Vila Nova dos Martírios e Zé Doca.

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Ex-prefeita de Matões denunciada pelo Ministério Público…

Mãe do deputado federal Rubens Júnior e mulher do ex-prefeito Rubens Pereira, Suely Torres não fez os repasses obrigatórios de precatórios e pode ficar inelegível, a exemplo do marido

 

Suely ao lado de Rubens Pereira: denúncia do Ministério Público

O Ministério Público denunciou por improbidade administrativa a ex-prefeita de Matões, Suely Torres e Silva (PDT).

Ela é acusada de não fazer os repasses obrigatórios de precatórios determinados pela Justiça, no período de agosto a dezembro de 2016.

Suely Torres é mãe do deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB) e mulher do ex-prefeito de Matões e ex-deputado estadual Rubens Pereira, ele também já inelegível após sua passagem por Matões.

O débito do precatório da Prefeitura de Matões é de R$ 5,6 milhões; o município estava obrigado a depositar mensalmente o valor de R$ 51.517,47.

A prefeita não repassou os valores referentes aos meses de agosto a dezembro de 2016, resultando no sequestro de R$ 257.587,35 dos cofres municipais, conforme decisão judicial.