Renato Dionísio: “Fábio Câmara precisa quebrar essa odienta polarização em São Luís”

Histórico do PDT, ex-vereador e ativista social entende que a guerra extremada que se desenha entre o prefeito Eduardo Braide e o deputado Duarte Júnior não beneficia São Luís; ele vê o candidato pedetista como único com legitimidade e potencial para quebrar este aspecto negativo que tenta se estabelecer na campanha eleitoral

 

Histórico do PDT, Renato Dionísio recebe a rosa vermelha e o abraço carinhoso do candidato pedetista em São Luís

O pré-candidato do PDT a prefeito de São Luís, Fábio Câmara, teve uma aula política no fim de semana com o ex-vereador e ativista cultural Renato Dionísio, um dos históricos do partido.

E ouviu a necessidade de quebrar a violenta guerra que se desenha entre o Governo do Estado e a Prefeitura por causa da disputa eleitoral.

– O Fábio Câmara precisa quebrar esta polarização odienta que se mostra entre Eduardo Braide (PSD) e Duarte Júnior (PSB); ele é o único com legitimidade e potencial para quebrar essa coisa ruim da campanha – disse Dionísio.

O pedetista lembrou dos ícones históricos da política mundial Martin Luther King e Barack Obama, que encontraram discursos afirmativos e sem vitimismos para fazer a população abandonada repensar a política americana em seus tempos.

– É preciso inserir no debate a população que está a margem e sofre ainda mais com essa guerra violenta pelo poder; nós temos exemplos na história de que é possível.

A polarização entre Braide e Duarte – que interessa tanto ao Governo do Estado quanto à prefeitura – tem criado um clima de violência que ameaça o próprio eleitor neste início de pré-campanha.

– Chegou-se ao ponto de o governo tirar a polícia de eventos da prefeitura e a prefeitura não mandar fiscalização urbana para os eventos do governo; quem paga é a população – complementou o presidente municipal do PDT, vereador Raimundo Penha, que acompanha a agenda de Fábio Câmara.

Tanto Renato Dionísio quanto Raimundo Penha e Fábio Câmara entendem que a batalha quase sangrenta gerada pela polarização não pensa no povo, mas apenas no poder.

– O povo pobre fica à margem deste debate. Mas nós temos convicção de, juntos, podemos fazer o povo decidir seu próprio destino – pregou o candidato pedetista… 

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Governistas já comparam Braide a Castelo; aliados do prefeito preferem lembrar “Força Total” de Jaime Santana…

Aliados do governador Carlos Brandão entendem que o prefeito de São Luís caminha para repetir 2012, quando o então gestor do PSDB perdeu a eleição por isolamento político; mas os braidistas preferem outra disputa, a de 1985, quando o então deputado federal Jaime Santana – com apoio da prefeitura, do governo e do presidente da República –  perdeu, mesmo assim, a eleição para Gardênia Gonçalves

 

Castelo e Dona Gardênia, com a filha, Gardeninha, em imagem do início de 2011; personagens icônicos da política, hoje lembrados como case eleitoral

Ensaio

Dez entre dez aliados do governador Carlos Brandão (PSB) têm convicção neste momento da pré-campanha que o prefeito Eduardo Braide (PSD) repetirá as eleições de 2012, quando o então prefeito João Castelo (PSDB) perdeu a reeleição para o deputado federal Edivaldo Júnior (então no PTC), por isolado político-partidário.

Naquela eleição, Castelo era o favorito, mas brigou com “deus-e-o-mundo” e perdeu aliados importantes, no PDT, DEM, PSB, MDB e outras legendas, que avalizaram a candidatura do insípido Holandinha. 

Deputados federais, estaduais, jornalistas e auxiliares do governador ouvidos por este blog Marco Aurélio d’Eça ao longo das últimas semanas não têm dúvidas de que a postura de Braide o levará à derrota para o deputado federal Duarte Júnior (PSB), “que vem forte, apoiado por Brandão e pelo presidente Lula (PT)”.

De fato, Duarte Júnior ampliou sua base de apoio significativamente na virada do ano, ao receber o apoio de Brandão e atuar diretamente na base de Lula; o deputado reúne a maioria dos grandes partidos maranhenses, de todas as correntes, do PSDB ao MDB, do PSB ao PT, passando por PP, Podemos, e, provavelmente, o União Brasil e o PL.

Mas os aliados do prefeito Eduardo Braide, que lidera as pesquisas e tem a gestão aprovada pela população, preferem lembrar de uma outra eleição, bem mais antiga: a disputa de 1985, entre a então ex-primeira-dama do Maranhão Gardênia Gonçalves (PDS) e o então deputado federal Jaime Santana, da lendária “Frente Liberal”.

Á época, Santana chegou à disputa com apoio do então prefeito Mauro Fecury (PFL), do então governador Luiz Rocha e de ninguém menos que o então presidente da República José Sarney – exatamente o que ocorre hoje com Duarte Júnior; a “Força Total” embalou Jaime Santana durante toda campanha com uma ação conjunta de prefeitura, governo e presidência nunca vista em São Luís.

São Luís nunca viu tanto asfalto jogado nos bairros mais longínquos da cidade; nunca viu tanto aterro espalhado por toda parte; obras, ações, vereadores e deputados presentes nos bairros; o resultado foi uma vitória consagradora de Gardênia, com o apoio solitário do marido, o mesmo João Castelo de 2012.

Este blog Marco Aurélio d’Eça abordou a história de 1985 exatamente em junho de 2012, no post “A onipresença de João Castelo”, em que lembra suas façanhas contra a “Força Total” de Jaime Santana e outra, igualmente poderosa, que embalou o hoje futuro ministro do STF, Flávio Dino, em 2008.

As histórias lembradas neste início de campanha eleitoral são significativas para entender o momento político no Maranhão;

Braide, com seu isolamento, assim como o Castelo de 2012, mas também como a Gardênia de 85.

E Duarte Júnior, com a mesma “força total” que embalou Jaime Santana.

O tempo dirá quem tem razão…

Polarização em São Luís só interessa a Brandão e a Braide…

Disputa entre o prefeito e o grupo do governador tira de foco não apenas os demais candidatos como também outras lideranças políticas que tenham interesse na sucessão estadual de 2026, reféns que ficarão das estruturas de poder para se recolocar no debate

 

A Braide interessa a polarização com Duarte por que amplia suas chances de vitória em primeiro turno; a Duarte também interessa por que o torna, mesmo perdendo, o “potencial prefeito em 2028”

Análise da Notícia

Blogs e portais de notícia – alinhados ou não ao governo Carlos Brandão (PSB) – passaram a virada do ano inteiro repetindo um mantra: “a eleição está polarizada entre o prefeito Eduardo Braide (PSD) e o deputado federal Duarte Júnior (PSB)”; e para fortalecer essa ideia, surgiram pesquisas fora de contexto e até um tal “agregador de pesquisas”, que reforçaram a ideia de que apenas Braide e Duarte estão na disputa pela prefeitura.

Mas do que os aliados de Brandão e Duarte, a ideia de polarização agrada também ao próprio prefeito Eduardo Braide (PSD).

Com apenas um adversário direto, o prefeito amplia suas chances de vencer a eleição em primeiro turno; e obviamente, por isso, via continuar a estimular essa dicotomia com o grupo do governador.

A polarização tira a concorrência de nomes com forte potencial de crescimento, como o deputado estadual Dr. Yglesio Moyses (ainda no PSB) e o ex-vereador  Fábio Câmara (PDT). O primeiro já vem sendo pressionado a deixar a disputa por falta de partido; o pedetista, por outro lado, terá que enfrentar os interesses pessoais do senador  Weverton Rocha, presidente do PDT.

Weverton é a principal força de oposição no Maranhão, mas ainda claudica na posse desta posição.

Seus movimentos indicam que ele acataria a polarização pelo simples fato de que seu único objetivo político de curto prazo é a própria reeleição ao Senado; para isso, qualquer negociação que o ponha na chapa controlada pelo Palácio dos Leões em 2026 seria de seu interesse.

Mas Weverton não é a única liderança de oposição no Maranhão; outro que pode ter influência direta em São Luís é o ex-candidato a governador Dr. Lahésio Bonfim, que alcançou nada menos que 25% dos votos na capital maranhense.

O problema é que ele não pode disputar a eleição de 24 e não apresentou qualquer nome em São Luís; poderia abraçar a campanha do deputado Wellington do Curso (sem partido), retribuindo o apoio de 2022, mas parece ignorar esta opção.

O prefeito Eduardo Braide vai estimular a polarização com Duarte por que uma eventual vitória contra a máquina do governo ganha repercussão estadual, credenciando-o à disputa de 2026; por isso ele sequer cogita negociar sua vice.

O próprio Duarte Júnior se beneficia deste embate direto com Braide por que, mesmo perdendo, garante sua reeleição à Câmara Federal e passa a ser o potencial prefeito em 2028, já que não haverá mais Braide em seu caminho.

E assim começa o teatro das eleições de 2024, com cada um dos atores cumprindo o seu papel dentro de um enredo construído por eles próprios.

Fechando todas as possibilidades ao surgimento de novos atores…

PDT tem votação média em São Luís na casa dos 15%, mostra estudo…

Partido que venceu todas as eleições na capital maranhense desde 1988 alcançou nas duas últimas eleições – por suas próprias forças – pouco mais de 80 mil votos, o que põe a candidatura do ex-vereador Fábio Câmara – com seus cerca de 12 mil votos em 2022 – em condições de quebrar a polarização que o governador Carlos Brandão deseja no pleito de 2024

 

Em 2020, Neto Evangelista enfrentou as duas máquinas e, com apoio do PDT, alcançou mais de 83 mil votos na capital maranhense

Ensaio

As eleições de 2024 tendem a se afunilar entre quatro ou cinco candidatos, sobretudo com a tentativa de polarização que o governo Carlos Brandão (PSB) tenta impor ao prefeito Eduardo Braide (PSD) com a candidatura do deputado federal Duarte Júnior (PSB).

Esta tendência de afunilamento, já mostrada neste blog Marco Aurélio d’Eça, aponta para o enxugamento de candidaturas, sobretudo na base do governo, o que deixa a disputa restrita ao prefeito, ao candidato do Palácio dos Leões, às candidaturas chamadas “de menor influência”, e a do candidato do PDT, ex-vereador Fábio Câmara.

Neste estudo, este blog Marco Aurélio d’Eça faz um recorte analítico para mostrar o potencial do PDT – partido que venceu todas as eleições na capital maranhense desde 1988 – no caso de se confirmar a tendência de polarização e enxugamento das candidaturas desejada pelo Palácio dos Leões.

Nas duas últimas eleições as candidaturas majoritárias do PDT – em 2020, para prefeito, com a do deputado estadual Neto Evangelista (DEM); e a de 2022, com o senador Weverton Rocha ao governo – alcançaram uma média de 15% dos votos em São Luís, mesmo em condições adversas, concorrendo contra máquinas poderosas.

Em 2020, Evangelista foi apoiado pelo PDT, que indicou a vice, mas não teve o apoio do então prefeito Edivaldo Júnior, mesmo este ainda filiado ao partido do senador Weverton;  Ao fim do primeiro turno, o deputado democrata ficou em terceiro, com 16,24% dos votos, ou 83.138.

Nas eleições de 2022, Weverton entrou na disputa pelo governo também em condições adversas; enfrentou, apenas com a militância pedetista, a força do hoje presidente Lula (PT), do agora ministro do STF Flávio Dino, e a máquina do governador Carlos Brandão (PSB); e foi engolido pela polarização do então presidente Jair Bolsonaro (PL) com Lula, que favoreceu Lahésio Bonfim (PSC).

Mesmo assim, Weverton registrou em São Luís exatos 14,73%, ou 82.744 votos. Agora preste atenção nos números:

  • Em 2020, só com sua força pessoal e o apoio do PDT, Neto Evangelista teve mais de 83 mil votos em São Luís;
  • Em 2022, só com sua força pessoal e o apoio do PDT, Weverton Rocha teve mais de 82 mil votos em São Luís.

Candidatura pedetista pode ser fiel da balança em 24

Enfrentando várias máquinas e a polarização entre Lula e Bolsonaro, Weverton teve mais de 82 mil votos em São Luís apenas com apoio da militância pedetista

Em 2024, o PDT apresenta à disputa o ex-vereador Fábio Câmara, suplente de deputado federal e também ex-candidato a prefeito.

Self-made-men, Câmara é um representante das camadas mais populares na política; e assim como o PDT, seus números também são consolidados na capital maranhense.

Eleito vereador em 2012, entrou na disputa pela Prefeitura de São Luís em 2016 pelo MDB, também em condições adversas, sem apoio da própria legenda, abandonado pelas lideranças do partido e enfrentando estruturas poderosas das máquinas estadual e municipal; o ex-vereador registrou 19.045 votos, ou 3,63% do total.

Em 2022, já no PDT, o ex-vereador concorreu a deputado federal; ficou entre os 10 mais votados na capital maranhense, obtendo 12.462 votos (2,14%).

  • Em 2016, com sua força pessoal e amigos, Câmara alcançou como candidato a prefeito quase 20 mil votos em São Luís;
  • em 2020, como candidato a deputado federal pelo PDT, o ex-vereador registrou em São Luís mais de 12 mil votos.

Como se vê, historicamente, o PDT é o partido com votação mais consolidada em São Luís, graças à força da legenda e à militância historicamente aguerrida, capaz de sair das condições mais adversas.

Este blog Marco Aurélio d’Eça tem mostrado desde meados de 2023 que apenas o PDT – com seu candidato Fábio Câmara e a liderança do senador Weverton Rocha – são capazes de quebrar a polarização desejada em São Luís pelo governador Carlos Brandão.

Os números da história estão aí para mostrar.

E eles não mentem, jamais… 

Após apoio de Brandão, base governista começa aderir em massa a Duarte Júnior…

Senadora Eliziane Gama, que é do PSD – partido do prefeito Eduardo Braide – anunciou que fechará com o candidato do PSB, assim como o presidente da Câmara Municipal, Paulo Victor, e a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale; governador quer todos os partidos aliados no palanque do deputado federal, o que deve diminuir o número de candidatos

 

Ex-candidato a prefeito, Paulo Victor decidiu apoiar Duarte Júnior após decisão do governador Carlos Brandão

Uma adesão em massa ao deputado federal Duarte Júnior (PSB) deve ocorrer nos próximos dias, em atenção à decisão do governador Carlos Brandão (PSB) de apoiar o candidato socialista a prefeito de São Luís.

Nesta quarta-feira, 27, logo após declaração de apoio de Brandão – que assumiu a presidência do PSB em troca do apoio a Duarte – a senadora Elziane Gama (PSD), que é do partido do prefeito Eduardo Braide – também declarou apoio ao deputado socialista, assim como o presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor (PSDB).

A presidente da Assemblei Legislativa Iracema vale ainda não se manifestou, mas já se sabe que ela assumirá a vice-presidência do partido, o que implica, naturalmente, na adesão a Duarte Júnior.

Do partido de Eduardo Braide, a senadora Eliziane gama já publicou em suas redes sociais o apoio a Duarte Júnior

Logo após a intempestiva notícia sem fala dando conta de que Brandão apoiaria Duarte Júnior, este blog Marco Aurélio d’Eça publicou o post “Duarte se fortalece e base governista deve enxugar número de candidatos…”, em que apontava para uma redução de candidaturas na base do Governo do Estado; Brandão quer todos com Duarte para forçar a polarização com Braide.

Nos bastidores do Palácio dos Leões é dado como certo que o União Brasil – ainda com a candidatura do deputado estadual Neto Evangelista – também vá somar com o PSB; Brandão pretende conseguir ainda a adesão do também deputado estadual Dr. Yglésio Moyses.

O afunilamento das candidaturas tende a reduzir o número de candidatos a quatro em São Luís, como também já mostrou este blog no post “Disputa em São Luís se resume a quatro candidatos…”.

E a polarização pode levar ao surgimento de uma possível terceira via na disputa de 2024.

Mas esta é uma outra história…

Filuca Mendes deve representar o MDB na disputa de 2024 em Pinheiro

Contemporâneo do governador  Caros Brandão, aliado e amigo da família que assume o comando do partido nesta sexta-feira, 1º, ex-prefeito e ex-deputado estadual ganha força para ser o principal adversário da médica Drª Thaiza candidata do atual gestor Luciano Genésio

 

Filuca ao lado de Leonardo Sá e seu grupo, de quem já conseguiu o apoio; ele busca as bençãos do governador Carlo Brandão para fortalecer sua candidatura em Pinheiro

Cotado como principal força oposicionista em Pinheiro, o ex-prefeito e ex-deputado Filuca Mendes deve ganhar novo fôlego eleitoral a partir desta sexta-feira, 1º, quando o executivo da Assembleia Legislativa Marcus Brandão assume o comando do MDB no Maranhão.

Filuca é contemporâneo, aliado e amigo do governador Carlos Brandão e da família Brandão, o que lhe garante novas perspectivas na eleição de Pinheiro.

Mesmo apontado nas pesquisas como fator de polarização com o grupo do prefeito Luciano Genésio(PP), que tem a ex-deputada Drª Thaiza (PDT) como candidata, Filuca não se movimentou ainda no tabuleiro das eleições de Pinheiro.

Ele foi prefeito por dois mandatos no município, além de forte atuação na Assembleia Legislativa; seu filho, Victor Mendes, atual suplente de deputado, teve dois mandatos na Assembleia e dois mandatos na Câmara Federal.

Além da relação com a família Brandão, Filuca é ligado à família Sarney; foi, inclusive, secretário de Infraestrutura e de Cidades no governo Roseana Sarney (MDB).

A possibilidade de representar o MDB garante ao ex-prefeito as condições para costurar a formação de uma aliança com outros grupos, que garanta a polarização com o grupo Genésio.

Mas esta é uma outra história…

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Resultado de 2022 modificou cenários para 2024…

Disputa pelo Governo do Estado praticamente tirou do páreo nomes que surgiram com peso em 2020 – como Rubens Júnior, Bira do Pindaré e Dr. Yglesio – e deve colocar outros na prateleira da disputa pela Prefeitura de São Luís, como os vereadores Paulo Victor e Osmar Filho; mas consolidou a provável repetição do embate entre Eduardo Braide e Duarte Júnior

 

Eduardo Braide e Duarte Júnior devem fazer o principal embate de 2024, situação que foi consolidada com o resultado das urnas de 2022

Ensaio

O resultado das eleições estaduais de 2022 produziu importantes modificações nos cenários para as eleições municipais de 2024, apesar de não alterar o quadro de polarização mais provável, entre o prefeito Eduardo Braide (sem partido) e o deputado federal eleito Duarte Júnior (PSB).

Tanto Braide quanto Duarte precisarão de abrigo partidário para as eleições; o primeiro por que está sem legenda desde 2021, quando perdeu o controle do Podemos; o segundo por que não tem a simpatia do grupo do governador Carlos Brandão (PSB) para ser o nome do PSB.

Opções para Braide não faltam: desde o PDT, do senador Weverton Rocha, passando pelo PSC de Aluisio Mendes e pelo PSD, de Edilázio Júnior; e até mesmo o PSDB, que hoje é controlado pelo grupo da senadora Eliziane Gama (Cidadania).

Mas a principal alteração para 2024 foi tirar da cena da disputa municipal os deputados Bira do Pindaré (PSB), Rubens Júnior (PT) e Dr. Yglésio (PSB), qeu concorreram em 2020.

Bira perdeu a eleição de deputado e já não tem o controle do PSB para se viabilizar; o mesmo ocorre com Rubens Júnior, que sofre ainda o desgaste do fracasso de 2020.

Yglésio, por sua vez, deve focar no mandato de deputado estadual visando chegar à Câmara Federal já em 2026.

Outro que ficou em situação difícil após as eleições é o ex-prefeito Edivaldo Júnior (PSD).

Isolado desde que virou as costas para os eu grupo político há dois anos, Holandinha amargou um quarto lugar na disputa pelo governo em São Luís e saiu ainda mais isolado.

Deve ser candidato de qualquer jeito em 2024, mas já sem a performance esperada para um ex-prefeito.

Futuro e atual presidente da Câmara, os vereadores Paulo Victor e Osmar Filho são as principais novas opções para as eleições de 2024 em São Luís

Se tirou personagens de 2020 do cenário de 2024, a eleição de 2022 trouxe à baila nomes novos à disputa municipal; um deles é o presidente eleito da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor (PCdoB), que tem simpatia aberta do governador Carlos Brandão e goza da confiança da cúpula comunista.

Ouro possível novo nome é o do deputado estadual eleito e atual presidente da Câmara, Osmar Filho, que passou a ser a principal opção do PDT para a disputa

No mais, a sucessão municipal mantém outros personagens, como o deputado Neto Evangelista (União Brasil), que saiu fortalecido das eleições de outubro, e o vereador  Fábio Câmara (PDT), principal opção do PDT no caso de Osmar Filho optar por concluir o mandato estadual.

Faltam praticamente dois anos para a disputa em São Luís, tempo suficiente para produzir surpresas.

Mas a articulação principal se dá em torno destes nomes.

É aguardar e conferir…

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Tendência de polarização entre Weverton e Brandão se confirma em pesquisas pós-debate

Candidatos devem chegar ao segundo turno com uma diferença mínima de votos entre eles – algo em torno de cinco a 7 pontos percentuais – o que tornará acirradíssima a disputa pelo Governo do Estado

 

Pesquisa Premie/TV Guará confirma tendência apontadas em outros levantamentos, mostrando diferença mínima entre Brandão e Weverton no primeiro turno

As pesquisas divulgadas nos últimos dias após o debate da TV Mirante confirmam uma polarização entre os candidatos Carlos Brandão (PSB) e Weverton Rocha (PDT), que devem sair do primeiro turno com uma diferença mínima de votos entre eles – algo em torno d e 5 a 7 pontos percentuais.

Todas as pesquisas não-manipuladas pelo Palácio dos Leões que foram divulgadas após o debate apontam Brandão com intenção de votos entre 33% e 37%; e Weverton entre 29% e 31%.

Nos últimos 15 dias, o Palácio jogou todas as suas forças – lícitas e não-lícitas – para tentar esvaziar Weverton e criar um clima de vitória de Brandão no primeiro turno; fracassou neste propósito, e nos últimos dias tenta insuflar os votos do ex-prefeito Dr. Lahésio (PSC), na tentativa de tirar o pedetista do segundo turno.

Para resistir à pressão do Palácio Weverton montou uma estratégia de contra-ataque, com foco principal na região da Grande São Luís, alternadas com forte presença dos aliados no interior maranhense.

Na verdade, essa tendência de disputa na casa dos 30% já havia sido medida pelos trekkings da campanha de Weverton na quarta-feira, 21, e confirmada na quarta-feira seguinte, dia do debate.

Weverton vem conseguindo reduzir a diferença pró-Brandão e deve chegar em condições de virada no segundo turno

Ciente da força do Palácio dos Leões, a campanha do PDT trabalha para diminuir a diferença em favor de Brandão por que aposta em herdar os votos dos demais adversários do governo; neste aspecto, um crescimento de Lahésio Bonfim na reta final é até bom, por que diminui a força do governo no segundo turno.

– Só preciso ter um voto a mais do que o terceiro colocado para chegar ao segundo turno; e no segundo turno ampliaremos esta votação com os votos que não se afinam com o governo – tem dito Weverton a interlocutores mais próximos.

Os estudos da coligação apontam que Weverton deve herdar a maioria dos votos de Lahésio e de Edivaldo Júnior.

E tende a tirar votos também de Brandão na virada do primeiro para o segundo turno…

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Pesquisas apontam acirramento entre Weverton e Brandão na disputa pelo Governo…

Institutos Exata e Escutec divulgaram seus números neste domingo, cada um com um postulante à frente, mas ambos em condição de empate técnico; demais adversários ainda distantes da briga pelo segundo turno

 

Brandão e Weverton devem mesmo polarizar a disputa pelo Governo do Estado, como demonstram números da Exata e da Escutec deste domingo

As pesquisas dos Institutos Exata e Escutec, divulgadas neste domingo, 1º, mostram que a disputa pelo Governo do Estado está mesmo polarizada entre o senador Weverton Rocha (PDT) e o governador-tampão Carlos Brandão (PSB).

A exata diz que Weverton está à frente, com 22%, seguido colado por Brandão, que registra 21%.

Já a Escutec aponta Brandão à frente, com 24%, seguido por Weverton com 20%.

A leitura correta destes números devem dizer que, tanto Weverton quanto Brandão estão hoje  num patamar entre 20% e 25%, levando em consideração a margem de erro de cada pesquisa.

Independentemente do conceito ou da metodologia usada por cada um dos levantamentos, os números mostram duas verdades:

1 – o senador Weverton está consolidado na casa dos 20% dos votos, ainda que não tenha avançado, mesmo em pré-campanha desde os primeiros números;

2 – Brandão ainda não conseguiu usufruir da força da máquina e most5ra pouca popularidade para quem está sentada na cadeira de governador.

Outro dado importante das duas pesquisas é que os demais candidatos – Edivaldo Júnior (PSD), Lahésio Bonfim (PSC), Roberto Rocha (PTB) e Josimar de Maranhãozinho ainda não conseguiram consistência para brigar por uma das vagas no segundo turno.

Como a tendência é que tanto Roberto Rocha quanto Josimar deixem a disputa, um novo levantamento, provavelmente no fim de maio, faz-se obrigatório para medir o impacto destas mudanças.

As pesquisas foram registradas na Justiça Eleitoral…

Edivaldo Júnior aposta em ampliação de espaço com guerra entre Weverton e Brandão

Ex-prefeito de São Luís optou por não conversar sobre política e nem dar entrevistas, evitando entrar na polarização já formada entre os candidatos da chamada base de Flávio Dino, acreditando que, desta forma, crescerá em via própria

 

Edivaldo pretende manter-se distante das polêmicas, não dando entrevistas e falando diretamente com o eleitor no interior

O ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PSD), é o único dos pré-candidatos a governador que ainda não participou de nenhum canal de entrevistas ou rodas de conversas sobre as eleições de outubro.

Segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça, esta postura de Edivaldo tem explicação em sua própria estratégia de campanha.

Ele espera que a guerra já formada entre o senador Weverton Rocha (PDT), que lidera as pesquisas, e o governador-tampão Carlos Brandão (PSB) – ambos candidatos da base do ex-governo Flávio Dino (PSB) – provoque desgastes nas duas candidaturas, o que, em sua análise, o favorecerá naturalmente.

Edivaldo evita dar entrevistas por que não pretende se meter na guerra fratricida da base dinista.

Sua estratégia é seguir reunindo lideranças no interior e falando diretamente para a população, sem polemizar na imprensa.

Até quando ele sustentará esta postura, só tempo dirá…