Mesmo com a derrocada de Braide, Duarte Jr. não consegue avançar…

Antipatizado na base do governo Carlos Brandão, candidato do PSB mantém campanha numa espécie de banho-maria, sem ações que gerem fatos importantes; e agora perdeu a vice Isabelle Passinho, que ele mesmo impôs aos aliados, ignorando opções mais agregadoras nos partidos que compõem a coligação

 

Duarte não consegue tirar o clima de apatia em sua campanha, nem mesmo com a derrocada de Braide; e ainda tem que repensar a vice

Pensata

O prefeito Eduardo Braide (PSD) vive o seu pior momento político desde que assumiu, em 2021; acuado por denúncias de corrupção envolvendo assessores e a própria família, ele se viu obrigado a vir a público, em ato inimaginável há um mês atrás.

Mas esta derrocada de Braide em nada parece ter estimulado o candidato do PSB, seu principal adversário, o deputado federal Duarte Jr.; a campanha apática do parlamentar, fruto do seu perfil petulante, autoritário e desagregador parece viver uma espécie de banho-maria, sem qualquer estímulo na base de aliados.

Este blog Marco Aurélio d’Eça tem conversado com figurões do Palácio dos Leões e dirigentes partidários sobre o impacto das denúncias do “Carro do Milhão” na campanha de Braide e as chances de aproveitamento por Duarte Jr.; para todos, o efeito é nulo para ambos os casos.

O problema do nosso candidato é que apenas a Karen e a Judith demonstram gostar dele”, definiu um dos figurões palacianos ouvidos por este blog Marco Aurélio d’Eça esta semana.

Karen, é Ana Karen Barros, esposa de Duarte Jr.; Judith é a cachorrinha dele, que tem até perfil nas redes socias.

Com a apatia da candidatura de Duarte, o Palácio dos Leões já pensa na possibilidade de um Plano B para enfrentamento a Braide.

Se o prefeito sair ileso deste escândalo do Carro do Milhão, chega gigante à reta final da campanha.

E se vencer em primeiro turno, torna-se maior ainda para 2026.

É simples assim…

Rubens Júnior acusa o golpe e nega tutela familiar…

Candidato do PCdoB mostra incômodo pelas críticas à onipresença do pai, ex-deputado Rubens Pereira, e da mãe, a ex-prefeita Suely Pereira; e também pela forte dependência política que demonstra em relação a Flávio Dino

 

A presença do pai e da mãe na pré-campanha passa a ideia de que Rubens Júnior é uma espécie de reserva, um “plano B” de um projeto familiar

O candidato do PCdoB a prefeito de São Luís, Rubens Pereira Júnior, mostra forte incômodo com as críticas à presença dos seus familiares em sua campanha.

Em entrevista ao Jornal Pequeno, Pereira júnior acusou o golpe e tentou afirmar que não é tutelado – nem pelos pais, nem pelo governador Flávio Dino (PCdoB), a quem demonstra forte dependência política.

– Não será uma gestão tutelada por parentes, pelo governador, por B ou C. Eu estarei na linha de frente, sendo o responsável. Serei o protagonista, sem delegar a responsabilidade. Me preparei a vida inteira para isso – afirmou o candidato, que é deputado federal e secretário de estado.

O problema é que o próprio Rubens Júnior demonstra em sua campanha ser uma espécie de “plano B” de um projeto familiar.

As negociações de apoio, por exemplo, quase sempre são comandas pelo seu pai, o ex-deputado Rubens Pereira. A presença de Rubão incomoda inclusive o PCdoB, que faz gestões para tirá-lo da linha de frente.

Ao dizer a interlocutores que a candidatura não é sua, “mas do grupo do governador e do PCdoB”, Pereira Júnior mostra também forte dependência a Flávio Dino, seu padrinho de casamento e ídolo político indisfarçável.

Por todos esses fatores, a candidatura do comunista passa a ideia de tutela partidária e de “plano B” de um projeto familiar que fez água com a inelegibilidade do pai. 

E não importa o que ele diga, seus atos mostram o contrário…