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Filha de pastor que repreendeu Eliziane faz gesto de apoio a Haddad…

Eleita deputada estadual, Mical Damasceno é filha do presidente da Assembleia de Deus no Maranhão, Pedro Aldir Damasceno, que vociferou ódio pela declaração de apoio da senadora eleita ao candidato do PT

 

Mical Damasceno, ao lado de Márcio Jerry, gesto da vitória pró-Haddad condenado pelo pai em outros políticos

O pastor-presidente da Assembleia de Deus no Maranhão, Pedro Aldir Damasceno, vai ter que se explicar aos fieis de sua igreja pela participação da filha, Mical Damasceno, em ato de apoio ao presidenciável Fernando Haddad(PT), organizado pelo governador Flávio Dino (PCdoB).

Logo após o primeiro turno, Damasceno fez circular em redes sociais e grupo de WhatsApp um virulento áudio em que condena a senador eleita Eliziane Gama (PPS) pelo apoio ao petista.

No áudio, o presidente da Assembleia de Deus chega a invocar fake news para repreender o voto em Haddad. (Relembre aqui)

Mas, ontem, sua filha, a deputada estadual eleita pela coligação de Flávio Dino, Mical Damasceno (PSC), era uma das mais entusiasmadas no evento organizado pelo comunista e que culminou com a declaração de apoio a Haddad.

A filha do pastor Damasceno – que tem outros dois filhos empregados no governo Flávio Dino – fez até gestos de vitória quando o locutor pediu pela declaração de apoio ao candidato do PT. (Veja o vídeo)

O áudio divulgado por Pedro Aldir Damasceno no início do mês foi criticado por lideranças evangélicas que condenam as práticas de manipulação de votos por parte de pastores.

Mas agora, com a própria filha mostrando a contradição do líder da AD, a repercussão deve ganhar novos rumos…

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Por que os capelães da Assembleia de Deus não entregam seus cargos?!?

Ao criticar a deputada Eliziane Gama por apoiar Fernando Haddad e Manuela D’Ávilla, pastor presidente expõe o fisiologismo da Assembleia de Deus, que não aceita apoiar petistas e comunistas, mas aceita se beneficiar da troca de cargos e favores no mesmo governo comunista

 

POSTURA SELETIVA. Pastor Pedro Aldir: revolta com comunista só após eleger a filha deputada no próprio palanque comunista

O discurso visceral, agressivo e virulento do pastor-presidente da convenção estadual das Assembleias de Deus, Pedro Aldir Damasceno, expõe não apenas a truculência de evangélicos enfileirados em torno do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), mas também o jogo de interesses e a troca de favores políticos que marca a liderança desta denominação.

Damasceno expôs seu ódio religioso ao saber de um certo discurso da deputada federal e senadora eleita Eliziane Gama (PPS), de apoio a Fernando Haddad (PT), candidato do governador Flávio Dino (PCdoB).

Nada mais natural que Eliziane tomasse esta atitude, sobretudo diante da inequívoca força dada por Dino à sua eleição, quando poucos acreditavam nesta possibilidade.

Ao proferir palavras de ódio contra a posição da parlamentar, o líder religioso chegou a se utilizar de uma mentira – a de que a vice de Haddad, Manuela D’Ávilla, teria dito que Jesus era gay.

Mas se o pastor se revoltou com esta afirmação – sendo ela mentira ou não – por que o nobre líder religioso não fez este mesmo discurso no primeiro turno, quando sua filha disputava eleição no palanque do próprio Flávio Dino?

Por que o pastor assembleiano não se revoltou com os comunistas também quando eles nomearam uma “renca” de pastores para ser capelão militar sem concurso público?!?

O discurso seletivo e hipócrita do pastor Aldir Damasceno revela a face mais covarde das denominações religiosas, quando trata o fiel como gado, em currais eleitorais – para atender seus interesses – e se mostra indignado quando já com os interesses saciados.

Felizmente, os fiéis evangélicos – pelo menos uma parte deles – já não dá tanta importância para tipos como Pedro Aldir Damasceno.

Mas eles poderão continuar gritando desmedidamente seu ódio e seu proselitismo religioso…