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Frase do dia: macaco, olha o teu rabo…

andreaO governador não enxerga a si próprio. Ao mesmo tempo que acusa aqueles que criticam o seu governo de receber “mensalinho” tenta implantar o “mensalão” aqui na Assembleia Legislativa”

Andrea Murad em discurso hoje ao apresentar pedido de moção em solidariedade ao Padre Roberto Perez que ousou contrariar o governador e foi acusado de estar querendo receber do seu governo

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Sedento por elogios…

De O EstadoMaranhão, com ilustração do blog

A história se repete.

O Governo do Estado torna a se envolver em uma situação constrangedora, sem conseguir reconhecer a necessidade de se retratar.

Primeiro foi no caso do mecânico Irialdo Batalha, executado em Vitória do Mearim. Em nota, o governo chegou a acusar Batalha de envolvimento em um assalto para justificar a lambança da polícia que resultou no seu assassinato. Nunca houve sequer um pedido de desculpas à família pela acusação infundada.

Depois foi no caso do erro na placa do Arraial do Ipem. No lugar de Arraial Donato Alves, amo do boi de Axixá que faleceu no ano passado, a placa exposta homenageava um certo Nonato Alves. O letreiro foi retirado para correção, mas a família do autor de “Bela Mocidade” não viu uma retratação pública do Governo do Estado.

flaviodino300A incapacidade de pedir desculpas e o ímpeto de afirmar sua autoridade, enquanto ex-membro do judiciário e atual comandante do Estado, tem levado o governador a erigir uma imagem autoritária, acima de qualquer contestação”

 

Agora é a vez do padre Roberto Perez Cordova, coordenador da Pastoral Carcerária.

Depois de expor suas opiniões (contrárias aos interesses do governo, obviamente) sobre o sistema prisional, recebeu bordoadas verbais do governador Flávio Dino e ainda foi acusado, via redes sociais, de receber “mensalinho” para desempenhar seu trabalho junto a população carcerária no Maranhão.

A incapacidade de pedir desculpas e o ímpeto de afirmar sua autoridade, enquanto ex-membro do judiciário e atual comandante do Estado, tem levado o governador a erigir uma imagem autoritária, acima de qualquer contestação.

E assim, cai a máscara da humildade usada durante os meses de campanha e revela-se a face de um gestor acima do bem e do mal, soberano, sedento por receber aplausos e elogios.

Só que não...

Publicado na coluna Estado Maior, de 30/06/2015
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Cartas de Pedrinhas…

Blog recebe relato de suposto detento demonstrando exatamente aquilo denunciado pela Pastoral Carcerária e pela revista Carta Capital, e ignorado pelo governador, para  quem tudo está às mil maravilhas

 

O caos em Pedrinhas, que apenas o governo Dino insiste em não ver...

O caos em Pedrinhas, que apenas o governo Dino insiste em não ver…

exclusivoUm suposto detento, que obviamente terá a identidade preservada, encaminhou ao blog relato desesperador da situação no Complexo Penitenciária de Pedrinhas, que o governo Flávio Dino (PCdoB) insiste em contrapor com estatísticas.

A situação revelada é praticamente a mesma apontada pela Sociedade de Direitos Humanos, pela Pastoral Carcerária e pela revista Carta Capital, e constada por deputados da CPI Carcerária, enquadrados por Dino em reunião no Palácio dos Leões.

– A realidade aqui no Maranhão é uma opressão nunca vista: spray de pimenta, castigos em solitárias, chingamentos (sic) dos monitores. (…) São várias tentativas de fuga que não são divulgadas e os presos vão para a sessão de triagem, onde ficam no castigo – disse o preso, que se declara como provisório.

Segundo o preso, a relação com os monitores gera ódio e desperta desejos animais.

– O pensamento das pessoas aqui ´só de matar os monitores e o chefe da disciplina – disse o preso que, mesmo sendo provisório, é obrigado a conviver com ladrões e assassinos já condenados.

por fim, o preso revela;

– Só não me identifico por sei que os diretores tem coragem até de me matar se souberem que estou divulgando o caos que está isso aqui. Só quero ter logo minha audiência e sair livre.

E assim vai seguindo o inquestionável governo da mudança…

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Pedrinhas aterroriza, mas governo diz que melhorou…

Enquanto o noticiário distribuído pelo governo Flávio Dino diz que o Complexo Penitenciário de Pedrinhas está melhor para os detentos, Direitos humanos e deputados que foram até lá afirmam o contrário

 

Wellington do Curso conversa com presos: superlotação é o mínimo

Wellington do Curso conversa com presos: superlotação é o mínimo

Gerou mais contradições do que certezas a visita dos membros da CPI da Carceragem, ontem, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Articulada pela deputada maranhense Eliziane Gama (PPS), e com a presença do também maranhense Weverton Rocha (PDT) – ambos aliados do governo Flávio Dino -, a visita não agradou ao comunista, que tratou de enquadrar os parlamentares.

No releases do governo tudo é festa. Pedrinhas está perfeita para o que era até dezembro de 2014.

Mas a opinião das entidades de Direitos Humanos – e de deputados estaduais que acompanharam a comissão, como Wellington do Curso (PPS) – o clima é de terror na penitenciária.

Os Direitos Humanos denunciaram a existência de uma “sala de castigo” no presídio. O local abrigava 14 presos no momento da visita.

Já Wellington do Curso classificou a situação de estarrecedora.

– Conhecido como um dos estados com um dos piores sistemas penitenciários do país, o Maranhão tem sofrido com superlotação, mortes, rebeliões, fugas e precariedades na estrutura das unidades – afirmou.

O fato é que Pedrinhas continua sendo apenas depósito de gente.

Que sai de lá – quando consegue sair – pior do que entrou…

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CPI do Sistema Carcerário terça-feira no Maranhão…

securedownloadA CPI do Sistema Carcerário Brasileiro da Câmara dos Deputados realizará nesta terça-feira, 23, visita in loco ao sistema prisional maranhense.

– É uma agenda importante, pois o Maranhão faz parte da rota nacional de situação de vulnerabilidade no sistema prisional. […] Nós realizaremos oitivas e visitas no estado. Esta será uma contribuição importante da CPI para o país, pois a partir da realidade do Maranhão e dos dados que iremos colher, poderemos trabalhar para promover mudanças no sistema nacional brasileiro – destacou Eliziane Gama (PPS-MA) que é membro da CPI e autora do Requerimento.

Os parlamentares que integram a CPI farão audiência pública com oitivas e uma visita ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas, localizado em São Luís – MA.

A previsão é que os deputados façam a visita no período da manhã de terça-feira(23), e as oitivas à tarde.

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A farsa do moralismo e a cultura do rebanho…

O povo segue, como gado, fazendo sempre o que os outros fazem

Para este blog, chocaram mais as tolices de repugnância e horror de comentaristas e twitteiros que propriamente as imagens das execuções de Pedrinhas, exibidas pelo blog de Luís Cardoso.

O livro “As 48 Leis do Poder” é uma compilação de clássicos da Literatura mundial sobre ensinamentos para alcançar e manter o controle sobre a própria vida e a dos outros.

A de número 38 reflete o comportamento de rebanho das sociedades ao longo dos tempos: Pense como quiser, mas comporte-se como os outros. O texto ensina que é muito mais seguro juntar-se à multidão e fazer o mesmo que ela do que tentar mudar as coisas.

Nas sociedades em evolução, ser gado é a regra de vida. Por isso tanta rejeição à posutra do deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB), que reproduziu as imagens no twitter.

Todos viram, reviram,  mas se disseram enojados.

Pura bobagem. Pura militância de rebanho. Pura necessidade de ser parte da multidão, de se esconder entre os iguais e seguir a mesmice da vida.

Por isso as pessoas repugnam as imagens de Cardoso, embora todos se deliciem com elas nos recônditos.

Todos querem manter a idéia de homens e mulheres decentes, que não aceitam a degradação de outrem.

Só em público – como ensina a Lei do Poder.

O livro de Robert Greene e Joost Elffers mostra, para cada lei estudada, exemplos de gente na história que seguiu essas regras e gente que não as seguiu.

Mas o livro também mostra o inverso, exemplos de quem quebrou o paradigma.

Este blog não segue a cultura do rebanho e não se importa em ser considerado repugnante, odiento, frio, cruel. Vai buscar, sempre, a quebra de paradigmas.

Por isso considerou pura informação às imagens publicadas em Luís Cardoso.