Discreta, operacional e conciliadora, a secretária de Comunicação Conceição Castro conseguiu ampliar fortemente a mídia em torno da gestão do prefeito pedetista, dialogando com todas as vertentes da imprensa, sem sectarismos ou represálias a críticas
Opinião
O prefeito Edivaldo Júnior (PDT) chega ao final do seu período de oito anos de mandato como um dos líderes políticos mais carismáticos e populares da história da Prefeitura de São Luís.
O feito é ainda mais extraordinário quando se compara o Edivaldo de dezembro de 2020 ao de janeiro de 2012, quando ele assumiu o primeiro mandato.
Por trás desta mudança na imagem está uma mulher: a secretária de Comunicação Conceição Castro.
Discreta, workaholic extremamente ativa, conciliadora e serena, Castro conseguiu, em quatro anos, transformar a imagem de Edivaldo, de garoto inexperiente e inseguro em gestor de habilidade política indiscutível.
E potencializou o natural carisma do prefeito, que o fizeram chegar a 2020 com aprovação nas alturas, como nunca antes na história desta cidade.
É claro que o prefeito fez a sua parte, projetando o maior volume de obras e serviços jamais vistos em um final de mandato na capital maranhense, construindo legados em diversos setores; mas tudo isso poderia ter ficado perdido sem a habilidade de sua auxiliar para potencializar a publicidade, sem sectarismos.
A repercussão midiática dos atos de Edivaldo é tamanha que, há 15 dias do fim do mandato, as notícias em torno dele superam até mesmo as informações referentes ao novo prefeito, Eduardo Braide (Podemos), que toma posse em 1º de janeiro.
Conceição Castro aproximou Edivaldo de críticos de sua gestão – incluindo o blog Marco Aurélio D’Eça – ampliou os espaços publicitários em veículos influentes, como TV Mirante e jornal O EstadoMaranhão, além de atuar diretamente nas agências responsáveis pela imagem do prefeito, algumas extremamente hostis a ela no início de sua gestão.
É claro que a postura aberta de Conceição Castro irritou sectários da mídia, que defendem reserva de mercado e só conseguem atuar se em guerra com adversários; mas só estes – por razões auto-explicativas – fazem hoje críticas à postura da chefe da Secom.
Edivaldo Júnior precisou de três secretários de comunicação ao longo de oito anos para se tornar o líder promissor que deixa a gestão no dia 31 de dezembro.
Mas foi uma mulher, enfrentando todos os preconceitos e obstáculos – muitos deles meramente machistas – aquela capaz de encaminhá-lo rumo ao futuro político no Maranhão.
Futuro que, agora, só depende dele próprio…