Posição definida para o principal auxiliar do governador explica o esvaziamento do PCdoB, que vem perdendo lideranças e só deverá participar da eleição proporcional se houver federação partidária com o PSB e o PT
As inúmeras perdas de lideranças do PCdoB no Maranhão, deixando praticamente só o seu presidente, Márcio Jerry, como opção para as eleições proporcionais, já teria uma explicação prática; Jerry deve ser o primeiro suplente de senador na chapa do governador Flávio Dino (PSB).
Segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça, esta opção já é dada como certa nos altos escalões do Palácio dos Leões e deve garantir a Dino o controle de um eventual mandato no Senado, mesmo sendo ministro de um eventual governo Lula (PT).
E com o adicional de beneficiar seu lugar-tenente.
Desde 2020, o PCdoB vem sofrendo um processo de esvaziamento, perdendo, além do próprio Flávio Dino, também o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (a caminho do PDT), o deputado federal Rubens Pereira Júnior (que deve ir para o PP) e os deputados estaduais Duarte Júnior (hoje no PSB) e Professor Marco Aurélio 9ainda sem partido).
Caso se concretize a indicação de Márcio Jerry à suplência de Flávio Dino, o único pré-candidato do PCdoB restante à disputa por vagas na Câmara Federal será o atual secretário de Infraestrutura, Clayton Noleto; mas Noleto deve abrir mão da disputa.
O esvaziamento do ex-partido de Flávio Dino deixa o PCdoB no mesmo patamar de antes de 2006, época em que não conseguia, sequer, eleger representantes às câmaras municipais.