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Aposta do Palácio dos Leões no segundo turno, Dr. Lahésio se afasta da oposição

Estimulado pelo Palácio dos Leões, que o quer como adversário do tampão Carlos Brandão, candidato do PSC desdenha dos demais adversários do e passa a se apresentar como “único oposicionista”

 

Dr. Lahésio envaideceu-se com a influência do Palácio dos Leões para tentar transformá-lo em liderança estadual nestas eleições

O assédio do Palácio dos Leões parece ter despertado a vaidade do ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Dr. Lahésio Bonfim (PSC).

Ele agora trata com desdém os demais adversários do governador-tampão Carlos Brandão (PSB) e tenta se vender como único oposicionista no Maranhão.

O Palácio dos Leões impôs uma espécie de pacto em favor de Lahésio, com o objetivo quase impossível de tê-lo como adversário de Brandão em um eventual segundo turno; este “pacto” foi revelado no blog Marco Aurélio D’Eça em abril, no post “Palácio dos Leões quer transformar Lahésio em laranja às avessas de Carlos Brandão (PSB)”.

A princípio, Dr. Lahésio tinha um único objetivo nas eleições de outubro: fortalecer o nome na região tocantina, com o sonho de ser candidato a prefeito de Imperatriz em 2024. Ocorre que a influência do Palácio dos Leões em sua campanha acendeu a vaidade do ex-prefeito.

De acordo com os números das últimas pesquisas, Lahésio ocupa um distante quarto lugar, atrás do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior, e quase 10 pontos atrás dos líderes Weverton Rocha (PDT) e Carlos Brandão (PSB).

Mas os acenos do Palácio dos Leões deixou o ex-prefeito empolgado…

Candidato do PT ao Senado sai em defesa de Weverton: “não se inventa liderança progressista da noite para o dia”, diz

Professor e sociólogo Paulo Romão criticou a tentativa absurda do Palácio dos Leões de tentar pintar o senador do  PDT como bolsominion, esquecendo seu histórico de lutas no Congresso Nacional a favor do trabalhadores e de Lula

 

Paulo Romão se manifesta no twitter em defesa de Weverton Rocha e com críticas ao Palácio dos Leões

Uma das principais lideranças independentes do PT maranhense, o sociólogo Paulo Romão, pré-candidato a senador pelo partido, criticou a tentativa do governo-tampão de Carlos Brandão – através da mídia alinhada ao Palácio dos Leões – de pintar o senador Weverton Rocha (PDT) como bolsomínion.

Segundo Romão, a ação destrambelhada dos brandonistas esbarra em um fato: historicamente, Weverton sempre se posicionou a favor dos trabalhadores, de Lula do debate progressista.

– Basta revisar os votos dele no Congresso Nacional em defesa da classe trabalhadora – disse o pré-candidato a senador.

A pressão do Palácio dos Leões se dá por dois motivos:

1 – tentar afastar Weverton do PT e do ex-presidente Lula, o que será impossível por que o próprio Lula já declarou preferir Weverton no Maranhão;

2 – melhorar a falta de traquejo progressista do tampão Carlos Brandão (PSB), este sim, ideologicamente de direita e alinhado às teses bolsonaristas.

Para Paulo Romão asa duas tentativas do grupo de Flávio Dino já nascem fracassadas por não encontrar amparo na realidade.

– Não se inventa liderança progressista da noite para o dia – disse o petista. 

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Roberto Rocha pode ter palanques múltiplos no Maranhão

Senador deve anunciar candidatura à reeleição na próxima semana, apoiado por todos os candidatos de oposição ao Palácio dos Leões, o que pode dificultar o projeto senatorial do ex-governador Flávio Dino

 

Há oito anos atrás, Flávio Dino e Roberto Rocha eram eleitos na mesma chapa; agora, devem disputar a mesma vaga de senador

O senador Roberto Rocha (PTB) vem engatando há duas semanas conversas com os pré-candidatos a governador Josimar Maranhãozinho (PL), Dr. Lahésio Bonfim (PSC), Edivaldo Júnior (PSD) e Weverton Rocha (PDT); a ideia é ser o candidato a senador de todos eles, assim como sonhou o ex-governador Flávio Dino (PSB).

A possibilidade de palanques múltiplos para Roberto Rocha já assustou o Palácio dos Leões, que acusou o golpe em postagens nas redes sociais do secretário de Comunicação Ricardo Capelli, homem de confiança de Flávio Dino.

A candidatura de Roberto Rocha ao Senado confirma postagem de 2014 com análise de tendências do blog Marco Aurélio D’Eça, intitulada “Roberto Rocha e Flávio Dino oito anos depois…”.

A articulação de Roberto Rocha incomodou fortemente o Palácio dos Leões; Capelli não se controlou e acusou o golpe nas redes sociais

No post, este blog apontava cenários para as eleições de 2016, 2018, 2020 e esta, de 2022, falando de personagens e possibilidades de poder.

– E o que fazer de Roberto Rocha oito anos depois de eleito senador? É uma questão que os mortais comuns pouco se importam em responder agora, por que ainda muito distante no cenário. Mas para os que vivem a política e constroem a história, oito anos depois é logo ali… – afirmava o blog, à época.

Os oito anos finalmente se passaram e Rocha e Dino estão agora frente a frente para uma nova batalha.

E o senador do PTB parece ter conseguido exatamente os múltiplos palanques com que o ex-governador sonhou.

Façam suas apostas…

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Imagem do dia: a ultrapassada cara do governo Brandão…

Governador-tampão reúne como principais generais de sua gestão políticos que já há pelo menos três gerações passadas estavam aposentados por força das urnas e vivem desambientados dos novos tempos da política moderna; a expressão carrancuda da cúpula do governo nesta foto é o símbolo máximo de um governo que já nasce obsoleto

 

Carrancuda, a cúpula do governo-tampão é a imagem acabado dos tempos de outrora, pouco adequada á agilidade da política atual

 

A imagem acima é exatamente a expressão viva do que é o governo-tampão de Carlos Brandão (PSB).

Ela reúne na mesma mesa – como a cúpula da gestão – lideranças que estão fora do ambiente político há pelo menos três gerações passadas; e a própria expressão carrancuda de Luiz Fernando Silva, Sebastião Madeira e José Reinaldo Tavares mostra o quão obsoleta nasce a gestão atual do Palácio dos Leões.

José Reinaldo foi levado à política pelas mãos de José Sarney, nos longínquos anos 60; chegou ao governo pelas mãos de Sarney, o traiu e, a partir daí, nunca mais foi nada, vivendo de resenhas e observações pouco adequadas à atual realidade da política.

Sebastião Madeira foi deputado federal e prefeito de Imperatriz. Brilhou nos anos 90, mas desde a segunda metade da década passada não consegue mais se estabelecer como liderança na região tocantina; tanto ele quanto José Reinaldo foram esquecidos nas urnas de 2018.

Inventado pela ex-governadora Roseana Sarney (MDB) ao final da década de 90, Luiz Fernando tem currículo ainda pior: foi eleito e renunciou duas vezes seguidas à Prefeitura de São José de Ribamar; inventado por Roseana para ser seu sucessor ao governo, também arregou em cima da hora. Com tantos arregos, nem quis mais disputar eleição em 2020.

É com este time já renegado pelas urnas que Brandão pretende dar “a velocidade de Ferrari” ao seu governo, com disse em uma das reuniões no Palácio dos Leões.

Os três juntos refletem exatamente a imagem de Brandão montado como governador no quadro atrás da mesa; a imagem parece aqueles retratos dos anos 70, desenhados a partir de fotos caseiras.

O ex-governador Flávio Dino não queria nem Madeira, nem Zé Reinaldo e muito menos Luiz Fernando em postos-chave do governo-tampão, mas foi ignorado por Brandão.

Talvez por isso, ex e atual estão cada dia mais distantes.

Mas esta é uma outra história… 

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Palácio dos Leões começa a se preocupar com Lahésio Bonfim…

Com a candidatura alavancada pelos próprios aliados do governador-tampão – na tentativa de tirar de um eventual segundo turno o senador Weverton Rocha, líder nas pesquisas – ex-prefeito de São Pedro dos Crentes já é uma ameaça para o próprio Carlos Brandão na disputa pela segunda vaga

 

Alavancado pelo Palácio dos Leões, Dr. Lahésio cresceu e já ameaça o próprio governador-tampão Carlos Brandão

O Palácio dos Leões e a coordenação de campanha do governador-tampão Carlos Brandão (PSB) acenderam a luz amarela em relação à candidatura do ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahésio Bonfim (PSC).

O candidato bolsonarista passou a ser ameaça real de tirar o próprio Brandão do segundo turno.

Desde fevereiro, aliados de Brandão passaram a alavancar a candidatura do ex-prefeito – inclusive nas pesquisas alinhadas; o objetivo era forçar uma narrativa para tirar do segundo turno, ora e veja, o líder nas pesquisas, senador Weverton Rocha (PDT).

Esta história foi contada em detalhes pelo blog Marco Aurélio D’Eça, no início de abril, no post “Palácio dos Leões quer usar Dr. Lahésio como laranja às avessas de Carlos Brandão”.

Lahésio cresceu, de fato, mas, ao invés de ameaçar Weverton – consolidado como opção de segundo turno – passou a ameaçar o próprio governador-tampão, que não consegue se sustentar nas pesquisas, mesmo com todo o uso da máquina do governo, manipulação de números e apoio maciço da imprensa dinista e sarneysista. 

Agora, o candidato do PSC passou a ser preocupação do Palácio dos Leões, que busca formas de frear sua ascensão pelo interior.

Tanto que já vão freá-lo nos próximos levantamentos…

Com articulação popular, Weverton mantém-se à frente das pesquisas, mesmo com pressão do Palácio

Governo-tampão de Carlos Brandão cooptou aliados do pedetista, abriu um gigantesco cabide de empregos no Palácio dos Leões, aliciou setores inteiros da mídia e institutos de pesquisas, mas não conseguiu esvaziar a campanha do seu principal adversário

 

Falando a mesma linguagem do povo simples, Weverton avança nas bases mais populares mesmo diante da pressão do governador-tampão e do Palácio dos Leões

Análise de conjuntura

Há uma explicação lógica para a força que o senador Weverton Rocha (PDT) demonstra na disputa pelo governo, mesmo diante de toda pressão exercida pelo Palácio dos Leões contra sua candidatura: o pedetista tem uma ligação direta com a população comum, a classe trabalhadora e a gente do povo mais humilde, fruto de sua luta histórica no campo progressista.

Essa força de Weverton faz com que – mesmo cooptando lideranças políticas em todo o estado, aliciando imprensa e institutos de pesquisas – o governador-tampão Carlos Brandão (PSB) não consiga superá-lo nas intenções de votos.

O resultado é uma candidatura fortemente vinculada às lutas de classes e à população, que incomoda fortemente o Palácio dos Leões e, sobretudo, o ex-governador Flávio Dino (PSB), principal patrono da candidatura-tampão.

Tanto que, passado quase 1 mês da posse de Brandão, Flávio Dino ainda insiste em tentar convencer Weverton a abrir mão da disputa em favor do seu candidato – mesmo diante de toda perseguição que o próprio Dino orquestrou contra o pedetista.

Weverton Rocha enfrentou seu pior momento durante a janela partidária, quando Dino, Brandão e seus auxiliares jogaram todas as fichas no seu esvaziamento; mesmo assim, o senador manteve-se na liderança da corrida, à frente do próprio Brandão.

Calçado em pesquisas qualitativas quase diárias e em levantamentos contínuos sobre o desempenho dos adversários, Weverton constrói uma candidatura sólida, com certeza de que estará em um segundo turno.

Por outro lado, já com suas munições gastas, agora é o próprio Brandão quem já não tem certeza de que estará lá.

Simples assim…

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PT ideológico fica com Weverton; PT fisiológico vai com Brandão

Dirigentes partidários com cargos no governo-tampão para si e para parentes – controlados por Flávio Dino – estão alinhados à candidatura do governador tucano-socialista; a parte tradicionalmente ligada às pautas da esquerda, aos movimentos sociais e às lutas dos trabalhadores fecham com o senador pedetista

 

A relação de Lula com Weverton é natural por que é histórica, desde que o senador ainda era militante do movimento estudantil

Ensaio

As eleições para governador do Maranhão produziram neste 2022 uma das mais claras e reluzentes divisões de conceito no PT maranhense.

O partido hoje tem duas caras absolutamente definidas: uma ideológica, alinhada às lutas da esquerda, à classe trabalhadora e ao aos movimentos sociais, e outra que se mostra fisiológica, ávida por cargos para dirigentes e parentes.

A parte ideológica, que se mostrará nesta quarta-feira, 20, em encontro na sede da Fetaema, está abertamente apoiando a candidatura do senador Weverton Rocha (PDT).

A outra parte, a fisiológica, está alinhada ao governador-tampão Carlos Brandão (PSB), que distribui cargos a torto e à direita na tentativa de se mostrar ao aldo do ex-presidente Lula.

A divisão no PT se dá também pelo histórico dos próprios candidatos a governador.

Brandão é historicamente ligado ao coronelismo e à política tradicional no interior do estado; não compreende o movimento sindical, não tem relação com a luta dos trabalhadores e vê com estranheza pautas modernas como o empoderamento feminino, a concessão de direitos LGBTQIA+, a luta dos negros e quilombolas e a divisão de terras improdutivas no interior.

Agora filiado ao PSB, Carlos Brandão é, na verdade, tucano histórico, ligado ao presidenciável João Dória, do PSDB

Weverton, por sua vez, filiado desde sempre ao PDT, atua na esquerda desde o movimento estudantil; comandou a UNE, atuou sempre em pautas trabalhistas, na defesa dos trabalhadores, é militante da causa de negros, mulheres, LGBTQIA+ e tem relação direta com os sindicatos e centrais sindicais, como Fetaema, CUT, Sindsep e outras entidades da classe trabalhadora.

Enquanto Brandão esteve calado durante o golpe contra a presidente Dilma e chegou a chamar Lula de estelionatário, Weverton pregou contra o golpe e foi o primeiro maranhense a visitar a cadeia em Curitiba, para onde foi levado o ex-presidente.

Não há dúvidas, portanto, de que há dois PT’s atuando nas eleições maranhenses: um fisiológico e outro ideológico.

E a atuação de cada um, com todos seus instrumentos de persuasão, definirá também de que lado estará o eleitor comum.

Simples assim…

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Inchado, grupo do governador-tampão começa a gerar insatisfações…

Ex-secretários que não conseguiram emplacar sucessores em suas pastas, pré-candidatos a deputado federal e estadual e até gente mais ligada ao ex-governador Flávio Dino começam a se manifestar mais criticamente em relação a Carlos Brandão, que não consegue atender a todos

 

A inchada base do governador-tampão; sem espaço para todos, as insatisfações começam a surgir em todos os níveis

Nas últimas semanas espocaram na mídia sinais de insatisfação na inchada base formada a peso de ouro pelo governador-tampão Carlos Brandão (PSB) para embalar sua pré-candidatura à reeleição.

A manifestação crítica do deputado estadual Duarte Júnior (PSB) sobre a bancada federal foi uma delas; a guerra de bastidores entre o secretário Ricardo Capelli e o chefe da comunicação da campanha, Sérgio Macedo, pelo controle da mídia sarneysista e dinista foi outra. 

A mais sintomática, no entanto, foi a do auto-intitulado “neto de Jackson Lago”, o ex-secretário de Agricultura Rodrigo Lago.

Rodrigo – que na verdade é filho do ex-deputado Aderson Lago, primo distante de Jackson – aproveitou a semana santa para falar de traição, num lamento bíblico que chamou atenção nas redes sociais.

Sua insatisfação se dá pelo fato de não ter emplacado na Secretaria de Agricultura o ex-vereador Ivaldo Rodrigues.

A cantilena do “neto de Jackson Lago” nas redes sociais; falas de traição e desabafo apenas 20 dias depois do início do governo-tampão

Houve também notícias sobre suposta insatisfação do ex-diretor do Detran-MA, Francisco Nagib, que deixou a campanha do senador Weverton Rocha (PDT) em troca de espaços no governo, mas teria sido preterido em favor de novos aliados cooptados.

Quem acompanha os bastidores do governo-tampão diz que o clima de expectativa começa a esvaziar por causa das decepções na distribuição de cargos de primeiro, segundo e até de terceiro escalões.

Dizem que até o próprio Flávio Dino (PSB) já começou a jogar indiretas contra o sucessor e que essas indiretas tendem a se tornar mais públicas nos próximos meses.

É o resultado direto do inchaço da máquina para fins eleitoreiros…

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O plano do Palácio dos Leões para inviabilizar a gestão de Braide

Atuando em frentes políticas, administrativas, midiáticas e eleitorais, Governo do Estado quer tornar a vida do prefeito de São Luís cada vez mais difícil, para minimizar sua influência no processo eleitoral de outubro e deixá-lo sem perspectiva de reeleição; discurso do vereador Francisco Chaguinhas revelou parte deste esquema

 

Isolado politicamente, sem base na Câmara e sem força na mídia, Braide torna-se presa fácil para o Palácio dos Leões

O Palácio dos Leões está tentando por em prática um plano que visa desgastar até o limite da inviabilização a gestão do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Sem partido).

O objetivo é tornar o prefeito um pária político, a ponto de não ter sequer influência no processo eleitoral de outubro.

Uma parte deste esquema foi revelada na segunda-feira, 18, pelo vereador Francisco Chaguinhas (Podemos), que anunciou sua volta à base do prefeito “após descobrir a intenção extremista de alguns colegas”.

– Já falam até em cassação do prefeito – revelou Chaguinhas ao blog Marco Aurélio D’Eça.

O Palácio dos Leões trabalha em duas frentes.

Duarte quer Braide fraco a partir de agora, para garantir suas chances em 2024; Brandão quer a mesma coisa, mas para impedir o prefeito de atuar em outubro

A primeira, comandada pelo próprio governador-tampão Carlos Brandão (PSB), visa tirar qualquer influência de Braide nas eleições de outubro; para isso, além de vereadores alinhados, usa também lideranças dos servidores públicos e a parte da mídia que hoje é controlada pelo Palácio dos Leões.

Para desgastar o prefeito ao máximo, Brandão vale-se do controle que o secretário de Comunicação Ricardo Capelli tem hoje nos principais veículos de comunicação; e da falta de acesso de Braide a esses veículos. 

A outra frente é comandada pelo deputado estadual Duarte Júnior (PSB), derrotado por Braide nas eleições de 2020 e que sonha ser o próximo prefeito, já em 2024.

A atuação de Duarte Júnior se dá entre servidores públicos municipais – estimulando movimentos e manifestações – e nas redes sociais e nos blogs, valendo-se da fragilidade do prefeito também nestes dois campos da mídia.

As duas frentes entendem que Eduardo Braide está sem base na Câmara Municipal e terá dificuldades para aprovar projetos de importância para a cidade.

Desgastado política e midiaticamente, entendem os brandonistas, Braide torna-se presa fácil para o projeto de poder do Palácio dos Leões.

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Flávio Dino tenta controlar PT, que está rachado entre Weverton e Brandão

Ex-governador controla o partido com mão de ferro no Maranhão, traçando, inclusive, seus destinos políticos-eleitorais, em troca de cargos no governo, mas a parte mais histórica da legenda prefere seguir com a candidatura do senador pedetista, mais identificado com as lutas do campo progressista, que o governador-tampão sempre combateu

 

Lula prefere Weverton n o Maranhão, apesar da cooptação de petistas pelo Palácio dos Leões, em troca de empregos e cargos

Todos os esforços do Palácio dos Leões para ter o PT na chapa do governador-tampão Carlos Brandão (PSB) são feitos unicamente pelo ex-governador Flávio Dino (PSB).

Sem nenhuma identificação com a esquerda, Brandão deixa ao seu antecessor – que controla algumas das lideranças petistas no Maranhão – a tarefa de cooptação para formar o palanque, em troca de cargos e espaços no governo.

Mas nem isso tem adiantado.

A parte mais progressista e menos fisiológica do PT maranhense decidiu fechar com o senador Weverton Rocha (PDT), historicamente identificado com a luta do PT e do campo progressista.

Estão no grupo com Weverton – que realiza nesta quarta-feira, 20, encontro na sede da Fetaema, no Araçagy – lideranças como o pré-candidato a senador Paulo Romão, o presidente do PT municipal, Honorato Fernandes, e o ex-secretário de Esportes Márcio Jardim, além de dirigentes sindicais e lideranças de movimentos sociais ligados ao PT.

No apoio ao senador do PT estão lideranças petistas de todo o estado, que optaram por um candidato mais identificado com as lutas da esquerda

Weverton tem também a preferência do próprio ex-presidente Lula e das principais lideranças nacionais petistas, como o ex-ministro José Dirceu e o líder da bancada no Congresso, Paulo Rocha.

Essa força do senador pedetista no PT tem levado a campanha do governador-tampão a tentar colar sua imagem à de Bolsonaro, na esperança de que petistas-raiz afastem-se dele e sigam com o Palácio dos Leões.

O encontro desta quarta-feira vai reunir petistas de todo o Maranhão fechados com Weverton.

Brandão, por sua vez, vai continuar dependendo de Flávio Dino para evento igual…