Espólio político de Flávio Dino põe Weverton e Eliziane em disputa por 2026…

Senadores eleitos em 2018 na chapa do próprio futuro ministro do Supremo Tribunal Federal alfinetam-se mutuamente na tentativa de ocupar uma das vagas na chapa que deve ter o vice-governador Felipe Camarão como candidato ao governo e o atual governador Carlos Brandão em uma das vagas ao Senado, com apoio do presidente Lula

 

Eleitos juntos em 2018 com a força de Flávio Dino, Weverton e Eliziane sabem que em 2026 só haverá espaço pra um deles na chapa majoritária

Os dois senadores eleitos em 2018 pela força do então governo Flávio Dino – Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PSD) – nem aguardaram a posse do futuro ministro no Supremo Tribunal Federal para disputar publicamente seu “espólio” político no Maranhão; reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, nesta terça-feira, 16, põe os dois para brigar abertamente.

No desenho imaginado pelo Estadão na era pós-Dino, a chapa de 2026 – apoiada pelo presidente Lula (PT) – estaria definida com o hoje vice-governador Felipe Camarão (PT) disputando o governo e o atual governador Carlos Brandão (PSB) como candidato a uma das vagas de senador, possibilidade já apontada neste blog Marco Aurélio d’Eça nos posts “Encruzilhada à frente para Brandão em 2024…”, ainda do mês de agosto, e “O papel de Eliziane Gama no grupo Dino/Brandão em 2026…”, publicado em outubro.

É justamente a segunda vaga para o Senado o motivo da “disputa” antecipada entre Weverton e Eliziane.

– [Após ida de Dino para o STF] o governador Carlos Brandão, juntamente conosco, passa a liderar com mais protagonismo. Weverton rompeu com nosso grupo político; na última eleição ele teve vice do PL, mas ficou distante. Ele saiu muito enfraquecido da eleição – ponderou Eliziane Gama ao jornal Paulista.

– Dino ficou neutralizado politicamente pelo cargo, o que é natural, e não credenciou ninguém para falar por ele. Caberá às lideranças políticas do Estado preencherem essas lacunas. Claro que quem tem sintonia com as pautas terá mais naturalidade nesse processo – rebateu Weverton, na mesma matéria.

O que o senador pedetista entende por “pauta” também foi exposta neste blog Marco Aurélio d’Eça ainda em 2021, no post “Pauta de centro-esquerda tende a aproximar agenda de Weverton e Flávio Dino…”. 

Nesta peleja entre Eliziane Gama e Weverton Rocha – que não leva em conta o ministro dos Esportes André Fufuca, que tem a simpatia do próprio Carlos Brandão (PSB) para a vaga – Eliziane mostra-se mais à vontade por estar tanto na base de Lula quanto na de Brandão, espaço que Weverton tem dificuldades de entrar.

O próprio Weverton Rocha admitiu ao Estadão que depende exclusivamente de Lula para viabilizar-se como opção ao Senado em 2026 – ele nem fala mais em governo – fato que este blog Marco Aurélio d’Eça vem dizendo desde 2022. (Relembre aqui, aqui e aqui)

– Minha ideia é tentar reconduzir o mandato de senador em 2026, com apoio do Lula – admitiu o pedetista.

Para isso, Weverton busca aliança com os próprios dinistas, numa espécie de oposição ao governador Carlos Brandão.

Este movimento, no entanto, ainda não consegue ser visto a olho nu…

Polarização em São Luís só interessa a Brandão e a Braide…

Disputa entre o prefeito e o grupo do governador tira de foco não apenas os demais candidatos como também outras lideranças políticas que tenham interesse na sucessão estadual de 2026, reféns que ficarão das estruturas de poder para se recolocar no debate

 

A Braide interessa a polarização com Duarte por que amplia suas chances de vitória em primeiro turno; a Duarte também interessa por que o torna, mesmo perdendo, o “potencial prefeito em 2028”

Análise da Notícia

Blogs e portais de notícia – alinhados ou não ao governo Carlos Brandão (PSB) – passaram a virada do ano inteiro repetindo um mantra: “a eleição está polarizada entre o prefeito Eduardo Braide (PSD) e o deputado federal Duarte Júnior (PSB)”; e para fortalecer essa ideia, surgiram pesquisas fora de contexto e até um tal “agregador de pesquisas”, que reforçaram a ideia de que apenas Braide e Duarte estão na disputa pela prefeitura.

Mas do que os aliados de Brandão e Duarte, a ideia de polarização agrada também ao próprio prefeito Eduardo Braide (PSD).

Com apenas um adversário direto, o prefeito amplia suas chances de vencer a eleição em primeiro turno; e obviamente, por isso, via continuar a estimular essa dicotomia com o grupo do governador.

A polarização tira a concorrência de nomes com forte potencial de crescimento, como o deputado estadual Dr. Yglesio Moyses (ainda no PSB) e o ex-vereador  Fábio Câmara (PDT). O primeiro já vem sendo pressionado a deixar a disputa por falta de partido; o pedetista, por outro lado, terá que enfrentar os interesses pessoais do senador  Weverton Rocha, presidente do PDT.

Weverton é a principal força de oposição no Maranhão, mas ainda claudica na posse desta posição.

Seus movimentos indicam que ele acataria a polarização pelo simples fato de que seu único objetivo político de curto prazo é a própria reeleição ao Senado; para isso, qualquer negociação que o ponha na chapa controlada pelo Palácio dos Leões em 2026 seria de seu interesse.

Mas Weverton não é a única liderança de oposição no Maranhão; outro que pode ter influência direta em São Luís é o ex-candidato a governador Dr. Lahésio Bonfim, que alcançou nada menos que 25% dos votos na capital maranhense.

O problema é que ele não pode disputar a eleição de 24 e não apresentou qualquer nome em São Luís; poderia abraçar a campanha do deputado Wellington do Curso (sem partido), retribuindo o apoio de 2022, mas parece ignorar esta opção.

O prefeito Eduardo Braide vai estimular a polarização com Duarte por que uma eventual vitória contra a máquina do governo ganha repercussão estadual, credenciando-o à disputa de 2026; por isso ele sequer cogita negociar sua vice.

O próprio Duarte Júnior se beneficia deste embate direto com Braide por que, mesmo perdendo, garante sua reeleição à Câmara Federal e passa a ser o potencial prefeito em 2028, já que não haverá mais Braide em seu caminho.

E assim começa o teatro das eleições de 2024, com cada um dos atores cumprindo o seu papel dentro de um enredo construído por eles próprios.

Fechando todas as possibilidades ao surgimento de novos atores…

2024: ninguém diz nada, mas há sinais…

Embora as aparentes águas tranquilas navegadas pelo governador Carlos Brandão neste fim de 2023 apontem para a hegemonia do Palácio dos Leões nas eleições do ano que vem, há um efetivo e crescente movimento de marés interessado na sucessão municipal; mas – mais que isso – interessado, sobretudo, na sucessão do próprio governador, em 2026

 

Há um crescente movimento de contraponto político no Maranhão, que pode ou não se sustentar ao longo dos anos; mas há…

Editorial

O deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), e sua mulher, a senadora Ana Paula Lobato (PSB), mostraram a cara e se movimentaram.

No navegar das águas tranquilas controladas pelo Palácio dos Leões – capitaneadas pelo governador Carlos Brandão (PSB) à frente de um grupo hegemônico a partir de São Luís – há outros personagens nadando, alguns de braçadas, outros em maré-mansa; mas todos prontos para os embates de 2024 e 2026.

O título deste post usa uma expressão atual – que virou meme nas redes sociais – para mostrar que os movimentos de deputados federais, deputados estaduais, senadores e lideranças políticas já estão alinhados com os projetos de poder desenhados na era pós-Dino, que deu ao Maranhão o governo Carlos Brandão.

Há, sim, um contraponto político à hegemonia do Palácio do Leões; haverá democracia no Maranhão, preocupação demonstrada por este blog Marco Aurélio d’Eça ainda em fevereiro, no post “Sem oposição não há democracia…”.

Na virada de 2023 para 2024 ainda pode ser cedo para elencar personagens, delinear perfis e apontar lideranças, mas é claramente possível ver que o foco a partir de onde se sustentará todo o contraponto aos projetos hegemônicos no Maranhão surge na bancada maranhense no Senado Federal.

O governador Carlos Brandão quer tornar a eleição de 2024 um confronto direto entre o Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís, situação a partir de onde, ele próprio, pretende controlar as alternativas para 2026.

Há quem concorde com isso, há quem aceite, há quem ache bom para o Maranhão.

Mas não é.

Citados na primeira linha deste texto, há Othelino Neto e sua mulher, Ana Paula Lobato; mas no contexto há também o senador Weverton Rocha e o seu PDT. Há o deputado federal Márcio Jerry, os estaduais Rodrigo Lago e Júlio Mendonça (ambos do PCdoB), Leandro Belo (Podemos), Carlos Lula (PSB) e Osmar Filho (PDT); e há o prefeito Eduardo Braide (PSD).

Os movimentos de 2023 já acabaram, e começam a dar lugar às ações de 2024; nesse ano que se aproxima haverá movimentos no governo Lula (PT) que se entrelaçam com a ações do Congressso Nacional, do TSE, do STJ e do STF.

E todas essas ações dizem respeito ao Maranhão, tanto em 2024 quanto em 2026.

Ninguém diz nada, mas há sinais…

Os contrapontos de Othelino Neto a Carlos Brandão

A ação da senadora Ana Paula Lobato pelo controle do PSB no Maranhão e o movimento do deputado federal Márcio Jerry pela indicação de Flávia Alves a vice de Duarte Júnior indicam que o ex-presidente da Assembleia não vai deixar barato a quebra do acordo que resultou no seu apoio ao governador em 2022

 

Othelino e suas mulheres no contraponto a Brandão; sinais de guerra e rumores de guerra a partir de 24

O deputado estadual Othelino Neto (PCdoB) deixou a Representação do Governo do Maranhão em Brasília na mesma semana em que o ministro da Justiça Flávio Dino fora indicado pelo presidente Lula (PT) para o Supremo Tribunal Federal; desde então, embora ele próprio não assuma, seus movimentos são todos de contraponto ao grupo do governador Carlos Brandão (PSB).

Othelino ressente-se da quebra de acordo por parte de Brandão, que o faria de novo presidente da Assembleia em troca do apoio ao governador  em 2022; em dezembro de 2022, este blog Marco Aurélio d’Eça revelou o tom deste acordo no post “Othelino garante que falou de presidência da Assembleia quando fechou apoio a Dino e Brandão…”.

Nesta semana natalina, dois desses movimentos deixaram claro que Othelino não irá deixar barato a quebra do acordo que resultou em seu apoio ao governador Carlos Brandão em 22.

Primeiro, a senadora Ana Paula Lobato foi ao comando nacional do PSB dizer que não concorda coma entrega do partido no Maranhão ao comando do governador. E ela tem trunfos: é senadora da República e tem oito anos de mandato, enquanto Brandão tem apenas dois anos e quatro meses.

Logo em seguida, após repercussão da suposta declaração de apoio de Brandão ao deputado federal Duarte Júnior (PSB), o também deputado federal e presidente do PCdoB no Maranhão, Márcio Jerry, indicou a superintendente do Ibama e suplente de deputada estadual Flávia Alves (PCdoB) para vice do socialista. (Leia aqui)

Ana Paula Lobato é mulher de Othelino Neto; Flávia Alves é irmã do deputado. A entrada de Márcio Jerry no embate mostra que o ex-presidente da Assembleia tem alianças importantes para contrapor o governador e seu grupo.

Para Othelino e o grupo que gravita em torno do ainda ministro da Justiça Flávio Dino, Brandão traiu o acordo firmado em campanha, assim como indica que quebrará o que fez com a senadora Eliziane Gama (PSD).

Mas pelo movimento do ex-presidente da Assembleia, o governador pode pagar caro por esta traição…

Senadora Ana Paula cobra explicações do PSB sobre comando a Brandão…

Informações do jornalista Gilberto Léda dão conta de que a parlamentar maranhense não gostou de ver a presidência do partido no Maranhão sob a tutela do governador, posição que pode ter a ver com o reposicionamento dos grupos políticos para a era pós-Flávio Dino

 

Tanto Ana Paula quanto Carlos Siqueira postaram imagens da reunião no PSB, que, segundo Gilberto Léda, versou sobre o comando partidário a Brandão

A senadora Ana Paula Lobato reuniu-se na segunda-feira, 18, com o presidente nacional do PSB para cobrar explicações sobre a entrega do comando maranhense do partido ao governador Carlos Brandão; a parlamentar, que terá mandato até 2031, não gostou da posição partidária.

A informação é do jornalista Gilberto Léda.

Para além da crise partidária, a posição de Ana Paula revelada por Léda confirma um reposicionamento dos grupos políticos no Maranhão em preparação para a era pós-Flávio Dino, já analisada em uma série de posts neste blog Marco Aurélio d’Eça. (Relembre aqui, aqui, aqui e aqui)

A senadora é mulher do deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa Othelino Neto (PCdoB), que deixou o posto de secretário de Representação do governo Brandão em Brasília na mesma semana em que Dino recebeu a indicação do presidente Lula para o Supremo Tribunal Federal.

A saída de Flávio Dino da política tem movimentado os grupos ainda com perspectiva de poder, o que deve gerar fortes contrapontos com o governador entre 2024 e 2026.

No mesmo grupo de Othelino e Ana Paula devem gravitar, por exemplo, o senador Weverton Rocha (PDT), o vice-governador  Felipe Camarão (PT), os deputados federais Márcio Jerry (PCdoB), Duarte Júnior (PSB) e Rubem Júnior (PT), além de diversos deputados estaduais do dinismo.

Mas esta é uma outra história…

Weverton põe dúvidas sobre necessidade de empréstimo pretendido por Brandão…

Senador pedetista questionou a aprovação da Assembleia Legislativa para uma operação de crédito da ordem de R$ 350 milhões no mesmo momento em que o governador  cria mais despesas com aumento do número de secretarias e vai garantir aumento da arrecadação com elevação de taxas e impostos

 

Na articulação em favor de Dino, Weverton conseguiu apoio até de Sérgio Moro; agora, se posiciona como líder da oposição no Maranhão

O senador Weverton Rocha (PSDT) voltou à carga contra o governador Carlos Brandão, criticando, sobretudo, a operação de empréstimo autorizada pela Assembleia Legislativa, de cerca de 350 milhões.

– Eu tenho as minhas dúvidas se o Maranhão vai realmente precisar desse empréstimo. Primeiro, porque quem está com dificuldades não cria mais despesas. O governador acabou de criar novas secretarias, então não me parece que ele esteja precisando de mais recursos – falou o senador, em entrevista ao jornalista Elias Lacerda.

Para Weverton, o Maranhão terá forte aumento de arrecadação em 2024, após o próprio Brandão aumentar significativamente a alíquota de impostos e as taxas de vários serviços no estado.

– O Maranhão deve arrecadar bem a partir do ano que vem, porque ele (Brandão) acabou de aumentar os impostos estaduais consideravelmente. Isso deve dar uma robustez no caixa, ele deve melhoras as condições para continuar investindo no Maranhão, para continuar fazendo o trabalho que se espera dele – ressaltou.

Em junho, após seis meses de silêncio em relação ao governo, Weverton Rocha já havia criticado o interesse de Brandão em um empréstimo, à época na casa dos R$ 3,5 bilhões; ele criticou duramente o governador, como revelou este blog Marco Aurélio d’Eça no post “Vou estar atento e acompanhar de perto…”.

A postura dura de Weverton em relação ao governador se dá após sua atuação em defesa da indicação do ministro Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal; e indica que o senador  pedetista deve mesmo assumir o contraponto político ao Palácio dos Leões, como líder da oposição.

Mas esta é uma outra história…

Flávio Dino ainda não ouviu negativas dos colegas no Senado…

Indicado para o Supremo Tribunal Federal pelo presidente Luiz Inácio lula da Silva, ministro da Jsutiça já conversou com 50 senadores e nenhum apresentou negativa ao seu nome; ele precisa de 14 votos dos 27 da Comissão de Constituição e Justiça e mais 41 dos 81 votos em plenário

 

Flávio Dino tem buscado indistintamente os colegas; e garante ainda não ter ouvido um “não”

O ministro da Justiça Flávio Dino já conversou com pelo menos 50 dos 81 senadores em sua campanha para ter o nome aprovado para o Supremo Tribunal Federal; segundo ele, não houve “não” entre os colegas.

Para passar na Comissão de Constituição e Justiça, o ministro maranhense precisará de 14 dos 27 votos; superando esta etapa, ele vai precisar de outros 41 dos 81 votos do plenário.

– Tenho procurado indistintamente todos os senadores e tenho sido muito bem tratado – declarou Dino.

Em sua articulação, o ministro busca, inclusive, senadores oposicionistas e até os bolsonaristas, a princípio mais refratários à sua indicação.

Essa movimentação, que conta ainda com os senadores Weverton Rocha (PDT), Elizaine Gama (PSD) e Ana Paula Lobato (PSB), pode superar a casa dos 55 votos antes projetados pelo governo Lula.

A sabatina de Flávio Dino na CCJ – e a votação em plenário – estão marcadas para o dia 13 de dezembro…

Filuca Mendes deve representar o MDB na disputa de 2024 em Pinheiro

Contemporâneo do governador  Caros Brandão, aliado e amigo da família que assume o comando do partido nesta sexta-feira, 1º, ex-prefeito e ex-deputado estadual ganha força para ser o principal adversário da médica Drª Thaiza candidata do atual gestor Luciano Genésio

 

Filuca ao lado de Leonardo Sá e seu grupo, de quem já conseguiu o apoio; ele busca as bençãos do governador Carlo Brandão para fortalecer sua candidatura em Pinheiro

Cotado como principal força oposicionista em Pinheiro, o ex-prefeito e ex-deputado Filuca Mendes deve ganhar novo fôlego eleitoral a partir desta sexta-feira, 1º, quando o executivo da Assembleia Legislativa Marcus Brandão assume o comando do MDB no Maranhão.

Filuca é contemporâneo, aliado e amigo do governador Carlos Brandão e da família Brandão, o que lhe garante novas perspectivas na eleição de Pinheiro.

Mesmo apontado nas pesquisas como fator de polarização com o grupo do prefeito Luciano Genésio(PP), que tem a ex-deputada Drª Thaiza (PDT) como candidata, Filuca não se movimentou ainda no tabuleiro das eleições de Pinheiro.

Ele foi prefeito por dois mandatos no município, além de forte atuação na Assembleia Legislativa; seu filho, Victor Mendes, atual suplente de deputado, teve dois mandatos na Assembleia e dois mandatos na Câmara Federal.

Além da relação com a família Brandão, Filuca é ligado à família Sarney; foi, inclusive, secretário de Infraestrutura e de Cidades no governo Roseana Sarney (MDB).

A possibilidade de representar o MDB garante ao ex-prefeito as condições para costurar a formação de uma aliança com outros grupos, que garanta a polarização com o grupo Genésio.

Mas esta é uma outra história…

Rigo Teles perde importante aliada na Câmara de Barra do Corda…

Vereadora Iza Batista anunciou rompimento com o prefeito e  anunciou que não terá condições de votar em sua reeleição; o principal motivo é o movimento de Teles contra o pagamento de quase R$ 100 milhões do Fundef aos professores da rede municipal

 

Iza Batista foi à tribuna da Câmara de Barra do Corda anunciar seu rompimento com o prefeito Rigo Teles

A vereadora Iza Batista anunciou nesta terça-feira, 21, na Câmara Municipal de Barra do Corda, o seu afastamento da base do prefeito Rigo Teles, sob acusação de que o gestor não tem compromisso com os professores e montou no município “um governo familiar”.

Iza Batista disse não ter nenhuma condição de votar em Rigo nas eleições de 2024.

– Se instala novamente em Barra do Corda um projeto de poder familiar – declarou Iza Batista.

A vereadora assumiu na Câmara a bandeira dos professores e cobra do prefeito Rigo Teles o pagamento referente aos precatórios do antigo Fundef, que chega a quase R$ 100 milhões em Barra do Corda.

O discurso de Iza Batista repercutiu em todos os municípios da região de Barra do Corda

Os precatórios do Fundef foram distribuídos pelo Governo Federal ao Governo do Maranhão e algumas das principais prefeituras, incluindo Barra do Corda.

Mas Rigo Teles tem dado demonstrações de que não pretende usar os recursos para pagamento dos professores. Ele usa como argumento de tribunais contrários ao pagamento.

– Hoje, em alto e bom tom, dia 21 de novembro de 2023, quero anunciar a todos que não faço mais parte da base de apoio do prefeito Rigo Teles – declarou a vereadora durante a sessão desta terça-feira, 21.

Além da questão envolvendo os professores, a vereadora dissidente aponta problemas da gestão nos setores de saúde e infraestrutura.

Com o rompimento de Iza Batista, Rigo Teles perde a maioria na Câmara Municipal, o que torna sua relação com o Legislativo difícil, em pleno ano eleitoral.

Com informações do blog Leonilson Mota

O silêncio da oposição maranhense…

Teoricamente alçados à condição de contrapontos ao atual governo, os ex-candidatos Dr. Lahésio Bonfim e Weverton Rocha mostram-se alheios ao debate político maranhense, deixando os questionamentos apenas com Simplício Araújo, único que se mantém vigilante em relação ao governador  Carlos Brandão

 

Brandão ganhou a eleição, está “passando a boiada” diante do silêncio de Weverton e de Dr,. Lahésio, que deveriam ser os líderes da oposição maranhense

Ensaio

Muito se tem falado numa construção de hegemonia política por parte do governador Carlos Brandão (PSB), que extinguiu a oposição na Assembleia Legislativa, atraiu todo o grupo Sarney e vem ocupando todos os espaços de poder no estado.

Muito desta hegemonia, porém, se dá pelo silêncio daqueles que disputaram contra ele o Governo do Estado em 2022.

Teoricamente alçados pela população à condição de contraponto ao que faria Brandão no exercício do poder – espécies de porta-vozes da oposição – o ex-prefeito Dr. Lahésio Bonfim (PSC) e o senador Weverton Rocha (PDT) mergulharam em silêncio político, sem nenhuma participação no debate estadual desde o fim das eleições de 2022.

Controlador de um partido com forte peso político, sobretudo em São Luís, Weverton vive uma espécie de ano sabático, pouco envolvido nas discussões maranhenses e atuando, discretamente, apenas em Brasília, onde tem mais quatro anos de mandato.

Lahésio Bonfim mergulhou ainda mais fundo; abandonou o o discurso bolsonarista e largou a direita maranhense à própria sorte, sem nenhum tipo de manifestação em qualquer espaço público.

Dos três principais candidatos de oposição ao governo em 2022, apenas Simplício Araújo (ex-solidariedade) se mantém ativo nas redes sociais, com críticas à gestão do estado, críticas à organização política e críticas ao próprio governador.

O silêncio de Weverton Rocha e de Dr. Lahésio Bonfim, a capitulação do grupo Sarney e o adesismo de ex-oposicionistas na Assembleia Legislativa já foi, inclusive, tema do blog Marco Aurélio d’Eça, em fevereiro, no post “Sem oposição não há democracia…”.

Na semana passada, o ex-deputado Joaquim Haickel também se manifestou sobre essa hegemonia de Brandão e viu nela riscos para o próprio Maranhão.

Enquanto isso, diante do silêncio oposicionista, Brandão vai aproveitando para “passar a boiada”, usando uma frase muito discutida nas últimas eleições.

E o povo apenas segue o rebanho…