Site da Associação Nacional dos Policiais Federais ponderou, ainda durante as investigações do caso Décio, que o envolvimento do delegado com quadrilha de agiotas contaminou pelo menos duas de suas operações contra prefeitos
O envolvimento do delegado da Polícia Federal Pedro Meireles com agiotas do Maranhão e do Piauí preocupou a própria Federação dos Policiais Federais, entidade que congrega os representantes da instituição em todo o país.
No dia 6 d agosto de 2012, dias após a descoberta da quadrilha que, segundo a polícia, havia mandado matar o jornalista Décio Sá, o site da Fenapef publicou o post “Suspeitas sobre delegado pode comprometer ações da PF”, uma compilação de várias matérias sobre as acusações que começavam a surgir contra o delegado. (Leia aqui)
Meireles coordenou as operações Rapinas 1, 2, 3, 4, 5 e 6, Orthoptera 1 e 2, Donatários e Usura, que prenderam um total de 14 prefeitos, um vice e 6 ex-gestores, de dezembro de 2007 a maio de 2011.
– A polícia maranhense e a própria Polícia Federal – que no dia 26 [de julho de 2012] abriu uma sindicância para apurar “notícias veiculadas na imprensa” sobre Pedro Meireles – investigam se o delegado, em algumas das operações da PF nas quais esteve à frente, agiu em benefício da quadrilha que seria chefiada por Gláucio e Miranda. Meireles não negou, no depoimento de quarta, manter um vínculo de amizade com Gláucio – reproduziu o site da Fenapef.
Na mesma época, outra entidade vinculada a PF saiu em defesa de Pedro Meireles.
Em nota publicada neste blog em 19 de agosto de 2012, a Associação Nacional de Delegados de Polícia Federal contestou as notícias contra o associado.
– A Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) esclarece que o associado vem desenvolvendo seu trabalho com seriedade e profissionalismo, com relevantes serviços prestados à sociedade maranhense e ao País – afirmou anota, que chancelou as ações de Meireles pela participação também da Controladoria-Geral da União nas operações. (Releia aqui)
Mas na nota da outra Associação da PF é ressaltada também as declarações da então delegada-geral de Polícia Civil do Maranhão, Cristina Menezes, logo após depoimento do delegado federal à Superintendência de Investigações Criminais (Seic)
– Há indícios da participação dele [Pedro Meireles] na quadrilha. Se houver necessidade, ele pode ser chamado – disse a delegada. (Relembre aqui)
E são exatamente estas questões todas envolvendo o delegado que estão sendo analisadas para embasar uma enxurrada de pedidos de anulação dos processos que resultaram das operações comandadas por ele.
É aguardar e conferir..