OAS também mantinha “departamento de propinas”…

Ex-diretor da companhia – que doou, oficialmente, R$ 1,1 milhão a Flávio Dino, em 2014 – revelou que um setor da empresa foi apelidado de “Controladoria”, e tinha a atribuição de repassar vantagens indevidas a políticos

 

“CONTROLADORIA”
Departamento de propinas da OAS fazia doações legais e ilegais, segundo revelou ex-executivo

O ex-executivo da empreiteira OAS, Agenor Franklin Medeiros, confirmou ao juiz Sérgio Moro, coordenador da Lava Jato, que a empresa também mantinha um “departamento de propinas”, igual ao da Odebrecht.

DOAÇÕES
Em destaque as doações a Flávio Dino

– Existe uma área na empresa que era justamente a área que trabalha nessa parte de vantagens indevidas, uma área chamada controladoria, onde doações a partidos, até de forma oficial, saíam do presidente, iam para o diretor financeiro e para o diretor dessa área – revelou Medeiros.

No Maranhão, a OAS doou R$ 1,1 milhão – de forma oficial – à campanha do governador Flávio Dino (PCdoB) em 2014.

A partir da delação do ex-executivo, a Operação Lava Jato vai investigar quais doações, mesmo com a chancela de oficial, saíram da tal “controladoria”.

Outros executivos da OAS também já fecharam acordos de delação premiada…

Vem aí as delações da OAS e da Camargo Correa…

Acordo para denúncias envolvendo as duas empreiteiras estava suspensa desde o ano passado, mas foi retomado no início de abril pelo procurador-geral Rodrigo Janot

 

TERROR DOS POLÍTICOS
Assim como Marcelo Odebrecht, Leo Pinheiro é visto como um fantasma a rondar partidos no Brasil

Os executivos das empreiteiras OAS e Camargo Corrêa devem iniciar, já no início de maio, as revelações de suas relações com políticos brasileiros.

As delações da OAS foram suspensas em 2016 pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas retomadas este mês.

No Maranhão, há uma grande expectativa em relação ao que vai dizer, por exemplo, o executivo Léo Pinheiro, um dos mais esperados.

E cria-se também expectativa em relação aos políticos maranhenses, como o governador Flávio Dino (PCdoB), já delatado por caixa 2 da Odebrecht.

É aguardar e conferir…

3

“Flávio Dino tem que explicar as doações sujas de campanha”, cobra Andrea Murad…

Deputada afirmou que o governador não tem moral para criticar Sarney, ao tempo em que elogiou a postura do senador Roberto Rocha, que, mesmo sendo adversário do ex-presidente, reconheceu o exagero da ação de Rodrigo Janot

 

Andrea comparou postura de Dino à de Roberto Rocha

Andrea comparou postura de Dino à de Roberto Rocha

A deputada Andrea Murad (PMDB) foi na jugular do governador Flávio Dino (PCdoB), nesta quarta-feira, 8, na Assembleia legislativa, após o governador ter tripudiado em cima do pedido de prisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o ex-presidente José Sarney.

Andrea Lembrou que, mesmo ele próprio já tendo criticado os exageros da operação Lava Jato, Flávio Dino não teve a decência de reconhecer o absurdo do pedido de Janot, que repercutiu negativamente no país.

Será que as lideranças novas que ele está se referindo é ele? Não pode ser, pois já já ele que vai ter que responder sobre as doações sujas que ele recebeu na campanha das empresas investigadas pela Lava-Jato. Flávio Dino não tem qualquer moral e nenhuma reputação ilibada para vir falar de alguém à altura do presidente Sarney, a partir do momento recebeu dinheiro da OAS e da UTC”, disse Murad.

Para Andrea Murad, postura digna de elogio foi a do senador Roberto Rocha (PSB), que, mesmo sendo adversário de Sarney no Maranhão, se posicionou criticamente em relação à ação de Janot.

Diferentemente de Flávio Dino, quero parabenizar o senador Roberto Rocha pelo discurso que fez no Senado Federal, mesmo sendo adversário político do grupo do Senador Sarney, teve a hombridade de ver que o que está sendo feito hoje no país passou de todos os limites. Meus parabéns, pena que muitas pessoas não têm essa postura e esse mesmo pensamento e pena que muitos são hipócritas e movidos pelo ódio como o governador Flávio Dino”, disse Andrea Murad.

A parlamentar considerou a decisão da Procuradoria Geral da República com fins midiáticos e de extremo exagero decretar prisão domiciliar de um ex-presidente de 86 anos, além de colocar o país em um cenário cada vez mais instável.

Querer colocar uma tornozeleira no pé de um homem de 86 anos por dar opinião pessoal, como ex-presidente da república que é, como conselheiro que sempre foi de todos os governos que passou. Porque José Sarney é isso, sempre foi assim, é conhecido como mediador, políticos conversam, dialogam e podem sim ter opinião pessoal. Agora ninguém pode opinar sobre nada porque tem um procurador querendo mídia, querendo ser o rei da moralidade. O que ele está fazendo é ajudando a acabar mais ainda com o país com essa instabilidade, onde não vemos perspectivas de melhora e agora resolveu achincalhar com o poder legislativo, que não pode se acovardar diante disso”, discursou.

Em tempo: Janot tem como principal assessor o irmão de Flávio Dino, o também procurador Nicolao Dino.

Mas esta é uma outra história…

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CPI da Petrobras vai ouvir doador de Flávio Dino…

Aluísio teve importante Requerimento aprovado na CPI a Ptrobras

Aluísio teve importante Requerimento aprovado na CPI a Ptrobras

A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga denúncias de corrupção na Petrobras aprovou ontem Requerimento de autoria do deputado maranhense Aluísio Mendes (PSDC) para que seja ouvido  José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da Construtora OAS.

A OAS doou R$ 3 milhões à campanha do governador Flávio Dino (PCdoB), em 2014.

A prestaçãod e contas do PCdoB: OAS foi uma das maiores doadoras

A prestação de contas do PCdoB, com párte das doações da OAS, uma das maiores doadoras

O requerimento de Aluísio Mendes estabelece, inclusive, o objetivo da oitiva com o empreiteiro: “prestar esclarecimentos sobre doações feitas a partido e candidatos nas eleições de 2010 e 2014”.

Para o deputado maranhense, estes esclarecimentos da OAS são fundamentais, diante dos bilhões desviados da Petrobras.

E da expressão política dos envolvidos no esquema…